Bush versus Ahmadinejad [2]
Apesar de já estar farto de assistir a estas estórias, e de invariavelmente já saber qual vai ser o seu desfecho, ainda não consegui deixar de estranhar esta entronização lúdica levada sistematicamente a cabo por este espectro político, e que se fundamenta num preceito tão simplista quanto o do inimigo do meu inimigo, meu amigo será – tantas vezes reprovado por ser aplicado com demasiada frequência na política externa das administrações norte-americanas.
Na sua maioria, estes livres-pensadores europeus, apesar de não negarem as evidências – que esses estados são governados por tiranos mentores do terrorismo interno e internacional –, parecem conviver bem com essa certeza. Até aqui tudo bem (ou menos mal), não acontecesse mostrarem-se tão indignados quando algum estado, ou coligação de estados, decide recorrer à força por se sentir ameaçado por essas mesmíssimas evidências.
Na prática, estes críticos, quando confrontados com o terror e violência que estes pequenos ditadores pretendem fomentar a nível global, mostram-se sempre bastante benevolentes e compreensivos para com as suas causas. Porém, a indulgencia destes críticos desmorona-se quando o que está em causa é o recurso à força por parte de estados soberanos que se sentem ameaçados por estes ditadorezinhos de ocasião.
Continua…