domingo, agosto 20, 2006

Passeando pelos media

«É difícil gerir uma instituição nestes tempos e desta maneira, e o mais fácil é descartarmo-nos das peças mas frágeis, que são os docentes com contratos a termo, em muitos casos há vários anos(...). O pior de tudo é que não há subsídio de desemprego para investigadores e docentes do ensino superior. Este direito que assiste a qualquer trabalhador fora da admnistrção pública, e que já é considerado para os docentes dos ensinos básico e secundário, não chegou ainda ao ensino superior. (...) Para um gestor pós-moderno, frio e eficiente, é tudo uma questão de números, e se os docentes são supérfluos, provavelmente o facto de terem ou não subsídio de desemprego não lhe afecta o sono, mas para um docente como eu ou qualquer outro docente que faça parte da direcção de uma escola do ensino sperior, já não é assim. (...) quando se aproxima a data da não renovação dos contratos, estes ETIs [docentes que estão a mais] tornam-se pessoas, são colegas com os quais convivemos durante anos, e é cada vez mais difícil conciliarmos o sono.»

Manuela Vaz Velho, Presidente do Conselho Directivo da ESTG de Viana do Castelo, sobre os problemas decorrentes da falta de alunos no ensino superior, situação que conduz ao despedimento de docentes; Público de hoje.
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