segunda-feira, agosto 14, 2006

GRASS


Obviamente, o facto de Gunter Grass ter pertencido a uma organização nazi não me aquece nem me arrefece. Não valerá a pena repetir que a valia de uma obra de arte não tem nada a ver com a ideologia do seu autor, presente ou passada, e que um bom poema assumidamente facínora vale mais do que toda uma versalhada sobre a Liberdade, a Paz, etc. etc. . Mas há um facto que eu ainda não percebi, e, francamente, gostava de perceber. Grass alistou-se convictamente nas SS, ou foi a isso obrigado? Caso tenha sido convictamente, as indignações actuais tornam-se ainda mais obscenas, por negarem um dos nossos mais sagrados direitos: o direito ao arrependimento.
Partilhar

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Como Grass, muitos outros fizeram parte da máquina nazi. Isso, quer se goste, quer não goste, não faz das pessoas menos importantes e geniais para a história.

Dou o exemplo de Karajan (também ele mencionado no texto) que admiro, e cuja emoção e paixão com que partilhava a sua arte, me ensinou muito sobre música clássica.

terça-feira, agosto 15, 2006 6:30:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

gostava de ver essa história do dto ao arrependimento se o sujeito não fosse um conhecido antiamericano,e antiglobalização

terça-feira, agosto 15, 2006 10:47:00 da tarde  

Enviar um comentário

Voltar à Página Inicial