sexta-feira, agosto 18, 2006

holókauston



















Do ponto de vista estritamente linguístico, a questão da utilização do "h" maiúsculo ou minúsculo no início do vocábulo holocausto não é particularmente relevante. Já do ponto de vista extralinguístico, parece-me salutar utilizar sempre o "h" maiúsculo quando nos referimos ao Holocausto enquanto tenebroso acontecimento histórico. Repito, "salutar", mas não obrigatório. E o artigo de Isabel do Carmo, intitulado "Resposta a Esther Mucznik", publicado no passado dia 14 no jornal Público, apesar de eu discordar (naturalmente e profundamente) da sua opinião, é uma prova disso mesmo. A expressão "horror do holocausto" utilizada por Isabel do Carmo, parece-me ainda mais eloquente que a falta do sempre respeitoso "h" maiúsculo em Holocausto.

Já a nota complementar ao artigo colocada pela Redacção do Público é completamente despropositada e, mais grave, não é inocente e está pejada de má-fé.

Como leitor ocasional do Público e intransigente defensor da liberdade de expressão, resta-me desejar que, com os avisos à navegação lançados dos mais distintos sectores políticos e socioprofissionais, casos verdadeiramente surrealistas como este não se voltem a repetir.
Partilhar