quinta-feira, agosto 31, 2006

Bush versus Ahmadinejad [2]


Na Europa ocidental, nos meios associados ao espectro político comummente designado por extrema-esquerda, esquerda radical ou conservadora, tradicionalmente mais críticos e agressivos para com as administrações norte-americanas, não se consegue disfarçar o regozijo sempre que um qualquer Mahmoude Ahmadinejad "confronta", na praça pública mundial, os "senhores do mundo".

Apesar de já estar farto de assistir a estas estórias, e de invariavelmente já saber qual vai ser o seu desfecho, ainda não consegui deixar de estranhar esta entronização lúdica levada sistematicamente a cabo por este espectro político, e que se fundamenta num preceito tão simplista quanto o do inimigo do meu inimigo, meu amigo será – tantas vezes reprovado por ser aplicado com demasiada frequência na política externa das administrações norte-americanas.

Na sua maioria, estes livres-pensadores europeus, apesar de não negarem as evidências – que esses estados são governados por tiranos mentores do terrorismo interno e internacional –, parecem conviver bem com essa certeza. Até aqui tudo bem (ou menos mal), não acontecesse mostrarem-se tão indignados quando algum estado, ou coligação de estados, decide recorrer à força por se sentir ameaçado por essas mesmíssimas evidências.

Na prática, estes críticos, quando confrontados com o terror e violência que estes pequenos ditadores pretendem fomentar a nível global, mostram-se sempre bastante benevolentes e compreensivos para com as suas causas. Porém, a indulgencia destes críticos desmorona-se quando o que está em causa é o recurso à força por parte de estados soberanos que se sentem ameaçados por estes ditadorezinhos de ocasião.

Continua…
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5 Comments:

Blogger sabine said...

«Na sua maioria, estes livres-pensadores europeus, apesar de não negarem as evidências – que esses estados são governados por tiranos da pior espécie que fomentam o terrorismo internacional –, parecem conviver bem com essa certeza. Até aqui tudo bem (ou menos mal), não acontecesse mostrarem-se tão indignados quando algum estado, ou coligação de estados, decide recorrer à força por se sentir ameaçado por essas mesmíssimas evidências». Eles sim, eu nao.

quinta-feira, agosto 31, 2006 10:07:00 da tarde  
Blogger sabine said...

« Isto, não obstante do recurso à força ser, em casos específicos, a única opção eficaz, tanto no incipiente direito internacional, como no experiente direito interno de qualquer estado soberano». Pois sim...

quinta-feira, agosto 31, 2006 10:07:00 da tarde  
Blogger sabine said...

P.S. Porque que ninguem neste blogue contrapoe nada aos meus comentarios? Estarei eu 200% certa?

quinta-feira, agosto 31, 2006 10:09:00 da tarde  
Blogger André Carvalho said...

Olá mais uma vez Sabine,

Não preciso de responder ao teu primeiro comentário porque não te considero nenhuma esquerdista radical ou conservadora.

O teu segundo comentário não sei se o entendi bem, mas decerto sabes que a força é o meio ou recurso, que um actor político pode utilizar para alcançar os seus objectivos. E isto aplica-se num Estado de Direito Democrático ou no Direito Internacional.

Quanto ao teu terceiro comentário... só te posso responder depois de os ler, e o tempo não tem sido muito. peço desculpa por isso. :)

Beijinhos

quinta-feira, agosto 31, 2006 10:23:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sabine:

Não provoques os esquerdalhos do blogue, nunca se sabe quando é que eles andam com tempo a mais nas mãos.

God Save Ahmadinejad

Ala aq bar (como é que será que esta treta se escreve?)

sexta-feira, setembro 01, 2006 1:16:00 da tarde  

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