quarta-feira, dezembro 31, 2008

3 pigs & wolf

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Um desejo para 2009

Que o ciclo eleitoral que se avizinha nos faça descobrir um português (de preferência uma portuguesa) tão inteligente, com tanto sentido humor e sem medo de falar às pessoas como Sua Alteza a Rainha Rania da Jordânia. Vejam-na aí em baixo a brilhar, enquanto explica as razões que a levaram a fazer um "canal" no Youtube.


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eu fui a miranda ver os pauliteiros...

Buonas nuites mos dê dius...

No último fim-de-semana do ano, tivemos direito ao primeiro festival de Inverno em Terras de Miranda: Geada 2008. Dizia assim a organização:
A 1ª edição do GEADA terá como objectivos principais: festejar e divulgar a cultura, a língua e as tradições de Inverno das Terras de Miranda [...] Pretende-se [...] que todos os visitantes e participantes levem algo mais que uma recordação, mas antes uma experiência, que sintam a motivação de fazerem parte integrante de uma cultura tão próxima, mas ao mesmo tempo tão distante, tentando percebê-la por dentro e não só a estudando.
E assim foi!...

Chegada a Miranda com gelo (não derretido!) na estrada - caminho difícil, hora tardia, muito tempo no carro e muita vontade de dançar...

«Estamos todos no Cartolinha, mesmo ao lado da Sé e da fogueira. É só seguir o som das gaitas.»

A porta do bar abre-se a muito custo, tal é a enchente de gente no pequeno espaço. No piso de baixo tocam as gaitas e os bombos. De volta dos músicos, todos cantam, todos aplaudem, todos criam o seu espaço próprio de movimentação. No piso de cima, recebem-se os participantes, conversa-se ao redor dos copos na mesa, salta-se e baila-se o que permite o espaço e o soalho... que ameaça ceder sobre quem baila em baixo. Os músicos vão-se revezando, vão trocando de instrumento e a alegria e a animação duram noite dentro.

A "polémica" matança é motivo de reunião dos participantes - apesar da cidade, das paisagens e do enquadramento histórico - natural serem também aliciantes alternativos. As alheiras e os chouriços abrem as grandes refeições conjuntas que restabelecem energias.
Os workshops de pauliteiros, de gaita e de percussões, aliados à palestra sobre o mirandês completam o leque de tradições mirandesas ao dispor do participante.

Os concertos da noite, em espaço amplo, perdem alguma cumplicidade e espontaneidade da véspera, mas ganham dimensão e possibilidade de resposta mais enérgica do público. O pingacho, a saia da carolina e o passeado [danças tradicionais mirandesas], também munheiras, rumbas e passodoble, a par dos saltos, da agitação e da alegria que simplesmente se solta ao som da música sem dança predefinida.

Uma deslocação às aldeias vizinhas possibilita o enquadramento "natural" de mais algumas tradições. A Velha e o Carocho de Constantim não estavam no programa, mas foram uma alteração de última hora muito bem-vinda.

E a festa termina em beleza, de volta dos enchidos e do caldo quente... derretendo o gelo... sempre com uma gaita a tocar!


... Que dius mos dê buonas nuites!

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terça-feira, dezembro 30, 2008

Questões semânticas

No país do Magalhães os governantes têm um verbo preferido constante bem no lugar cimeiro de opções semânticas. Caso se lhes conheça cartilha pela qual se regem sempre que têm de proferir uma opinião sobre assuntos que envolvam contestação ou oposição, o verbo surge rapioqueiro e inequívoco. Tornou-se previsível. Basta apenas determo-nos nas notícias para prever que mais tarde aparecerá alguém do Executivo fazendo uso do dito verbo. No país do Magalhães desvaloriza-se com frequência. Foi assim que a Ministra da Educação desvalorizou a manifestação dos professores, se bem me lembro, as duas manifestações, e a Ministra da Saúde desvalorizou a formação dos médicos pelas farmacêuticas. Ana Jorge, além de desvalorizar, também rejeita, desta feita o caos que se instalou nas urgências em sequência da gripe que assola o país. O Primeiro-Ministro é mestre na arte de desvalorizar e, como se vê, desvaloriza muito. Aguarda-se pois a última desvalorização relativamente à aprovação do Estatuto dos Açores, uma vez que o Partido Socialista também já desvalorizou as críticas do Presidente da República. Quem sabe nas próximas eleições Sócrates não seja também desvalorizado pelos seus eleitores.

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segunda-feira, dezembro 29, 2008

Assombro de 2008

Quase todos os portugueses que possuem computador são utilizadores do sistema Windows, comercializado pela empresa Microsoft, cujo império cresceu à custa de uma ideia original ‘furtada’ a um concorrente, mas cuja ‘inteira’ novidade consistiu em torná-la mais barata.
Uma empresa portuguesa comportou-se de forma idêntica e é uma digníssima anedota nacional.
Entre nós e os americanos há, pelos vistos, uma grande diferença.

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domingo, dezembro 28, 2008

As festas felizes

No rescaldo destas festas felizes com a economia nas últimas, diz-se, as finanças num estado aparentemente calamitoso, se as avaliarmos pelas imagens dos saldos que vão passando nos serviços noticiosos ninguém confirmaria o estado alegadamente desastroso, a educação tão má como a economia, alunos que por "brincadeira" ameaçam uma professora com uma arma de plástico, uma professora que, ainda estou para perceber porquê, não faz queixa nem participação dos "pequenos brincalhões" e uma directora de turma e presidente do Conselho Executivo que se remetem ao silêncio, é normal, alega-se, um Primeiro-Ministro que fala aos seus súbditos de pé, dinâmico e optimista, eis que chega agora uma outra calamidade: a gripe. E a gripe, ai de nós, mais não seria do que uma mera gripe, se os hospitais e serviços de atendimento não votassem os seus utentes engripados, alguns gripados também, a esperas impensáveis, disparatadas e absurdas e a serviços de atendimento telefónico que deixaram cerca de trinta e oito por cento das chamadas por atender. Enquanto não se consegue uma consulta pode e deve, a crer no que tenho ouvido, recorrer-se à auto-medicação, uns anti-inflamatórios e anti-gripais bucho abaixo, pode ser que assim larguem a urgência dos hospitais. Gente mais maçadora. Que festas felizes.

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Samuel P. Huntington (1927-2009)

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sexta-feira, dezembro 26, 2008

os pais natais...

Já que é já Natal
se um Pai Natal houver
mais que dois ou três
então à vez
podemos ser, sei lá
o Pai Natal sempre de alguém
de quem não tem direito
ao seu presente
resplandescente

Olha o Pai Natal
mais um Pai Natal
outro Pai Natal

Eu vou ser Pai Natal
Eu sou Pai Natal
Já fui Pai Natal
Natal, Natal, Natal, Natal

Sérgio Godinho, "Os Pais Natais" [in "Os Amigos do Gaspar"] (1988)

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Votos para 2009



Que saia o novo disco do Robbie Williams. Pleeease!
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quinta-feira, dezembro 25, 2008

25 de Dezembro de 2008, Dia de Natal


Neste dia renova-se a crença de que os filhos são uma dádiva de amor e esperança.
O dia de Natal é uma afronta para muitos e um motivo de esperança para outros.
O meu é inequívoco e empenhado num dos lados: o da esperança.

"Sim, o odor do meu filho é como o odor de um campo fértil que Iahweh abençoou. Que Deus te dê o orvalho do céu e as gorduras da terra, trigo e vinho em abundância! Que os povos te sirvam! Que nações se prostrem diante de ti! Sê um senhor para teus irmãos, que se prostrem diante de ti os filhos de tua mãe! Maldito seja quem te amaldiçoar! Bendito seja quem te abençoar!"
Bíblia de Jerusalém, Génesis 27

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quarta-feira, dezembro 24, 2008

Postais de Natal


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Boas Festas

«E se o velho descesse da carroça para espairecer, e olhasse para o sítio onde havia uma bomba de água, que os soldados tinham feito explodir, sem que nada ficasse de pé, e lamentasse perguntando: Como vamos resolver o problema da água?, ele, Michael, tiraria da algibeira uma colher de chá e um fio muito comprido, limparia o cascalho à volta do orifício, formaria uma argola com o cabo da colher, atando-lhe um fio, faria descer a colher até às profundidades da terra e, quando a puxasse para cima, a colher traria água. E diria: É quanto basta para se viver. »(J.M. Cotzee, A Vida e o Tempo de Michael K.)

Feliz Natal.

Boas Festas.
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Feliz Natal


foto: minha
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E porque não?

Cartoon encontrado aqui.
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Um Pai Natal sem soluções



A educação poderá diferenciar algumas atitudes:
- quem evolui e quem estagna/regride;
- quem aprende e quem não aprende;
- quem sabe o que é importante aprender e quem não sabe;
- quem sabe o que quer ser e quem não sabe.

Estas reflexões são propiciadas pelas seguintes correlações:
- comportamento incorrecto na sala de aula aliado ao desinteresse na aprendizagem;
- comportamento incorrecto na sala de aula aliado ao desconhecimento de si próprio;
- comportamento incorrecto na sala de aula aliado ao desconhecimento de regras de saber estar;
- comportamento incorrecto na sala de aula aliado à ausência de objectivos para o futuro;
bem como outras correlações possíveis.

Então o que o educador terá de fazer é a implementação de uma estratégia que potencie no educando:
- auto-conhecimento;
- motivação pela aprendizagem;
- discussão de direitos e deveres no contexto educacional e respectivas punições;
- descoberta de um objectivo ou de uma perspectiva de futuro.

A receita parece fácil quando um educador trabalha com 30/40 educandos/ano, já me parece difícil ou impossível quando os mesmos se elevam para 200 ou 300. É uma espécie de ida ao SAP do concelho, se o médico for bom a avaliar os sintomas das doenças, se o número de doentes for reduzido, se as doenças forem pouco complicadas, então o diagnóstico poderá ser infalível; agora se algumas destas variáveis se alterarem poderemos ter sérias dúvidas quanto à infalibilidade do diagnóstico e para tal basta apenas existir um transtorno: a quantidade de doentes.
Posto isto, parece-me que o problema da educação não será fácil de resolver.

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terça-feira, dezembro 23, 2008

A ascensão do gratuito



A ascensão do gratuito não é apenas uma conquista de um movimento anti-sistema. Há discursos recentes em que a apologia do gratuito é apenas de uma estratégia de uma velha diferenciação: quem tem poder para comprar e quem não tem. Contudo, e simultaneamente, poderá ser também a conquista de uma oportunidade com contornos algo duvidosos e alguns deles ainda por desvendar.

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segunda-feira, dezembro 22, 2008

Prognósticos só depois dos jogos...

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As melhores fotos de George W. Bush [15]

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O mercado é o ópio do sistema capitalista

Ultimamente o sistema capitalista parece ter cedido a uma ligeira descrença, mas ainda não tão agnóstica quanto se esperaria. Para o sistema capitalista o mercado poderá ser uma religião cuja secularização seguirá, inevitavelmente, dentro de momentos.

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domingo, dezembro 21, 2008

Tarantino Experience

Comprei-o por 7,95 na Fnac e é, para mim, o melhor Cd deste Natal.
Contrariamente ao que acontece em muitas compilações, há por ali pouca música "recomendável".
É difícil escolher uma, mas a ter de ser esta é inevitável.

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sábado, dezembro 20, 2008

Cambalhotas

A bancada parlamentar do PSD tem mais receio da fúria de César do que da ira de Cavaco. A presidente do PSD deve ser a única portuguesa a achar que Santana, fora da clubite do PSD, ainda «rende» um voto que seja. Para já não falar no enorme sapo que teve de engolir. É provavelmente por isso que fazem cada vez mais sentido atitudes como a do senhor aí em baixo: foi viver numa cabana, no Maine, num monte perdido. Ao menos continua coerente consigo próprio - só faz grandes canções.


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sexta-feira, dezembro 19, 2008

O Menino Guerreiro - Parte II

O Governo tem, de forma arrogante, minado qualquer possibilidade de entendimento em relação ao Estatuto da Carreira Docente. As operações de charme dos últimos tempos, e os remendos ao documento, mais não são do que ligar ao ventilador uma proposta que já não tem hipóteses de sobreviver.
Ataca no início desta semana com o insulto de dizer que professores que se reformem até 2011 não precisam de ser avaliados, portanto, quererá isso dizer que estes não são professores? Que os três anos que os separam da reforma os transformam num transtorno a tão sublime estatuto?
Pior mesmo só a segunda versão do 'menino guerreiro' - com a devida vénia a Pedro Santana Lopes pelo plágio - que José Sócrates puxou da cartola na tarde de hoje. Diz o primeiro-ministro que tem pena que o Governo tenha ficado sozinho nesta luta. Só a miopia o pode impedir de estranhar o facto de só ele achar que está bem. Ou isso, ou os tiques de autoritarismo que continua a demonstrar, navegando no barco da governação sozinho, contra tudo e todos, Presidente da República incluído. A outra esquerda, aquela que segundo Sócrates será menos popular à luz do seu PS, moderno e surdo, agradece a desatenção.

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Os melhores temas de 2008 (9)

Coldplay - Lovers in Japan

Esta música é bastante U2, mas (por isso mesmo?) é muito boa.

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quinta-feira, dezembro 18, 2008

O verdadeiro estado da Nação

Troco licenciatura em contabilidade e gestão com média de 16 por curso intensivo de cobranças difíceis.


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Monument Breaks

Alertado ali pelo Blog Convidado chego aqui e pasmo!

Por outro lado, fiquei logo ansioso para poder reservar a suite Mestre Afonso Domingues no Batalha Inn para uma escapadinha a Leiria (que vale sempre a pena nem que seja para ir à Bairrada comer leitão).

Ou então para fazer reserva no Villa Jerónimos para, por entre deliciosos pastéis de Belém, consolar-me na Piscina do Claustro ou entregar-me a uma xiatsu na Sala do Capítulo, alongado em cima do túmulo do Alexandre Herculano.

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Os melhores temas de 2008 (8)


Andreas Johson - Glorious


Não é bem de 2008, mas para mim é como se fosse.

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Trabalho não é cognac


Irrita-me o pessoal que vem para o trabalho com fitinhas de árvores de Natal ao pescoço e que inventa festas e jantares de Natal a torto e a direito. O pretexto é comemorar a época festiva e estreitar os laços entre colegas.

Tive de lhes explicar que se eu quisesse amigos entre os colegas de trabalho, já os tinha convidado para ir lá a casa.
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quarta-feira, dezembro 17, 2008

Excelentes notícias que mais valia não serem notícia


O Parlamento Europeu votou hoje pela proibição das jornadas semanais de trabalho superiores a 48 horas.
Interrogo-me sobre o que poderá levar alguém – neste caso os ministros do Emprego dos 27 – a propor um absurdo destes a votação. Sessenta e cinco horas de trabalho semanais? Durante uma vida activa? Devem estar completamente doidos. Só pode.
Tenho a certeza que nenhuma destas mentes iluminadas que defende as 65 horas semanais consegue sequer imaginar as implicações na vida das famílias europeias de uma carga horária desta dimensão durante toda uma vida activa. Gostaria que antes de proporem este tipo de legislação laboral, os próprios, mais as suas queridas famílias, passassem a trabalhar 65 horas semanais durante uns meros… 5 anitos [só para aquecer], com um salário mínimo à moda de Portugal. Ou isto, ou irem para a China trabalhar na linha de montagem de uma fábrica. Depois, se eles e as suas famílias chegassem vivos ao final do período experimental, já podíamos voltar a falar sobre o tal assunto das 65 horas semanais.

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A Educação segue dentro de momentos

Na contenda que opõe Ministério da Educação, sindicatos e professores, o dito Ministério tem defendido e alardeado que o modelo em questão tem como objectivo distinguir os professores, premiar os melhores, repor a justiça a uma classe de incompetentes que subiram na carreira sem nada fazer, a julgar pelas múltiplas vozes, porque assim o quiseram, como se em momento algum decidissem da própria avaliação. Ao que parece, e segundo a simplificação do modelo que o Ministério da Educação publicou hoje, os professores que se reformam até 2011 estão dispensados da avaliação. O mérito apregoado ficará, pois, em suspenso. Aparentemente estes docentes não merecem ser distinguidos pelo modelo perfeito, o tal que distinguirá o trigo do joio, os bons dos maus, os competentes dos incompetentes. Apregoando sempre que avaliação é um direito, pergunto-me se, afinal, será negado esse direito aos docentes em questão. Muito bom, este modelo. Melhor ainda a simplificação. Quanto ao Ministério, basta analisar a legislação e os factos.
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há dias...

... de manhã em que um homem à tarde não pode sair à noite nem voltar de madrugada!
[SG]

Uma saída rápida para tirar cópias... Duas pessoas a serem atendidas com pedidos "complicados" - 20 min de espera. Na caixa um funcionário que parece saído das mensagens do Reino de Deus, regista as cópias, recebe o dinheiro, faz o troco e agrafa o talão... tudo muito calmamente...

E porque o mal das pessoas agora é andarem sempre a correr e acharem que não têm tempo. É um stress desnecessário e que só trás vibrações negativas.


Entrada rápida no supermercado para comprar umas caixinhas de chocolates. Na caixa, a funcionária suspende a passagem mecânica dos códigos de barras para ficar a apreciar as caixas que eu levava...

São muito engraçados estes pais-natais, mas tem também lá umas caixas da Kinder - não sei se viu? São muito giros. São mais ou menos como estes, mas é uma caixinha com três... esta quantos tem? [observa a caixa atentamente para tentar contar] Ah, esta tem mais, porque também tem atrás... Mas as caixinhas da kinder são muito engraçadas.


Primeira compra de Natal, já especificamente direccionada para uma loja e um objecto que já tinha estado a observar. Na caixa um casal pede explicações à funcionária sobre metade dos jogos lá do sítio... Chegada a minha vez, o seviço de multibanco parece estar em baixa...

Pois isto está a demorar... Eu vou anular para tentar outra vez; não vai dar, mas eu faço novamente. [ahhhhhhhhhh, se não vai dar, dê cá o cartão que eu vou ali ao lado levantar dinheiro!!!!]


Quem andou a substituir os funcionários das caixas por alunos de cursos de Yogas, meditações, relaxamentos e auto-contoles???!!!... É por ser Natal?!... No Natal eu não posso ter pressa?!

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Os melhores temas de 2008 (7)


Fiction Plane - Two Sisters



Sim, e o pai do vocalista é aquele cuja voz reconhecem no filho.

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Dois males inevitáveis

Santana Lopes está para o PSD como Manuel Alegre para o PS.
Santana Lopes simboliza tudo o que José Pacheco Pereira (JPP) desejaria erradicar no PSD e Manuel Alegre tudo o que José Sócrates deglutirá à sobremesa do repasto de Natal do PS.
Ambos são vozes dissonantes, ambos são políticos amorfos.
Um parece que fez muito pelo país e o outro também parece que faz muito pelo país.
Nenhum dos dois é a voz da esperança, nenhum dos dois simboliza o novo.

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Os violinos de Chopin vão voltar a soar nos Paços do Concelho

Muito sinceramente a mim, que já vi um porco a andar de bicicleta, já nada me choca (pronto, este tipo de coisas ainda me choca um bocadinho).

Mas também! eu fui dos parvos que pensou que a Helena Roseta poderia fazer alguma diferença na Câmara de Lisboa…..

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terça-feira, dezembro 16, 2008

O melhor tema [de Natal] de 2008



Contemporâneos – Salvem os Ricos [Lyrics]

Olavo Bilac: Chegou a crise, não há razão para temer.
David Fonseca: É que nesta crise, o Teixeira dos Santos vai-nos proteger.
Ana Bacalhau: Mas neste mundo injusto, o dinheiro está garantido.
Angélico: Como o bodo para o pobre, o remediado, e o sem abrigo.
Bob Dylan: Mas pensa naqueles, os multimilionários.
George Michael: Baby. Ficaram sem Bancos, e sem juro dos salários.
Sérgio Godinho: E sem direito a indemnizações, tem que pedir o aval,
à sopa dos pobres dos ricos: o Banco de Portugal.
Rui Reininho/Ana Bacalhau: O desespero tomou conta de toda a Quinta da Marinha.
Rui Reininho: Em vez de lavagante, comem lambuginha.
Bill Kaulitz: E vão ter de abandonar o Conselho de Estado.
O quadro do Miró foi penhorado.
Adriana Calcanhoto: Porque esse Portugal já não é neoliberal.
Zé Pedro/Bill Kaulitz/George Michael: Saberão que estamos no Natal.
Axl Rose: Oiçam bem.
António Calvário: Eufemismo dos milhões.
Axl Rose: Opulência.
António Calvário: Tratou-os como aldrabões.
Axl Rose/António Calvário: Saberão que estamos no Natal.

Refrão:
Salvem os ricos.Salvem os ricos.
Salvem os ricos, ajudem os milionários. [repeat]

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As borbulhas

As borbulhas são um mal desnecessário.
As raparigas exibem tão bem o seu ar borbulhento, como os rapazes.
Contudo, o que sempre me fez confusão foi: como é que é possível desviar a lâmina daqueles montículos ofensivos?
Ah, já sei! Deve ser uma ginástica equivalente à dos banqueiros. Nalguns casos é sempre possível arrepiar caminho e ultrapassar adversidades, o pior é quando as mais afoitas rebentam.

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Os melhores temas de 2008 (6)



(clicar para ver - com legendas - e ouvir)
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segunda-feira, dezembro 15, 2008

Democracia verdadeiramente representativa


Se todos os eleitores que se abstivessem, ou que votassem nulo ou em branco, estivessem devidamente representados por umas boas clareiras na Assembleia da República, podia ser que os deputados eleitos, reduzidos à sua real representatividade popular, ganhassem alguma vergonha.

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As melhores fotos de George W. Bush [14]

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A velha nova esquerda

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pedagogia infantil

Tens de comer os legumes todos porque ficas mais forte.
Tens de arumar o teu quarto porque fica mais bonito.

Quando isso não resulta, aparecem os:

Tens de comer os legumes todos porque senão não comes sobremesa.
Tens de arrumar o quarto porque senão não vês televisão.

E, na falta de qualquer argumento explicativo/persuasivo, vinha o intransigente:

Tens de comer os legumes todos porque sim!
Tens de arrumar o quarto porque eu digo!


A Senhora Ministra não é lá muito boa pedagoga...

Tens de ser avaliado por este modelo de avaliação porque...
... hummm...

Tens de ser avaliado por este modelo de avaliação porque senão...
... hummmm...
[nem isso eu percebi ainda... porque senão o quê?!...]

Tens de ser avaliado por este modelo de avaliação porque...
...sim! porque eu digo!
[ah! muito mais esclarecida!]


[Peço desculpa pela insistência no tema, mas é no que dá alternar a leitura entre decretos-lei, despachos, notas informativas, grelhas provisórias, objectivos e esclarecimentos...]

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Futebol 11

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Os melhores temas de 2008 (5)


Girls in Hawaii - This Farm will End Up in Fire

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Tiro ao boneco

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Blog Convidado da Semana: «Portugal dos Pequeninos»

O blog convidado desta semana, cujos posts mais recentes vão surgir em tempo real no topo direito do GR, é o «Portugal dos Pequeninos». O João Gonçalves é um blogger político extremamente dinâmico, perspicaz, e incisivo - indubitavelmente, um dos meus favoritos na blogosfera lusa.

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domingo, dezembro 14, 2008

Complicadex


Já em pleno ambiente de campanha eleitoral antecipada, o governo socialista de José Sócrates apresentou ontem pela enésima vez as medidas que vem anunciando desde que tomou posse. As mesmíssimas medidas que têm vindo a arrastar alegremente todo o país para um fosso sem fim à vista. Desta feita, as medidas, destinam-se a combater uma crise à qual o próprio governo negava por completo a existência até há uns quantos dias atrás.

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Backsound

Linkin Park - Crawling

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sábado, dezembro 13, 2008

It's Christmas time

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Andanças

A rapariga da loja não tem jeito nenhum para fazer embrulhos.
Estamos quase nos saldos.
Adoro as luvas.
Tenho muita pachorra para andar às compras.
Adoro comprar livros para crianças.
Aprecio o Beetle.
Há saldos para carros?
Gostava de comprar um casaco novo.
A Margarida e o telemóvel novo.
A rapariga da Worten não sabe embelezar prateleiras.
O Fábio e a ida à Lua.
Preciso de uns sapatos novos.
Nos saldos? Metade do preço.
O livro do Fernando Nobre tem imagens arrepiantes.
Não gosto dos livros daquela montra, as capas parecem todas iguais.
Há livros em saldo?
A rapariga da caiXa é vagarosa.
Preciso de um cachecol preto.
Nos saldos compro dois.
A senhora idosa enfeita gulodices.
Eu gostava imenso de poder ir aos saldos.

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sexta-feira, dezembro 12, 2008

Os melhores temas de 2008 (4)


Arid - Why do you run

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quinta-feira, dezembro 11, 2008

Apocalypse Now

I love to listen to Medina Carreira in the evening. It sounds like… truth!

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Cem anos com sentido de humor

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Os melhores temas de 2008 (3)


Radiohead - House of cards


Se bem que acho todo o In Rainbows fantástico.

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O mercado e a engenharia financeira

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o «professor (raso)»

No meio de tanta afronta, não pude segurar um sorriso quando, numa discussão sobre a afamada avaliação de professores, surgiu a expressão «professor (raso)» - genial! É que é exactamente isso que parece sair de mais um dos despachos do ME, ao salientar a seguinte distinção:
- Membros da Comissão de Avaliação
- Coordenadores de Departamento Curricular ou dos Conselhos de Docentes
- Professores titulares avaliadores (providos em concurso ou nomeados em comissão de serviço)
- Professores titulares sem funções de avaliação
- Professores
- Docentes contratados
É a hierarquia militar com um posto ainda abaixo do raso: o docente contratado - que nem sequer é professor! =)

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quarta-feira, dezembro 10, 2008

Louvado seja Magalhães

Eram outros tempos, é certo, mas acredito que o descobridor Magalhães preferiria mil vezes voltar a enfrentar a fúria do mar numa qualquer 'casca de noz' a ter o seu nome associado a algo que cada vez mais se parece com uma campanha de publicidade enganosa patrocinada pelo actual Governo.
Convenhamos que a coragem necessária para enfrentar o Adamastor em mares desconhecidos é uma imagem bem mais real do que mensagens anónimas a avisar os encarregados de educação que têm cinco dias para pagar o Magalhães, se não o jovem rebento não o irá receber na escolinha. O mal desta fotografia é sempre o mesmo. Já toda a gente percebeu que a 'menina dos olhos' de Sócrates, o tal computador made in Portugal é uma farsa, agora que o Governo permita este tipo de actuação por parte de empresas privadas ligadas a este projecto é uma vergonha.

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As melhores fotos de George W. Bush [13]

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Um ano


O Bibliotecário de Babel, um dos meus blogues preferidos que visito diariamente, comemora um ano de existência. Aqui ficam os votos de que mais anos venham com a qualidade e pertinência que caracterizaram este primeiro ano.
imagem: Harold's Planet
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Os melhores temas de 2008 (2)


Coldplay - Viva la vida

Apesar disto.

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Um soco no estômago #1

No tempo em que Deus criou todas as coisas,
criou o sol.
E o sol nasce, morre e volta sempre.
Criou a lua.
E a lua nasce, morre e volta sempre.
Criou as estrelas
e as estrelas nascem, morrem e voltam sempre.
Criou o homem.
E o homem nasce, morre e não volta mais.

Denka – Baixo Vale do Nilo
in Poemário 2008. Lisboa: Assírio e Alvim, 20/06/2008.

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terça-feira, dezembro 09, 2008

dr. Constâncio

«Não há risco de recessão na Europa e também não há para Portugal. Os números do primeiro trimestre estão afectados por alguns factores especiais como o facto de a Páscoa deste ano ter sido em Março e o ano passado em Abril»

Vítor Constâncio, IV Conferência do Banco de Portugal: 16 de Maio de 2008



O "nosso" Vítor, para além de ser um dos governadores de bancos centrais mais bem remunerados do mundo – superando generosamente o seu homólogo norte-americano –, também é um dos mais optimistas do planeta, e um dos mais distraídos da Europa.

Com tantas qualidades e competências que o dr. Constâncio aparentemente possui, ainda me custa a crer que, passados tantos anos, ninguém se tenha lembrado de o convidar para exercer um outro cargo mais de acordo com a sua real valia. De preferência, no estrangeiro.

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Prognósticos só depois dos jogos [Suspensão sem aviso prévio]


A rubrica «Prognósticos só depois dos jogos» encontra-se suspensa até que os adversários do Ésse Éle Bê consigam terminar as primeira parte dos seus jogos com 11 jogadores em campo.

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PSD vs PSD

Confesso que gosto de ouvir Ângelo Correia. O 'barão' social-democrata disse há pouco na SIC Notícias que "os deputados nunca são avaliados, logo fazem o que querem". Com uma única frase, o cérebro da candidatura de Pedro Passos Coelho à liderança do PSD - em que foi derrotado por Manuela Ferreira Leite - matou dois coelhos. O primeiro foi um recado para dentro do partido, obrigando Ferreira Leite a fazer o que já prometeu: não deixar cair em saco roto a vergonhosa atitude dos seus deputados faltosos. O segundo foi tão somente ligar a palavra "avaliação" aos deputados faltosos e ao PSD de Ferreira Leite, um PSD de extremos: primeiro acusavam a líder do seu prolongado silêncio - e assim de não dar rumo ao partido-, depois ela falou e logo começaram a pedir para que ela se calasse - para o partido não perder o rumo. Agora que a coisa andava calma, os deputados do PSD resolveram mostrar que, de facto, o partido não tem rumo nenhum. Moral da história: vamos lá avaliar isto.
Acredito que passará pela cabeça de Ângelo Correia correr com a actual direcção do partido antes de 2009 - acho sinceramente sim -, mas não sei se Pedro Passos Coelho estará disposto a arriscar a possibilidade de ser primeiro-ministro em 2012, para ser candidato já em 2009 com todas as possibilidades de herdar um PSD onde, tal como uma vez disse o jogador do F.C. Porto, João Pinto, "estamos à beira do abismo mas vamos dar um passo em frente".
Passos Coelho deveria dar esse passo, sob pena das Eleições Legislativas de 2009 não serem mais do que uma novela que, quando começa, já se consegue vislumbrar qual vai ser o final.

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A Solução

Depois de mais uma vergonhosa falta de deputados na Assembleia da República - dado o teor e gravidade da coisa o foco aponta para o PSD - eis que um ex-líder parlamentar social-democrata se lembra de vir tapar o sol com uma peneira. Guilherme Silva afirma que os coitados dos parlamentares têm uma vida triste, longe da família, longe da sua terra, o que supostamente explica as 'baldas' que se registam sobretudo à segunda e à sexta-feira no hemíciclo de São Bento.
Diz o deputado madeirense eleito pelo PSD que a coisa se resolvia desta forma.
Eu continuo a achar que a coisa se resolvia com um pouco menos, bastava um pouco mais - optimismo meu - de vergonha na cara a quem foi eleito nas urnas e é pago por todos nós para efectuar um trabalho que deve, supostamente, dignificar o País. Guilherme Silva deve explicar rapidamente porque razão as segundas e sextas devem ser retiradas do mapa parlamentar, até porque, se a explicação pegar, também eu vou tentar ficar com uma semana de três dias de trabalho.

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Os melhores temas de 2008 (1)


Plain White T's - Hey There Delilah

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Coerências

Não há por aí alguém que explique ao sexto homem mais sexy do mundo que as medidas económicas de contra-ciclo não são medidas que chocam entre si, mas sim aquelas que visam contrariar a tipologia do ciclo económico em que um determinado país vive. É que atribuir novecentos milhões aos construtores automóveis e depois subir o IA em dez por cento não lembra a ninguém.

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domingo, dezembro 07, 2008

na mouraria...

... ou... e vocês continuam sem sair de casa?!

Daqui a pouco no CCB, Amélia Muge canta Amélia Muge, na companhia de convidados de respeito: Ana Moura e Gaiteiros de Lisboa.
É tempo, sobretudo, de recolecção em prados conhecidos. De pegar em cada canção, olhá-la como se olha uma planta, ponderar o que é fruta, flôr, cacto ou arbusto, escolher as mais resistentes, as que melhor se darão no mercado da praça, as mais vistosas, eventualmente as que, com formas estranhas, possam chamar a atenção porque definitivamente, mais ninguém tem iguais para vender.
É tempo de recolecção. De pôr as canções todas “numa carreirinha, para ver até onde eu cheguei”, como dizia a Rosa Ramalho a propósito das suas peças de cerâmica.

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As melhores fotos de George W. Bush [12]

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sábado, dezembro 06, 2008

na mouraria...

... ou... e vocês continuam sem sair de casa?!

Há espectáculos todas as semanas e o Teatro Camões e espectáculos todas as semanas e a CNB e espectáculos todas as semanas e a CPBC e espectáculos todas as semanas e mais companhias convidadas e espectáculos todas as semanas!

Há duas semanas fui ver isto.
Esta noite fui ver isto - que repete sábado (hoje portanto).
Estou as fazer as pazes com o contemporâneo!

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sexta-feira, dezembro 05, 2008

Backsound

Timbaland's Line up at FASHION ROCKS 2008
One Republic - Apologise
Chris Cornell - Scream
Pussicat Dools - When I Grow Up

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Fábulas de Esopo

A grande tragédia dos políticos é ilustrada, de forma magistral, numa fotografia de Maria de Lurdes Rodrigues, capa do Público de hoje. As opções políticas da Ministra da Educação vaguearam entre a virtuosidade e a indignidade e rapidamente se transformaram num belo floreado histórico. Quanto à sua coragem? Velozmente transfigurada em fatalidade mediática.
José Sócrates e Cavaco Silva, os seus patronos políticos, alisar-lhe-ão o tapete lustrosamente, circunstancialmente e tão breve quanto possível. Mário Nogueira instrumentalizará e será instrumentalizado, ao serviço de uma nobre causa. Os principais actores saciarão a sua esperança numa luta dissimulada em fábula, de Esopo. Contudo, a escola pública, um enorme caldeirão surrealista, continuará a agasalhar falsos amigos.

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quinta-feira, dezembro 04, 2008

Uma tragédia superficialmente económica, suavemente política e levemente social



Dona Melancia – Meu bem, não entendo nada disso aí, mas Zé pretende desdizer percentagem de Mário?
Dom Melão desroendo unha – Sim, é isso aí.
Dona Melancia – Meu bem, não entendo nada de estadística, mas percentagem não é desnúmero memo?
Dom Melão cofiando o bigode – Sim, é isso aí.
Dona Melancia – É, benzinho, ‘cê hoje ‘tá baita desextrovertido.
Dom Melão alisando bigode – ‘Cê quer qu’eu fale o quê?
Dona Melancia – Gostava que você dissesse qualquer coisa de desespirituoso. Do género ele é “um órfão da opinião pública, podia dizer-se que (…) [é] um incolor com ideias”*?
Dom Melão – Sim, é isso aí.
Dona Melancia - Xi, benzinho, nós ‘tamo numa d’enriquecimento involuntário, baita desgostoso!
Dom Melão franzindo o bigode – Enriquecimento involuntário?
Dona Melancia – Veja, ontem o Zé desnacionalizou o BPN, hoje desnacionalizou o BPP, quer dizer que somo todo desaccionista. Benzinho – em seu olhar mais inocente - ‘cê podia desinvestir naquele presépio de lata? Vá, não seja unha de fome, ele hoje ‘tá em alta!
Dom Melão erguendo-se do sofá e sussurrando agressividade – ‘Cê pode até achar uma baita d’uma piada, mas eu sou um homem de bem e homem de bem não lhe acha desgraça nenhuma.
Dona Melancia – É, meu bem, a vida política de Zé e companhia ‘tá “(…) cheia de actos falhados que não têm outra intenção senão a de causar aflição aos outros”**.
Dom Melão saiu desvairado do salão, ora num gargalhar, ora num soluçar, ora num aligeirar ornamentado d’inacção.


*BESSA-LUÍS, Agustina (2006). A Ronda da Noite. Lisboa: Guimarães, p. 83.
** Idem, p. 40.

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Gandas Séries















Agora à venda em DVD. Para quem nao viu: recomenda-se!
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A propósito de faits divers

Dêem uma espreitadela a esta campanha anti-Barrosista que acaba de ser lançada na internet.
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quarta-feira, dezembro 03, 2008

Numa tabacaria perto de si: Testemunho de um banqueiro


Toda a estória de um banqueiro que mantém o vínculo à função pública, de onde saiu com uma licença de vencimento ilimitada. Pela módica quantia de 25,20€, João Rendeiro explica como “venceu nos mercados” e aproveita, ainda, para ministrar 10 conselhos sobre a forma de investir no mercado com total segurança.

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As melhores fotos de George W. Bush [11]

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Ensaio sobre a impraticabilidade da educação

O André entrou sorrateiramente, sentou-se num lugar despercebido e ficou quieto, muito quieto, às contas com a atenção. Assinou à hora certa.
O Fábio entrou despreocupadamente, sentou-se risonho ao lado do André e assinou acompanhado de um sorriso matreiro.
O Bernardo entrou alguns minutos depois, assinou e concentrou a sua atenção no livro que estava em cima da secretária do palestrante.
Do lado direito Susana às contas com a timidez, agressividade e um desequilíbrio a atirar à celebridade.
O palestrante registou o sorriso matreiro, as horas tardias, a timidez desequilibrada e a atenção das contas.
No final da sessão anotou as suas observações, questionou os seus botões e reflectiu durante alguns meses.
Hoje irá encontrar-se novamente com o André, o Fábio, o Bernardo e a Susana. Espera confrontar-se com uma certeza: as pessoas são exactamente as mesmas.

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It's Christmas Time

Durante a adolescência dos rapazes há um certo momento-click que faz com que de repente desviemos a nossa admiração até então dedicada ao Super-Homem, ao Homem Aranha ou ao Super-Rato para aqueles colegas pintarolas que nos seduzem com os seus relatos sobre as gajas que já "comeram", as que andam a "comer" e as que já estão a pensar em "comer" (inclusive a Teresinha, a boazona do 8oC que nos faz babar só com a sua passagem ondulante…).

Depois, quando nós próprios começamos a conhecer um pouco mais sobre o assunto descobrimos que, na maior parte das vezes, aquilo era mais bazófia do que outra coisa qualquer, e depressa essas personagens passam de heróis a tristes e caricatas figuras.

Na maior parte das vezes acabamos mesmo por chegar à conclusão que afinal são os mais caladinhos que sacam mais miúdas (claro que esta conclusão não se baseia em nenhum algoritmo rigoroso, o que aliás seria impossível visto na equação estar também presente o livre arbítrio feminino).

Coisa semelhante passou-se comigo quando descobri a blogosfera. No início fiquei verdadeiramente fascinado com o tal mainstream blogosférico. De repente os insiders que até então só tínhamos oportunidade de ver na televisão ou ler nos jornais ficavam aqui tão perto, ao alcance dos nossos comentários. As suas esclarecidas discussões, as suas iluminadas crónicas ou as suas prosas excepcionalmente bem escritas deixaram-me muitas horas a olhar embevecido para o ecrã do computador. Os seus posts- tratados cheios de citações (de tipos que se não fosse a Wikipedia eu estava bem tramado) e discorrendo sobre factos que me surgiam como verdadeiras revelações, iam alimentando a minha admiração.

Mas passado algum tempo este fascínio esvaiu-se. Afinal eles não eram assim tão insiders como isso nem tão eruditos como faziam crer. Se calhar na maior parte das vezes aquilo era mesmo só bazófia de posts-plásticos e com sabor a Copy/Paste ou então posts-papagaio que repetem até à exaustão sempre a mesma lenga-lenga (com a devida vénia às excepções, bem entendido). E além disso escrever bem escreve o Camões, o Eça e o Pessoa.

E depois descobri que a verdadeira blogosfera estava afinal muito longe do mainstream e que os seus verdadeiros tesouros estavam muito além do Technorati (pronto! tirando o "E Deus Criou A Mulher"). Os posts mais genuínos, sem pretensões de captar audiências ou exibir doutos conhecimentos, escondidos nos recantos da blogosfera, esses sim tornam-me de facto muito mais sabedor.

E aqui, nesta casa, está o exemplo disso mesmo. É que eu já não troco por nada o comentário político do André (deixemos o desportivo de lado porque isso são outros quinhentos!), o económico do Carlos ou o social da Vera; já não vou mais longe do que o tiro-sempre-certeiro do Hélder, os fait-divers da Carlota ou as sugestões da Cristina; e para me embalar fico já aqui com a prosa da Leonor.

E já agora aproveito (porque não sei como é que vou estar nos próximos tempos com tanta christmas party que por aqui se organiza), e porque o mês de Dezembro já começou e quer queriam quer não este mês vai ser sempre o mês da paz e do amor fraterno entre os homens (e mulheres!), para desejar a todos os que aqui escrevem, lêem ou simplesmente andam a ver passar os bonecos (como eu!): Boas Festas, um Santo Natal e um Próspero Ano Novo (assim mesmo, à antiga!)

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terça-feira, dezembro 02, 2008

Posts que valem a pena (1)

Este ou não fosse eu amante de gatos.
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não gosto do Mário. e agora?

Não gosto do Mário Nogueira. Não o conheço de lado algum e, desde sempre, que antipatizo com ele. Não parece um senhor simpático, educado nem sorridente.

Acredito que o senhor se agarre bem agarrado ao lugar que ocupa e que lá esteja por politiquices. Não o admiro pela sobranceria com que assume a pseudo-liderança dos professores, pela excessiva exposição pública e pelos comentários, críticas e até ofensas.

Independentemente de não perceber nada de política, nem das sindicalices que mantêm a blogosfera entretida, não consigo gostar do discurso arrogante do Mário Nogueira. Por um motivo: não aprecio o sectarismo sobranceiro.

Por isso, não aprecio o que diz Mário Nogueira no constante enfoque nas condições de progressão de carreira, no excessivo relevo dado às condições de aposentação, na intransigência e na falta de visibilidade dada a críticas construtivas. Tenho a certeza (?) de que muitos professores não pensam exactamente o mesmo.

[texto adaptado livremente da apreciação da Carlota sobre a Manuela]


PENSAMENTO FINAL:

Será que amanhã posso fazer greve pondo uma cruzinha num papel a dizer que
não autorizo que isso seja inadvertidamente utilizado pelo senhor?...

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O Melhor do Mundo

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A ilusão colectiva

Jacob Weisberg apoia a sua obra “A tragédia Bush” num modelo de análise teoricamente pouco ortodoxo, mas estimulante: Shakespeare, Henrique IV, parte I e II (o príncipe Henrique, filho de Henrique IV, é um jovem problemático, conflituoso, preguiçoso e com relações complicadas com arruaceiros, ladrões, mentirosos compulsivos e alcoólicos (Falstaff). Henrique IV elogia frequentemente o filho do seu maior rival, lamentando a fraqueza de carácter do seu filho).

A obra de Weisberg examina:
- a árvore genealógica do 43.º presidente dos EUA e assinala duas personalidades distintas: os Bush e os Walker. Os prudentes, amistosos e aristocráticos Bush e os novos-ricos, agressivos e arruaceiros Walker. Traça as contradições entre as duas facções familiares.
- o percurso político de Bush Sénior e a ansiedade e impaciência de Bush Júnior em ultrapassar o excesso de prudência e diplomacia do pai. A ausência de Bush Sénior do seio familiar e a sua aversão ao conflito.
- a conversão de Bush Júnior aos evangélicos e a sua utilização política da religião.
- a trajectória política do responsável pela ascensão de Bush Júnior: Karl Rove, o arquitecto (ou o génio do mal?). As ambições republicanas de Rove para além de Bush.
- a trajectória política do responsável pela política externa de Bush: Dick Cheney (a manipulação maquiavélica da personalidade de Bush) e as ambições políticas de Cheney para além de Bush (reforço do poder executivo e secreto do Presidente).
- o “monstro amável”, a sua “esposa” política - um caso de anulação de pensamento/preparação política - Condi Rice e as cinco doutrinas de política externa de Bush.
- os precursores históricos de Bush ou a autoridade de aliados históricos circunstanciais.
- a tragédia (não interiorizada por Bush) de um homem que se recusou/recusa a pensar, apenas porque reflectir invoca a dúvida e a reconsideração, algo de extraordinariamente negativo para a apologia da autoconfiança (ou falta dela?) autista, apoiada numa forte necessidade de afirmação através da acção. Contudo, a verdadeira dimensão da tragédia Bush surge em 2006 num choro compulsivo em público.

Weisberg invoca o crítico literário inglês do sec. XIX, William Hazlitt, explicando assim a dimensão da catástrofe:

“Ele era negligente, dissoluto e ambicioso; - preguiçoso, ou maldoso. Em privado, parecia não ter a mínima ideia das normais decências da vida, que sujeitava a uma espécie de soberana licenciosidade; nos assuntos públicos, parecia não ter a mínima ideia de qualquer regra do bem ou do mal, apenas da força bruta, com uma ligeira camada de hipocrisia religiosa e aconselhamento do arcebispo. Os seus princípios não se alteravam em função da sua situação e deveres (…). Henrique, como não sabia governar o seu próprio reino, decidiu fazer guerra aos vizinhos. Como o seu próprio direito ao trono era duvidoso, reivindicou o trono de França. Como não sabia exercer o poder, que acabara de lhe cair nas mãos, com qualquer fim útil, procurou de imediato (um recurso de soberania barato e óbvio) fazer todo o mal de que era capaz.”
WEISBERG, Jacob (2008). A Tragédia Bush. Lisboa: Bizâncio, p. 291.

A obra de Jacob Weisberg esclarece as razões (ou ilusão colectiva?) da política externa/interna de Bush Júnior, contudo a abordagem exclusivamente política ignora outro tipo de abordagens complementares e importantes para uma compreensão mais completa da era Bush.

Weisberg constrói o carácter de Bush através dos seguintes vectores: “renascimento” evangélico, resolução do alcoolismo, afirmação pessoal, autoconfiança autista, visão religiosa da realidade: o bem e o mal contra a negação da subtileza, reflexão e dúvida. A tragédia de George W. Bush, do povo americano e da humanidade em geral assenta numa explicação aparentemente simples: a liderança dos EUA, durante 8 anos, foi assegurada por um homem mal preparado, com um complexo de inferioridade mal resolvido e com uma análise narcisista da história e da realidade (que tanto Cheney como Rove manipularam de uma forma patética). O que nos faz levantar sérias dúvidas em relação ao estado actual da política e dos homens que a constituem (alguns exemplos na Europa são assustadores).

O livro lê-se de um trago e o seu modelo de análise não deixa de ser consistente. A sua principal fragilidade reside na sua abordagem exclusivamente política, ignorar todos os outros interesses instalados à volta do poder e que contribuem para uma explicação mais aprofundada e analítica dos factos, constrange o estudo e levanta sérias dúvidas quanto à simplicidade de tal abordagem.

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segunda-feira, dezembro 01, 2008

No meu tempo...

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Backsound

My Chemical Romance - -The Black Parade

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A verdadeira alma portuguesa

“Os peixes, (…), lá se vivem nos seus mares e rios, lá se mergulham nos seus pegos, lá se escondem nas suas grutas, e não há nenhum tão grande que se fie do homem, nem tão pequeno que não fuja dele. Os autores comummente condenam esta condição dos peixes, e a deitam à pouca docilidade ou demasiada bruteza; mas eu sou de mui diferente opinião. Não condeno, antes louvo muito aos peixes este seu retiro, e me parece que, se não fora natureza, era grande prudência. Peixes! Quanto mais longe dos homens, tanto melhor; trato e familiaridade com eles, Deus vos livre! (…) vós, peixes, longe dos homens fora dessas cortesanias, vivereis só convosco, sim, mas como peixe na água. (…)
Perguntado um grande filósofo qual era a melhor terra do Mundo, respondeu que a mais deserta, porque tinha os homens mais longe. Se isto vos pregou também Santo António (…) bem vos pudera alegar consigo, que quanto mais buscava a Deus, tanto mais fugia dos homens. Para fugir dos homens deixou a casa de seus pais e se recolheu a uma religião, onde professasse perpétua clausura. E porque nem aqui o deixavam os que ele tinha deixado, primeiro deixou Lisboa, depois Coimbra, e finalmente Portugal. Para fugir e se esconder dos homens mudou o hábito, mudou o nome, e até a si mesmo se mudou, ocultando sua grande sabedoria debaixo da opinião de idiota, com que não fosse conhecido nem buscado, antes deixado de todos, como lhe sucedeu com seus próprios irmãos no capítulo geral de Assis. De ali se retirou a fazer vida solitária em um ermo, do qual nunca saíra, se Deus como por força o não manifestara, e por fim acabou a vida em outro deserto, tanto mais unido com Deus, quanto mais apartado dos homens.”

VIEIRA, Padre António (2008). Sermão de Santo António e outros textos. Cruz Quebrada: Oficina do Livro, pp. 18-21.

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Com que então, fim-de-semana prolongado...

E deixam o blogue às moscas, não é?
Lá vou ter eu, que sou a única que trabalho, de escrever aqui qualquer coisita.
Olhem, à falta de melhor, aqui vai o texto do e-mail que uns deputados europeus me enviaram na sexta-feira passada. Leiam com atenção. Esta gente está toda a passar-se, mas é!



Thursday the 4th of December Dalai Lama will speak at the European Parliament. Tenzin Gyatso's visit coincide with a decisive moment for the Tibetan's future. Dalai Lama strategy - non-violence and dialogue with China in order to obtain an effective autonomy, and not independence - risks to be definitively defeated by Chinese authorities' unavailability to accept any step forward. If this occurs, it will not be only a tragedy for the Tibetan people. If the non-violent solution and federal autonomy will not be take into consideration, a hard beat will be stroke against the right for democracy for 1,5 billion Chinese and against peace hope of all humanity.

To greet and sustain the Dalai Lama in his non-violent struggle, we propose to everybody - European civil servants, MEP, assistants and visitors - to observe a day of fasting, from midnight of the 3rd to midnight of the 4th and to wear the traditional white scarf.

We ask to all of those that intend to participate at the fasting (are allowed water and sugared beverages during the 24 hours) to preannounce it, in order to publicise the list of the participants. The list will be given to the Dalai Lama during the morning of the 3rd.

Kind regards,

Marco Cappato (MEP, Italian radicals)
Thomas Mann (MEP, Chair of the Tibet intergroup)
Marco Pannella (MEP, Chair of the Non-Violent Radical Party, Transnational and transparty)


Nota fundamental: fasting significa jejum.
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