Assombro de 2008
Quase todos os portugueses que possuem computador são utilizadores do sistema Windows, comercializado pela empresa Microsoft, cujo império cresceu à custa de uma ideia original ‘furtada’ a um concorrente, mas cuja ‘inteira’ novidade consistiu em torná-la mais barata.
Uma empresa portuguesa comportou-se de forma idêntica e é uma digníssima anedota nacional.
Entre nós e os americanos há, pelos vistos, uma grande diferença.
Uma empresa portuguesa comportou-se de forma idêntica e é uma digníssima anedota nacional.
Entre nós e os americanos há, pelos vistos, uma grande diferença.
Etiquetas: Esta vida de Magalhães é boa para mim e outros hits, Uma anedota nacional
VeraC às segunda-feira, dezembro 29, 2008
6 Comments:
Cara Nancyb:
O problema não é uma empresa portuguesa estar a produzir e comercializar um produto tecnológico. Isso é uma das partes da cura para a doente economia nacional: produzir bens exportáveis. Os problemas são dois: transformar isso no princípio e no fim da política de educação e ter um primeiro-ministro que perde toda a sua compostura e sentido de cargo quando vai vender Magalhães para as cimeiras internacionais. Nunca viste um presidente americano vender Windows numa cimeira internacional, pois não? :)
Bjs
Comentário muito certeiro, o de Carlos Malmoro.
Caro Carlos,
Já vi vários presidentes americanos fazerem guerra por uma "amigável" hegemonia económica o que é isso perante vender Magalhães em cimeiras? Trocos?
E depois sabes mt bem (melhor do q eu) quem são os mestres em transformar cimeiras políticas em manipulação económica.
E tb sabes bem quem habitualmente se encontra em Lavos.
Dir-me-ás q isto não tem nada a ver com política?
O problema, o nosso grande problema, é que ainda estamos a milhares de quilómetros de saber mascarar economia embrulhada em política.
Bjs,
Vera
Errata:
Davos e não Lavos
Nancyb,
antes de «abrir as hostilidades» , deixo-te com os meus sinceros votos para um excelente 2009.
Como atrás disse, nesta matéria do Magalhães há dois problemas: por uma lado ver o tal computador quase como o salvador da educação tecnológica em Portugal. Qualquer computador devidamente adaptado fazia o mesmo serviço. É lógico que considero uma mais-valia enorme, nos tempos de hoje, TODAS as crianças terem acesso às TIC o mais cedo possível. Mas ambos sabemos que existem computadotres no mercado semelhantes.
Quanto ao segundo problema ele é um pouco diferente. Eu não considero aquilo que Sócrates fez na cimeira internacional diplomacia económica. Aquilo que eu vi foi um caixeiro-viajante. Os PM e os presidentes podem e devem fazer diplomacia económica. A sua existência é considerada normal e, para pequenos países como Portugal, ela torna-se indespensável. Para mim, diplomacia económica é lutar para que os agricultores portugueses (todos eles) recebam mais subsídios da PAC - que por burrice do governo, não encontro melhor termo, este ano não vão receber nenhum; é lutar para que TODAS as empresas tecnológicas tenham acesso a concursos internacionais de fornecimentos de TIC´s; é lutar....isto é, para mim, diplomacia económica: criar ambientes favoráveis para que as actividades económicas portuguesas se possam desenvolver no exterior com base nas vantagens competitivas de cada uma.
Agora, naquela cimeira aquilo que vi foi um vendedor ambulante com o seu Magalhães debaixo do braço. Enquanto cidadão espero muito mais de um PM. E, cara Vera, enquanto cidadã, não sentiste um pouco de vergonha da figura que o Sócrates fez naquela cimeira? (eu, enquanto cidadão português, senti-me embaraçado)
Bjs
PS: Refiro-me à cena da cimeira Ibero-americana «Não há nome mais ibero-americano que Magalhães»...poupem-me :) : http://www.youtube.com/watch?v=agMEidzq67g
erratas:
computadores e não «computadotres»
indispensável e não «indespensável»
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