É pá 'atão' não é que no outro dia vi um boi a voar?
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Em cenários trágicos como os que hoje vamos vivendo, é sempre bom que artigos como este nos lembrem que por vezes pequenos gestos como o de Frederick Terman, que convenceu a Universidade de Standford a emprestar espaços para a instalação de novas empresas, podem dar origem a coisas tão fantásticas como Silicon Valley.
E não digo que se comece a lotear o parque da Fonte Luminosa, mas se deixassem de discutir palermices e canalizassem os esforços para tentar definir uma verdadeira visão para Portugal, talvez conseguissem encontrar o nosso Silicon Valley.
E já agora que se fala da utilização eficaz do esforço, este outro artigo dá-nos conta do novo livro de James Lovelock em que ele acha que já não vale a pena continuar a gastar tempo e dinheiro para tentar evitar o aquecimento global (porque ele é inevitável!). Devemos antes começar a investir seriamente na procura de soluções para minimizar os seus efeitos (no outro dia alguém me dizia que no caso do gelo da Antárctica derreter todo, a estimativa para a subida do nível do mar é de 76 metros. Creepy….).
Concedo que a imagem que tenho da sociedade portuguesa possa estar um bocado enviesada devido ao facto de não viver o dia-a-dia do país. No entanto este meu distanciamento físico também pode servir de justificacao para a minha pretensão de conseguir ter uma visão tipo birds eye da coisa. Por isso, e mesmo caindo no risco de parecer injusto ou desajustado, aqui vai a minha análise a la Pedro Arroja (com as devidas distâncias, naturalmente)
Também eu não quero dar demasiada importância aos casos dos livros de Braga e do autocolante de Torres Vedras. Como casos isolados não passam realmente de episódios anedóticos ou petits faits-divers.
Mas também acho que não há muita diferença entre estes dois casos e, por exemplo, a forma escolhida pelos professores para se manifestarem contra as mudanças propostas, ou o facto de os militares acharem normal andar a "passear" fardados pela avenida, ou de alguns dos mais altos responsáveis da nossa justiça e investigação criminal não resistirem a tornar-se vedetas dos media, ou muitas outras situações do mesmo género.
Todas elas revelam essencialmente uma grande falta de bom-senso. E esta falta de bom-senso é o efeito imediato da perda de um quadro de referências sólido, sem o qual qualquer sociedade terá uma tendência natural para se desarticular.
A nossa elite, responsável pela manutenção deste quadro de referências, deixou-se corromper pelo novo-riquismo e pelo egoísmo individualista e dissociou-se desta sua função essencial. Mais, aproveitou-se mesmo da sua situação privilegiada para benefício próprio e cavou um fosso ainda maior entre ela e o resto dos cidadãos.
A este factor acrescenta-se a situação de completo desinvestimento na cultura portuguesa. Desamparada e entregue a si própria, a nossa cultura tornou-se extremamente permeável a influências exteriores e descaracterizou-se, contribuindo assim para a perda de identidade colectiva.
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É muito jogo de computador, pessoal.
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O Professor e a Dren
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No estrangeiro, Portugal é essencialmente conhecido pelo futebol e pela ligação que tem com o mar (eu também gostava que fosse igualmente conhecido por outros motivos, mas não é!).
Na primeira vertente estamos servidos (e estou convencido de que a vaca lá continuará a dar o seu leite).
Na segunda, tivesse o Ernâni Lopes os pezinhos do Cristiano Ronaldo e o tal do hypercluster marítimo era mesmo coisa capaz de se tornar numa das grandes forças motivadoras do desenvolvimento do país e da sua projecção no estrangeiro.
email, telemovel, blog, hi5, facebook, delicious, twitter e mais não sei quantas formas inventadas para que as pessoas possam, cada vez com mais facilidade, partilhar as suas ideias, pensamentos, compromissos, preferências, interesses, rotinas, desejos, intimidades, defeitos, vícios, virtudes ou mesmo o facto de terem acabado de fazer um pão, ….
E ainda dizem que a sociedade está cada vez mais individualista….
Chefe o bloco está a subir nas sondagens! Ai ele é isso….avança com o casamento dos alegres.
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I have a dream que um dia a politica à portuguesa deixe de ser feita de tricas, intrigas e jogos de interesses mesquinhos, onde só se discutem miudezas e não se debatem as ideias.
I have a dream que um dia os governos e as oposições passem a ter uma ideia concreta do que querem para Portugal e não se limitem a navegar à popa e ir reagindo ao sabor acontecimentos.
I have a dream que um dia se possa mudar uma certa mentalidadezinha medíocre e pobrezinha que confunde a crítica com o maldizer e o cumprimento com a bajulação. Que acha que o entusiasmo é boçal e defende o culto do pessimismo. Que tão depressa aclama o vulgar como menospreza o que sobressai. Que tem inveja do sucesso dos outros mas que vive em função deles.
I have a dream que um dia acabem estes tugas chico-espertos, incultos, estúpidos, que não respeitam ninguém, que tratam mal a mulher e os cabrões dos putos, que vivem para encontrar maneiras de vigarizar os outros (principalmente o Estado) mas que ao mesmo tempo queixam-se a toda a hora que são uma vítima do sistema e dizem frases idiotas como “agora que já me comeram a carne têm que me roer os ossos”.
I have a dream que um dia as cidades do meu país deixem de ser sítios sujos, poluídos e desordenados. Que comecem a valorizar o seu património e a fazer um esforço para se tornarem locais agradáveis para viver.
I have a dream que um dia o povo português perceba finalmente que a sua grandeza de espírito compensa os seus muito defeitos e fraquezas, e que com a vontade de todos Portugal pode ser um Grande país.
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Lily Alen - The Fear
À sexta, aqui é que estão as graaandes músicas.
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Nos últimos anos os políticos, encantados com a sua dama vestida de púrpura e cifrões, empenhados em acreditar nos que lhes diziam que a história tinha acabado, ficaram de costas voltadas para maioria dos intelectuais que insistiam que uma sociedade sem ideias é como um corpo sem alma. Agora, órfãos da sua religião, voltam-se de novo para eles na esperança que dali possa vir a luz que procuram ao fundo do túnel.
Concordo que é necessário repensar alguns conceitos, reformular certos apriorismos, reformar a maioria das instituições e que o contributo dos intelectuais é fundamental para questionar e lançar pistas.
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The Last Shadow Puppets - My Mistakes Were Made For You
À sexta-feira, só música daquela mesmo, mesmo boa.
O Basílio Horta só veio confirmar o que toda a gente já tinha percebido: o pessoal anda à nora!
A União Europeia devia cerrar fileiras e pôr em prática um plano conjunto. As atitudes proteccionistas e as medidas unilaterais não podem ser a solução.
Para que um tal plano ganhe pernas para andar, e não tropece no primeiro obstáculo, é essencial encontrar um líder. Goste-se ou não o único político europeu actual capaz de assumir este papel é o Sarkozy. Tem o meu voto!
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É conhecida, e todos os dias nos é recordada, aquela cena de que é muito difícil traduzir accountability para português.
Pelos vistos também há algumas dificuldades no move forward…
No mês passado participei num workshop em que representantes de quase todos os países europeus debateram o futuro da aviação civil na Europa. Durante uma semana fizeram-se as habituais análises de riscos e oportunidades dos vários sectores da indústria e tentou-se chegar a conclusões sobre o impacto que uma Europa mais globalizada poderá e deverá ter nesta importante indústria. No fim da semana (no “wrap up”!) o director do workshop fez questão de frisar que nas várias análises que se fizeram foi recorrentemente referida como oportunidade a colaboração entre os vários países; e nunca o facto de o céu se estender indiscriminadamente por vários países foi referido como uma ameaça ou risco. A pergunta que se impôs foi: porque não acontecem então os projectos transeuropeus mais facilmente? E a resposta foi unânime por toda a audiência: por questões puramente politicas!
Estou convicto de que existe, e se vai reforçando de dia para dia, um espírito Europeu. Os cidadãos dos estados Europeus têm consciência de um sentimento de pertença a uma certa unidade onde são partilhados muitos valores. Este sentimento tem que ser explorado e alimentado para o fortalecer. Algumas das vantagens práticas da EU são evidentes no dia-a-dia (o euro, as fronteiras). A construção da Europa deve ser feita de baixo para cima, através do aproveitamento dos vários exemplos que vão acontecendo aqui e ali, e não de cima para baixo, através dos jogos políticos dos bastidores.
É claro que não podemos exagerar. Não se podem esperar mais afinidades do que aquelas que existem naturalmente. Os diversos povos europeus estarão sempre afastados por enormes diferenças culturais (eu, por exemplo, depois de ter sido algumas vezes surpreendido, lá tive que explicar a alguns colegas meus (de diversas nacionalidades) que em Portugal os beijos entre homens estão circunscritos ao domínio dos laços familiares, e que de futuro eles se deveriam abster de, por mais festivas que sejam as ocasiões, virem todos lampeiros prontos para me pespegar com duas grandes beijocas). Esta diversidade tem que ser respeitada e qualquer tentativa de a subestimar deitará por terra qualquer projecto de união.
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A ênfase no proteccionismo e no mercantilismo como vias para ultrapassar a crise económica ganha adeptos em cada dia que passa.
O Buy British, Acheter Francais e outros que tais podem facilmente tornar-se gritos de guerra de movimentos extremistas e xenófobos dos mais variados quadrantes e orientações.
A continuar assim, esta realidade poderá facilmente exacerbar a clivagem entre os extremos Federalistas e Eurocépticos, e inclusive pôr uma pressão enorme sobre os próprios alicerces da União Europeia.
Os ventos que ameaçam vir da América também não auguram nada de bom. Por analogia (e mesmo salvaguardando qualquer anacronismo) basta lembrar que o proteccionismo de Roosevelt é normalmente apontado como uma das causas da profunda crise económica europeia que na prática conduziu à II Guerra Mundial.
A Rússia acossada pela perda do poder que lhe vinha dos exorbitantes preços do petróleo vai tornar-se cada vez mais perigosa.
A Turquia parece ter-se cansado dos jogos politiqueiros e das discussões inócuas sobre a sua adesão à UE. Isto além de não ser nada bom por si só, poderá facilmente servir de alavanca para o extremismo dos restantes países muçulmanos.
Os conflitos existentes, sejam eles a guerra no Afeganistão ou o drama de Darfur, estão longe de terem soluções à vista. A OTAN não funciona e as Nações Unidas mostram-se cada vez mais incapazes de resolver problemas.
No meio de tudo isto os países europeus são (salvo raras excepções) governados por políticos sem carisma e pouco interessantes, o pequeno Durão nem em bicos de pés passa por líder europeu, e em Portugal estamos suspensos, a tentar descobrir se o nosso Primeiro-Ministro é ou não um malandro.
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