Poemas que ardem
Quarto
Os posters, colados com fita-cola
arderam nas paredes. Os ursos de
peluche fecharam os braços e, por
quase nada, arderam sobre a cama.
Os cartões de estudante antigos, os
postais de férias e os três poemas
passados a limpo arderam dentro
da gaveta da mesinha-de-cabeceira.
Fiz dezasseis anos, chegou o verão e
os bombeiros não tiveram meios
técnicos e humanos suficientes.
José Luis Peixoto; "Quarto", in Gaveta de Papéis, Edições quasi, 2008, pág 37
Os posters, colados com fita-cola
arderam nas paredes. Os ursos de
peluche fecharam os braços e, por
quase nada, arderam sobre a cama.
Os cartões de estudante antigos, os
postais de férias e os três poemas
passados a limpo arderam dentro
da gaveta da mesinha-de-cabeceira.
Fiz dezasseis anos, chegou o verão e
os bombeiros não tiveram meios
técnicos e humanos suficientes.
José Luis Peixoto; "Quarto", in Gaveta de Papéis, Edições quasi, 2008, pág 37
Etiquetas: José Luís Peixoto, Poemas do Quotidiano, Poesia
0 Comments:
Enviar um comentário
Voltar à Página Inicial