quinta-feira, novembro 30, 2006

Melhor Blog Temático
Votações a 30 Nov

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Melhor Blog Colectivo
Votações a 30 Nov

Os mais votados no total de 141 blogues já nomeados para esta categoria:

ablasfemia.blogspot.com/
soc-anonima.blogspot.com/
daliteratura.blogspot.com/; gloriafacil.blogspot.com/; marretas.blogspot.com/; tugir.blogspot.com/
aspirinab.weblog.com.pt/; causa-nossa.blogspot.com/; corta-fitas.blogspot.com/; marsalgado.blogspot.com; oinsurgente.org/
5dias.net/
bichos-carpinteiros.blogspot.com/
aartedafuga.blogspot.com/; bits.webhs.org/bitaites/; chumo.blogspot.com/; doismaisdoisigualacinco.blogspot.com/; gatofedorento.blogspot.com/; o-amigodopovo.blogspot.com/; revista-atlantico.blogspot.com/
ante-et-post.weblog.com.pt/; dias-com-arvores.blogspot.com/; odoloeventual.blogspot.com/; puxapalavra.blogspot.com/
grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/; quartarepublica.blogspot.com/; respiraromesmoar.blogspot.com; small-brother.blogspot.com/; webjornal.blogspot.com/

[regulamento de voto]
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...Finalizando...

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Bolonha em sessões de esclarecimento - parte V

Vejamos, agora, porque eu disse que «a relação professor-aluno é outra coisa que vai (???) mudar com Bolonha». O espírito de Bolonha coloca a ênfase formativa na aprendizagem e não no ensino.

O aluno tem menos horas de aulas, que passam todas a ter frequência obrigatória integradas num sistema de avaliação contínua. Procura-se passar mais responsabilidade da formação para o aluno, que além de ter maior liberdade de escolha curricular, deve também poder gerir de forma mais pessoal o seu estudo.

Do ponto de vista do professor, a avaliação contínua exige uma reestruturação das aulas e sistemas de avaliação. Além disso, e tendo em conta a tal possibilidade de gestão pessoal, o professor deve indicar para cada conteúdo o número de horas previstas para o estudo do aluno. E há ainda umas aulas tutoriais, que – lamento! – não consegui perceber bem o que serão...

Reconheciam e alertavam os professores da Mesa:
- «temos uma postura muito individualista no ensino; cada professor ocupa-se apenas da sua cadeira»
- «os professores não vão mudar da noite para o dia só porque têm de preencher mais uma ficha!»
- «os professores são os mesmos e os alunos são os mesmos»
- «não digo frequentar uma acção de formação dada por um especialista qualquer; isso não tem interesse nenhum...»
- «mudar a mentalidade dos alunos e dos professores é um processo demorado e aí é que é importante o papel dos alunos »

Não sei se tem interesse ou não frequentar acções de formação – é capaz de ter algum... – mas concordo certamente com a Mesa num ponto fulcral: acima de tudo, tem de haver uma comunicação mais concertada, quer entre professores, quer entre professores e alunos.


parte I - Mestrado de Formação de Professores
parte II - reestruturação da formação por ciclos
parte III - mestrados integrados
parte IV - organização curricular
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Rui Matos: direito de resposta

Tomo a iniciativa de dar destaque em caixa alta à resposta do Rui Matos à controvérsia que em torno dele surgiu ali em baixo. Com uma breve nota minha no final. Espero que não se importem com a minha capacidade de síntese, mas não quero abusar do tempo de quem me lê.

"Bom dia a todos,e muito obrigado pelos adjectivos que imputam ao visado, mas que o visado não reconhece, pois até já contribuiu com dois posts sobre o V/ evento que felicito e já ajudei a promover, creio.

Qto ao resto são apenas erros de percepção, bem sei que o nosso ensino secundário anda numa lástima, o superior também e isso tudo somado gera equívocos e incompreensões visíveis.

No fundo o que procuro dizer é que a Filosofia é a mãe das ciências, e quando a consideramos "bastarda" - incorremos em erros de palmatória..Afinal, não é só aquela senhora da 5 de Outubro que os comete...

Lembro-me sempre do D. Quixote qdo avista umas meretrizes de boas maneiras - ele pensava logo que se tratava de donzelas com formação clássica q sabiam tocar piano e falar francês, ou mmo qdo confundia giganntes c/ moinhos de vento..Tentei, ou melhor fiz, mesmo uma crítica estruturada valorizadora da blogosfera - e depois - os caros ciber-companheiros escrevem o que escrevem... Dá vontade de dizer: porra!!! onde é que fica o exílio... No exílio do Burundi... Alguns comments, desculpem-me a franqueza - são verdadeiros tiros nos pés de quem os escreveu. Releiam- c/ atenção - e depois correlacionem isso ao post que, pelos vistos, serviu de refªa...

Tudo, afinal, erros de percepção que denotam uma terrível falta de formação crítica, leia-se (sociológica e filosófica). Será isto arrogância, bolas!!! É óbvio q não. Alguém aqui leu verdadeiramente o que se escreveu...

É que sem o querer - esse tipo de comments - que, francamente, não me atingiram só vêem dar razão às críticas de JPP, MStavares - e, confesso, algumas até têm fundamento. Eu pp/ antes de escrever procuro pensar e reflectir um pouco sobre o q escrevo, mas isso dá trabalho, consome tempo, queima neurónios... Mas há limites para certas gratuitidades que se dizem. Meditem nisso!(...)

E o pior que poderia suceder à blogosfera seria fazer uma greve, ou um "passeio" como hoje se diz..

rpm

P.S.: (...) E "olhar os outros de cima" não tem mal, desde que (há sempre um "but") - seja para puxar os outros que estão cá para baixo...

A ideia é ficarmos todos cá em cima e depois subir ao céu [pelo escadote da razão + common sense] -e encontrar Deus bebendo Martinis nas nuvens, ainda por cima com bar-aberto...Dizem!!

Bela música tem o Amok (no seu blog) - ao piano..Quem é?

Pensem nisto."

Queria em primeiro lugar repetir o que já disse lá em baixo: algumas críticas dirigidas ao Rui Matos são de facto infundadas. Tenho pena que o Rui Matos não tenha reparado (aparentemente) que alguns membros do GR tentaram também dizer algumas coisas em sua defesa, por exemplo a Cristina. Espero que seja apenas um esquecimento e não um problema de percepção ...
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olhar o mundo...

...como ele é e não como uma construção do real. Em nome da paz difunde-se muita guerra.
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Melhor blog individual masculino
Votações a 28 Nov

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quarta-feira, novembro 29, 2006

Melhor blog individual feminino
Votações a 28 Nov

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agora é a minha vez...

AVISO: Eu não vou cumprir as seis nomeações em cada uma das categorias. Não sou leitora compulsiva, vou-me mantendo fiel a uns quantos blogs – poucos! – dos quais vou seleccionar alguns – menos ainda! Há, no entanto, outros que vou espreitando ocasionalmente e que me agradam, mas, para falar deles com conhecimento de causa, tenho de cumprir uma espécie de período de incubação e manter uma certa frequência de visita... Esses – se lá chegarem! – ficam para a próxima edição =)

E os nomeados são (por ordem cronológica da minha primeira visita):

BLOG INDIVIDUAL FEMININO
- Errortográfico pela naturalidade das descrições (saudáveis!) de situações do dia-a-dia
- E as Fadas... também se enganam no caminho? pelas histórias dialogadas

BLOG INDIVIDUAL MASCULINO
- Blog do Pedro Côrte-Real pelas opiniões sustentadas convictamente e pelos grandes planos fotográficos quotidianos
- A Origem das Espécies pela abordagem concisa da actualidade, com um gostinho especial por... «o cantinho do hooligan» =)

BLOG COLECTIVO
- Fuga para a Vitória pela discussão política e cultural
- Sociedade Anónima pela exposição frívola e descontraída

BLOG TEMÁTICO
- A Cidade Surpreendente pela divulgação dos recantos tantas vezes esquecidos da minha cidade em excelentes captações fotográficas
- Sound + Vision pelo panorama abrangente da música e do cinema
- Foram-se os anéis pela sátira divertida em cartoons simples
- Conta Natura pela divulgação científica
- Dias com árvores pela descrição quase poética e explicação acessível das plantas à nossa volta

MELHOR BLOG
- Errortográfico
- A Cidade Surpreendente
- A Origem das Espécies
- Sound + Vision

MELHOR BLOGGER
- izzolda [Errortográfico]
- Francisco José Viegas [A Origem das Espécies]
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A não perder, 31 financiamentos próprios de origem desconhecida

Os posts do Estudo Casos sobre o 31 da armada, o blogue que anda a causar furor nas direitas.
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País cor-de-rosa


Aproveitando uma convalescença que me impede de sair de casa, vou espreitando o que se passa na nossa maravilhosa televisão. Um dos espectáculos mais interessantes é oferecido pela SIC e pela TVI depois das 12.30. Na SIC, três ou quatros figuras juntam-se numa amena cavaqueira para discutir o jet-set, o semi jet-set, ou o pseudo-jet-set. São elas uma ex-modelo, uma ex-apresentadora de televisão, um ex-speaker do Benfica, uma astróloga e um sujeito cheio de tiques, tiquinhos e tiquões, que parece padecer do defeito de se levar excessivamente a sério. Mas se as figuras são curiosas, não menos curioso é o que elas discutem: quem casou com quem, quem não casou com quem, se o casamento x foi feliz ou o casamento y foi infeliz, se os jornalistas são culpados disto ou não culpados daquilo, se as revistas têm culpas ou não têm culpas, se a determinada personagem o adjectivo leviano é apropriado ou não é apropriado, quem são os bons e os maus. Enfim, aquilo a que os brasileiros chamam fofoca, devidamente condimentada pelas revistas da semana, que deverão apreciar tanta publicidade E tudo isto num tom sério, seríisimo. A ponderação com que se discute a oportunidade de uma fulana de 50 anos andar a comer um sujeito de vinte é a mesma com que que se costuma discutir o orçamento de estado ou as leis da república. Por alguns comentários, dir-se-ia que o facto de saber quem dançou com quem em determinada festa é mais importante do que saber quem ganhou as eleições ou como vai a situação financeira. Assim vamos. Falta a TVI. Na TVI passa-se o mesmo, exceptuando este pormenor: as comentadoras são figuras de todo desconhecidas, em quem não se vislumbra uma razão para que lhes tenha sido dado tempo de antena. Assim vamos. Abençoados momentos cor-de-rosa.
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celui-ci n'est pas un pêcheur

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Desprezo do dia #11

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um jogo shakespereano

Então se "os participantes procuram dramatizar a sua própria existência" logo a existência não é imune ao drama, mas se se "exagerar o peso do [ ] intelecto", corremos sérios riscos de anorexia, apesar de, convenhamos, tal poder ser corrigido com alimento igualmente intelectual mas vegetariano, é que assim "racionaliza[mos] o [ ] mistério". Mas... e se o mistério da existência der para o torto? e se o intelecto ligeiramente obeso nos afligir? bem... aí é bem mais que provável que "narrar estórias únicas de vida que tornem cada blogger um ser especial nesta breve passagem pela vida" se transforme num jogo shakespereano.

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Uma casa em busca de novos horizontes

Resolveu mudar de inquilino.

Ora um edifício também se acomoda aos cheiros dos seus alicerces à metódica desarrumação temporal dos seus tectos desagradavelmente rectilíneos.

E deprime-se igualmente com todos os pormenores olfactivos a poente quando o norte perto do sul relembra um entediante soalho contínuo.

Uma casa ainda precisa de em si buscar novos horizontes.

E se o futuro grita por ali nunca percebeu nem perceberia o sedentíssimo sedentarismo de todas as suas amigas.

Nunca fora uma casa previdente é que sempre tivera sérios preconceitos contra a debilidade rudimentar do vidro.

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terça-feira, novembro 28, 2006

Flexi quê? Segurança de quem?

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Microcausa, pedido de ajuda

Raimundo todo poderoso que estás nas berças, quando acabarem as cheias, guarda as sacas de areia, para quando eu meter água aqui no GR poder proteger os nossos comparsas e os nossos leitores da inundação.

Ficar-te-ei eternamente grato.
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Leis da Blogosfera (adenda natalícia)

«Chega ao Natal e começa a troca de presentes na blogosfera na forma muito portuguesa do fishing for cumpliments . É um costume do "respeitinho" lá fora, é um costume do "respeitinho" cá dentro. Todos nomeiam na esperança de serem nomeados. Dá uma lei da blogosfera.»

JPP, Abrupto

Sempre atento este nosso JPP hein?
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Intelectualismo emergente

«Desconhecemos quem são os organizadores desta iniciativa, mas há uma regra d'ouro nestas coisas da organização de eventos: quem (pretende) organizar quer liderar, quer capitalizar, é natural e pertence à naturaza das coisas. (…) A coisa tem um regulamento (…) Todavia, aquilo que nos interessa avaliar, até porque provavelmente os melhores espaços de reflexão nem sequer irão concorrer - ou por desinteresse natural ou por mero desconhecimento da iniciativa, ou ainda por uma natural arrogância inerente à condição humana - são algumas linhas de pensamento que cremos estão a dinamizar a blogosfera em Portugal. (…) esse novel individualismo - com mais ou menos estilo, mais ou menos controvérsia, mais ou menos princípios e ética, e rigor, - já agora, não deixa de desafiar a ideologia dominante (à esquerda e à direita) - com a afirmação do seu objectivismo - por entre inúmeras provocações, mas também derivas ensaísticas e de jornalismo de ideias que acabam por "dar cartas" aos chamados jornalistas encartados da nossa praça - que por vezes se metem a falar do que desconhecem e depois são corrigidos de forma até algo humilhante. (…) Assim sendo, encaro este tipo de iniciativas como um misto de folclore barato e de algum motivo para realização pessoal (mais sério, em razão dos contributos de cada um, que são forçosamente desiguais) em que os participantes procuram dramatizar a sua própria existência, exagerar o peso do seu intelecto, racionalizar o seu mistério e narrar estórias únicas de vida que tornem cada blogger um ser especial nesta breve passagem pela vida. (...) E para não ser cínico, desde já deixo aqui lavrado o meu modesto contributo à iniciativa - que saúdo - dizendo que o nosso ideal de vida deverá ser o de conseguir harmonizar todo esse capital de conhecimento e integrá-lo na ética, na metafísica, na política, na filosofia, na economia e, naturalmente, no sexo - e no amor - que assegura a nossa própria sobrevivência - enquanto espécie. (...)»

Rui Matos, O novo individualismo blogosférico: o intelectualismo emergente, Macroscopio

Eu também [acho que] não conheço o Rui Matos, e continuando a falar na primeira pessoa [coisa por vezes algo complicada num blog colectivo], tenho de confessar que a ideia de capitalizar com “a coisa” não me passou totalmente ao lado – ou não fosse eu, um feroz adepto da iniciativa privada, e da criatividade. Mas como também creio no bom-gosto dos bloggers – e apesar de estarmos a eleger o melhor blogue/blogger em seis diferentes categorias –, o que me parece ser interessante relevar nesta iniciativa é a divulgação dos excelentes blogues [alguns ainda pouco conhecidos] que pululam na blogosfera lusa.

Talvez o que esteja a “assustar” algumas [poucas] pessoas nesta iniciativa rasca é, o facto [inédito] de ser aberta à participação de todos os bloggers [com alguns pequenos condicionalismos de ocasião], e com resultados totalmente transparentes.

Só me resta dizer que, pelos resultados obtidos até hoje [e ainda faltam quase duas semanas para serem divulgados os resultados finais], esta 1ª edição [p-r-i-m-e-i-r-a] já valeu a pena.

Quanto ao Rui, espero que ignore esse “nouvel individualismo [com mais ou menos estilo]”, que se deixe de simples [mas sempre bem-vindas] saudações, e que se junte aos bloggers que já votaram.

Aqueles que, à partida, já gostam de “dramatizar a sua própria existência”, e que não receiam participar numa espécie de “folclore barato”, podem ler o regulamento aqui, e depois, votar.
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A Caixa

Em relação ao anunciado e decidido encerramento da Caixa de Previdência dos Jornalistas andava há vários dias - porque também me toca - a ruminar sobre o assunto. A tentar ler os dois lados. Continuo a ruminar. Por um lado preocupa-me o facto de perder um sistema de previdência que, sejamos realistas, é bem melhor que o do SNS, e que acho que mereço, tal como a generalidade dos meus colegas de profissão quer se encontrem em Lisboa a receber 2000 euros por mês ou em Bragança a ganhar pouco mais que o salário mínimo. Por outro lado compreendo a necessidade de todos contribuirem para um bem comum e se sacrificarem por igual em prol do mesmo. Ainda continuo a ruminar. Ainda não sei em que fico ou em que vou ficar. Mas fico satisfeito por não ser o único.
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conflito de gerações


mãe ouvindo religiosamente Love dos Beatles, filho saltitando de mosaico em mosaico e ripostando:

- mãe, essa música estúpida 'tá-me a desconcentrar a condução do meu automóvel espacial.

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Desprezo do dia #10

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segunda-feira, novembro 27, 2006

e fez-se luz!

"É Natal, é Natal, la-la la-la la-a-a-a"

E, a um mês do Natal (na passada 6a feira), fez-se luz! Temos uns sinos vermelhos que badalam ao lado da Torre, uns presépios amarelos nos Clérigos, umas estrelas sobre fundo azul por 31 de Janeiro acima e umas estrelas amarelas por Mouzinho da Silveira e pela Rua das Flores abaixo. Quanto aos Aliados e Praças adjacentes, temos umas tiras luminosas amarelas penduradas nas árvores - sim, porque, são pequeninas e estão solitárias, mas há árvores nos Aliados! - aqui e ali com umas luzes brancas que piscam aleatoriamente.

Gosto das composições minimalistas, prefiro o estático e a monocromia - é Natal, não são os Santos Populares! - e queria deixar uma pequena achega aos artistas destas coisas: quando as iluminações estão muito próximas, o que dá um bonito efeito em ruas inclinadas, fica melhor usar sempre o mesmo motivo e sempre na mesma posição, caso contrário fica uma grande salgalhada e não se percebe nada - digo eu!

Esclarecida a apreciação técnica... Eu gosto de andar pela rua nesta altura. Por momentos, consigo ignorar as chatices do resto do dia e dou por mim a trautear "é Natal, é Natal, la-la la-la la-a-a-a..." E só não ando aos saltinhos a balançar o saco na mão... porque parece mal...
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Socialmente Excluídos

Acham-se vitimizados, guetizados, uns coitadinhos da sociedade, que os banaliza e condena à partida sem lhes dar qualquer hipótese de inserção.
Dizem-se desintegrados, socialmente excluídos e justificam as tensões sociais e raciais com isso mesmo.
"... se fazemos merda é porque não nos dão hipótese de fazermos mais nada do que isso. Temos que sobreviver, e se não nos deixam integrar, fazemo-nos à vida." E que tal procurar hipóteses em vez de se encostarem ao estatuto de coitadinhos de nós que ninguém nos aceita???
São eles os primeiros a querer marcar a diferença. "Nós e os Outros"...
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Intimidade

"Nem todos os dias encontramos alguém que queira o mesmo que nós..."

De Patrice Chéreau, com Mark Rylance e Kerry Fox, Uso de Ouro 2001.

Intenso, directo, verdadeiro, cruel.
A não perder.
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Blogosfera: os melhores de 2006

Conforme o prometido, temos vindo a anunciar, com regularidade, as actualizações dos resultados das votações em curso para os melhores blogues e bloggers de 2006. Porém, em cada uma das categorias, há outros blogues que, apesar de não se encontrarem [pelo menos de momento] no pelotão da frente, se destacam pela positiva – com bastantes nomeações pelos bloggers. Como a nossa iniciativa visa divulgar o que de melhor se faz na blogosfera lusa, deixamos de seguida a lista dos blogues e bloggers que em cada uma das categorias seguem no encalço do pelotão da frente.

Melhor blog individual feminino:
http://omundoperfeito.blogspot.com/
http://abrigodepastora.blogspot.com/
http://africadetodossonhos.blogspot.com/
http://eroticidades.blogspot.com/
http://liwl.net/
http://lote5-1dto.blogspot.com/
http://welcometoelsinor.blogspot.com/

Melhor blog individual masculino:
http://adufe.blogsome.com/
http://avatares-de-desejo.blogspot.com/
http://bloguitica.blogspot.com/
http://corpodormente.blogspot.com/
http://osdiasuteis.blogspot.com/
http://vozdodeserto.blogspot.com/
http://apenasmaisum.wordpress.com/
http://arrastao.weblog.com.pt/
http://blogda-se.blogspot.com/
http://murcon.blogspot.com/
http://oboato.blogspot.com/
http://olhar.wordpress.com/

Melhor blog colectivo:
http://5dias.net/
http://bichos-carpinteiros.blogspot.com/
http://bits.webhs.org/bitaites/
http://doismaisdoisigualacinco.blogspot.com/
http://gatofedorento.blogspot.com/
10º http://ante-et-post.weblog.com.pt/
10º http://chumo.blogspot.com/
10º http://oinsurgente.org/

Melhor blog temático:
http://africanidades.blogspot/
http://blogar.dehumanizer.com/
http://dueloaosol.blogspot.com/
http://fotoben.blogspot.com/
http://industrias-culturais.blogspot.com/
http://jumento.blogspot.com/

Melhor blog:
http://acausafoimodificada.blogspot.com
http://ma-schamba.blogspot.com/
http://tugir.blogspot.com

Melhor blogger:
Henrique Fialho
José Pacheco Pereira
Luís Carmelo
Nuno Markl
Rui Tavares
Tiago Barbosa Ribeiro

[regulamento aqui]
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por favor belisquem-me

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Agenda: Orgasmo mundial pela paz


Zena Holloway

Tomei conhecimento desta invulgar iniciativa da Global Orgasm, através do Expresso on-line. Como é uma causa nobre q.b., no próximo solstício de Inverno (22 Dezembro), a qualquer hora, vamos lá todos fazer uma forcinha e contribuir para a paz mundial. É que esta é uma daquelas iniciativas em que a participação dá imenso gozo. Já só faltam 24 dias...
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Melhores Insurgimentos

O blogue O Insurgente lançou uma campanha paralela à nossa querida Geração Rasca. O objectivo é eleger o melhor blogue de direita e o melhor de esquerda. Para já os blasfemos levam vantagem pela direita enquanto que pela esquerda é o Kontratempos que mais se destaca. Para conhecer os candidatos em que votar vá aqui. E vote.


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literatura

Um leitor do Jornal O SOL, edição de sábado, critica Saramago por, numa entrevista ao semanário, ter referido não gostar de Lobo Antunes. Segundo o leitor, não gostar não é argumento. Ou seja, perante a pergunta: o que pensa de Lobo Antunes? o leitor pretendia de Saramago uma explicação literária do género: não escreve bem!? Mas aí também um crítico literário poderia objectar, pois não escrever bem não é argumento, o mesmo disseram de Joyce e, como a história da literatura provou, Joyce estava era avançado no tempo, tal como Becket, por exemplo.
Há aqui uma espécie de conflito de interesses e um escritor, por muito que se esforce, dificilmente critica "imparcialmente" os seus pares, daí que eu prefira de longe um crítico literário não escritor.
A importância do que Saramago diz sobre Lobo Antunes ou sobre outro escritor qualquer, vivo ou morto, é, por isso, muito relativa. Tentar adivinhar os motivos pode ser um exercício simpático mas um extravasamento irrealista.
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Actualização das votações: 26 Nov







Votações actualizadas na barra [frame] direita do GR.

Regulamento aqui.
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domingo, novembro 26, 2006

Eu não sou de mexericos, mas...

... ouvi dizer que o Sr.Berlusconi desmaiou de emoção por altura de um qualquer discurso a jovens italianos...
Hum... aqui há gato...
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Bolonha em sessões de esclarecimento - parte IV

Dizia eu que a preparação com Bolonha vai ser melhor «sobretudo, por ser ao mesmo tempo mais abrangente e mais próxima das necessidades futuras de cada um». Vejamos então como é que vai funcionar a organização curricular (na FCUP)...

No primeiro ciclo o estudante tem de completar um determinado número de créditos, maioritariamente na área de base da sua licenciatura – designada de "major". Os créditos restantes abrangem uma formação complementar – designada de "minor" – e ainda uma pequena parcela de opções livres.

Assim, podem surgir combinações interessantes como uma licenciatura em Matemática com minor, por exemplo, em Física, em Computação, em Biologia ou em Astronomia – o que permite uma formação mais abrangente, abrindo novas possibilidades a quem quer entrar no mercado de trabalho ou uma orientação especializada mais concertada para quem quer prosseguir estudos. Uma inevitabilidade desta nova estruturação está relacionada com os aspirantes a professores em mais de uma área. Assim, o equivalente a uma licenciatura pré-Bolonha em Ensino de Fisica-Química ou Biologia-Geologia corresponderá à escolha de uma dessas áreas como major e a outra como minor.

Relativamente às opções livres, serão cadeiras escolhidas pelo estudante dentro da Universidade, não tendo de se restringir à oferta da sua Faculdade. Ainda há muita coisa por saber relativamente a condicionantes de escolha, mas podem ser um bom modo de diversificar conhecimentos. Pode ser interessante para alguém de Química ter uma cadeira de Farmácia, ou para alguém de Física ter uma cadeira de Engenharia. Mas poderá alguém de Matemática ter, por exemplo, uma cadeira de Letras, ou alguém de Computadores ter uma cadeira de Belas-Artes?...

Toda esta liberdade é excelente para quem sabe o que quer e aumentará / facilitará a mobilidade inter-disciplinar e mesmo inter-Faculdades na escolha de um segundo ciclo. Mas correremos o risco de, no meio de tanta escolha, o estudante concluir um curso tão diversificado que não lhe serve para nada?... «Haverá alguma orientação nas escolhas?» – pergunta-se. Mesmo que não haja oficialmente algum tipo de "consultório vocacional", os alunos podem – e devem! – sempre falar com os seus professores sobre potenciais opções a fazer. Aliás, a relação professor-aluno é outra coisa que vai (???) mudar com Bolonha, mas isso fica para outro dia...


parte I - Mestrado de Formação de Professores
parte II - reestruturação da formação por ciclos
parte III - mestrados integrados

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Argonauta da era pré-punk
Mário Cesariny [1923-2006]


“Ontem / às onze / fumaste / um cigarro / encontrei-te / sentado / ficámos para perder / todos os teus eléctricos / os meus / estavam perdidos / por natureza própria”

Mário Cesariny, de profundis amamus, Pena Capital, Assírio & Alvim , 1982
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Cesariny

Ao génio, à personalidade, à simplicidade, à sua eternidade!
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notas de domingo


- prémio pais.ligeiramente.obcecados: reportagem Vale das Bonecas, Expresso.

- prémio lição.de.vida: Cristina Gonçalves, 28 anos, paralisia cerebral, campeã paralímpica de Boccia. Esta reportagem deveria ser digerida em doses maciças por grande parte da população não deficiente que interiorizou a máxima simpática: consegue-se tudo na vida sem o mínimo de esforço ou dedicação, Expresso.

- prémio o.cata.milhões: José Veiga, O SOL.

- prémio o.extra.terrestre: Procurador "espacial"?, O SOL.

- prémio anda.pacheco: Marisa e Sara Tavares em Londres, A Naifa (curiosity killed the cat), Dulce Pontes (não aprecio o timbre, mas também não aprecio os preconceitos por ter começado a carreira na TV, só o simples facto de invocar a grande Hermínia Silva é digna de nota), Delfins (uma das primeiras bandas pop portuguesas, conseguirão algum dia extrapolar o preconceito: participantes de um festival da canção, quando já não era bem fazê-lo?), Cristina Branco e Xutos (os meus dinossáurios d'eleição: adoro-os!), Expresso e O SOL.

- prémio dê-me.três.minutos: Pedro Rolo Duarte (merece-o é uma das vozes mais sensuais da rádio e faz parte do meu imaginário com o se7e), já agora... gostaria de perguntar aos senhores da publicidade o porquê da exclusão do horário do programa. Sim, porquê? O SOL.

- prémio chapéu.vermelho: Mélinha e como aos oitenta e cinco anos ainda se consegue manter o espírito com alguma jovialidade. Não está linda? Com aquele cabelo imponente e aqueles lábios reluzentes? O SOL.

- prémio voz.elefante: Miguel Sousa Tavares, a sua crónica no Expresso é hilariante. Não concordo com o tom da crítica aos senhores das apuradas reflexões linguísticas, então: substantivo passar a nome comum, contável, animado e não humano, é uma forma criativa de desenvolver nos alunos associações do género: uma matilha dançando o samba em hora de ponta, Expresso.

- prémio sigla.pouco.obscura: ERC, Expresso.

- despedida da semana: Philippe Noiret. Cinema Paraíso continua a ser, para mim, um dos mais belos filmes de sempre, Expresso.

Tim Burton tem o condão de transformar Dark em Light. Imperdível a sua animação: A Noiva Cadáver, principalmente para quem desconhecer uma de tal designação esquiva: poesia cinematográfica.
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"desinteressados"

Depois de ler o último post da Vieira do Mar reforcei a minha convicção de que "elas" sabem sobre "nós" exactamente a mesma coisa que "nós" sabemos acerca "delas": muito pouco. A principal diferença, neste aspecto, é que elas conseguem dar a impressão - porque, penso, acreditam nisso - de saber um pouco mais.
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sábado, novembro 25, 2006

007


Afinal a brilhante interpretação não salva a honra de Casino Royale... Será possível, numa produção desta dimensão isto acontecer?
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O lado direito da força

Chegaram em força, e munidos com armamento de terceira geração. Apesar de não terem jeito nenhum para colar cartazes, asseguram-nos que vão ser assumidamente comprometidos. Prometem ainda, defender causas, os amigos [se lhes apetecer], e criticar sempre os adversários. Não têm a ambição de ser isentos, mas querem ser rigorosos e sérios. Contam nas suas fileiras com nomes como os de Paulo Pinto Mascarenhas, Rodrigo Moita Deus, e Tiago Geraldo [entre outros]. Está armado um 31...

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o discurso do costume


Já estamos cansados -- ou deveríamos estar -- do velho discurso de que no futebol a direcção está lá por amor ao clube. José Veiga deverá ter sido mais uma dessas madres Teresas de Calcutá ao longo de uma carreira no futebol. Certamente não terá ganho nada com as transferências de jogadores nem como director de futebol do Benfica (Benfica porque isso do SLB é mariquice). Esta notícia não tem fundamento, pelo menos não me parece ter. É daquelas coisas, quem nunca se safa é mesmo o zé povinho.
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Retratos do lazer

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Grandes Títulos (TM)

«O Homem com 80 mulheres».
(Documentário da série "Toda a Verdade" que passa hoje na SIC-Notícias)
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No centenário de Rómulo de Carvalho (António Gedeão)

Tudo é foi

Fecho os olhos por instantes.
Abro os olhos novamente.
Neste abrir e fechar de olhos
Já todo o mundo é diferente.

Já outro ar me rodeia;
Outros lábios o respiram;
Outros aléns se tingiram
De outro Sol que os incendeia.

Outras árvores se floriram;
Outro vento as despenteia;
Outras ondas invadiram
Outtros recantos de areia.

Momento, tempo esgotado,
Fluidez sem transparência.
Presença, espectro de ausência,
Cadáver desenterrado.

Combustão perene e fria.
Corpo que a arder arrefece.
Incandescendência sombria.
Tudo é foi. Nada acontece.


António Gedeão, Poemas Escolhidos
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Nota auto-biográfica de Fernando Pessoa (1935)

Nome completo: Fernando António Nogueira Pessoa.

Idade e naturalidade: Nasceu em Lisboa, freguesia dos Mártires, no prédio n.º 4 do Largo de S. Carlos (hoje do Directório) em 13 de Junho de 1888.

Filiação: Filho legítimo de Joaquim de Seabra Pessoa e de D. Maria Madalena Pinheiro Nogueira. Neto paterno do general Joaquim António de Araújo Pessoa, combatente das campanhas liberais, e de D. Dionísia Seabra; neto materno do conselheiro Luís António Nogueira, jurisconsulto e que foi Director-Geral do Ministério do Reino, e de D. Madalena Xavier Pinheiro.
Ascendência geral: misto de fidalgos e judeus.

Estado: Solteiro.

Profissão: A designação mais própria será «tradutor», a mais exacta a de «correspondente estrangeiro em casas comerciais». O ser poeta e escritor não constitui profissão, mas vocação.
Morada: Rua Coelho da Rocha, 16, 1º. Dto. Lisboa. ( Endereço postal - Caixa Postal 147, Lisboa ).
Funções sociais que tem desempenhado: Se por isso se entende cargos públicos, ou funções de destaque, nenhumas.

Obras que tem publicado: A obra está essencialmente dispersa, por enquanto, por várias revistas e publicações ocasionais. O que, de livros ou folhetos, considera como válido, é o seguinte: «35 Sonnets» (em inglês), 1918; «English Poems I-II» e «English Poems III» (em inglês também), 1922, e o livro «Mensagem», 1934, premiado pelo Secretariado de Propaganda Nacional, na categoria «Poema». O folheto «O Interregno», publicado em 1928, e constituído por uma defesa da Ditadura Militar em Portugal, deve ser considerado como não existente. Há que rever tudo isso e talvez que repudiar muito.

Educação: Em virtude de, falecido seu pai em 1893, sua mãe ter casado, em 1895, em segundas núpcias, com o Comandante João Miguel Rosa, Cônsul de Portugal em Durban, Natal, foi ali educado. Ganhou o prémio Rainha Vitória de estilo inglês na Universidade do Cabo da Boa Esperança em 1903, no exame de admissão, aos 15 anos.

Ideologia Política: Considera que o sistema monárquico seria o mais próprio para uma nação organicamente imperial como é Portugal. Considera, ao mesmo tempo, a Monarquia completamente inviável em Portugal. Por isso, a haver um plebiscito entre regimes, votaria, embora com pena, pela República. Conservador do estilo inglês, isto é, liberdade dentro do conservantismo, e absolutamente anti-reaccionário.

Posição religiosa: Cristão gnóstico e portanto inteiramente oposto a todas as Igrejas organizadas, e sobretudo à Igreja de Roma. Fiel, por motivos que mais adiante estão implícitos, à Tradição Secreta do Cristianismo, que tem íntimas relações com a Tradição Secreta em Israel (a Santa Kabbalah) e com a essência oculta da Maçonaria.

Posição iniciática: Iniciado, por comunicação directa de Mestre a Discípulo, nos três graus menores da (aparentemente extinta) Ordem Templária de Portugal.

Posição patriótica: Partidário de um nacionalismo místico, de onde seja abolida toda a infiltração católico-romana, criando-se, se possível for, um sebastianismo novo, que a substitua espiritualmente, se é que no catolicismo português houve alguma vez espiritualidade. Nacionalista que se guia por este lema: «Tudo pela Humanidade; nada contra a Nação».

Posição social: Anticomunista e anti-socialista. O mais deduz-se do que vai dito acima.

Resumo de estas últimas considerações: Ter sempre na memória o mártir Jacques de Molay, Grão-Mestre dos Templários, e combater, sempre e em toda a parte, os seus três assassinos - a Ignorância, o Fanatismo e a Tirania

Lisboa, 30 de Março de 1935

Fernando Pessoa, Escritos Autobiográficos, Automáticos e de Reflexão Pessoal, Assírio & Alvim, 2003

Ilustração: Jesús Fernández Jiménez, «Aleister Crowley y Fernando Pessoa»
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Mãe, quando for grande quero ser como o senhor Veiga!

















No seu estilo peculiar, Veiga ameaçou com um julgamento na praça pública. Espero que, agora, consiga desfrutar das luzes da ribalta.
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ai que saudades da Ana Sousa Dias...

Esta semana o "Grande Entrevistado" de Judite de Sousa foi Rui Veloso...

Reconheceu que não tem formação musical condigna. Que não se imaginava, nem ambicionava há 25 anos a viver da música. Que descobriu que sabia compor um bocado por acaso. Que o primeiro concerto foi muito mau. Que foi para Lisboa porque teve de ser. Que o nome do segundo álbum foi alterado pela editora, pois “os vês pelos bês” poderia – estupidamente – ser ofensivo para as gentes do sul. Que faz a música sobre as letras, o que o deixa dependente de quem escreve, nomeadamente do Carlos Tê. Que trabalha bem em conjunto com Tê, sofrendo ambos de uma influência cultural inglesa, ao contrário da geração anterior muito mais sob influência francesa. Que nunca havia ido a Porto Côvo antes do texto de Tê. Que o "Porto Sentido" é uma letra belíssima. Que o “Rio Grande” foi um projecto que lhe deu imenso prazer e é dos poucos cd’s que gravou que vai gostando de ouvir.

Mas eu fui ouvindo tudo isto controlando um desejo quase visceral de pregar dois estalos à Judite durante toda a entrevista!!!... E o pior é que nem sei bem explicar porquê! Mas as interrupções, a forma de perguntar como de quem quer mostrar que já sabe a resposta... Ai que saudades que tive da Ana Sousa Dias... Judite, filha, fica-te pelos entrevistados políticos, deixa os artistas para quem sabe!
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mãe, quando for grande quero ser construtor civil!

o mundo da construção civil é bastante característico.

parece normal a existência de uma ligeira desconexão entre a aparência e a qualidade, em toda a cadeia produtiva que alimenta este Golias pouco ganancioso.

aparentemente quando um chão de madeira, por exemplo, apresenta um aspecto inaceitável e o dono da obra refere o facto, reconhecemos o quanto foi bem digerido o brio profissional inerente à profissão.

neste caso peculiar, um chão pobre, miserável, a pedinchar na esquina mais mal frequentada da cidade, tem explicações tão plausíveis, como:

- não fui eu que escolhi o chão - diz muito seriamente o construtor civil

- não fui eu que escolhi o método de tratamento - anui mais seriamente o taqueiro

- este tratamento não é adequado a este tipo de madeira e isso não nos foi referido quando vendemos o produto - returque ainda e muito mais seriamente o vendedor do tratamento.

agora é só esperar a vinda de outros intervenientes, estilo a empresa que vendeu a madeira, dirá o senhor qualquer coisa criativa, do género:

- esta madeira é bastante eficaz mas apenas para revestir o chão de uma estação espacial.
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Genial

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Obrigado André

...e agradeço ao André porque suponho que tenha sido o André a colocar o videopost dos D.A.D. ali ao lado. É que depois de uma semi-noite de farra (e acrescento o "semi-" porque ao fim de duas horas de martelada, ou seja lá que substantivo qualificativo depreciativo chamem agora ao tecno-house-trance-de-qualidade-duvidosa na discoteca, não aguentei e voltei para casa) nada melhor que reencontrar um tema e uma banda do tempo dos afectos da adolescência que, na altura, seriam para toda a vida - porque quando somos adolescentes, a vida, já se sabe, termina, ou poderá, com toda a probabilidade , terminar, amanhã. Obrigado, mais uma vez, suponho, André.
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sexta-feira, novembro 24, 2006

Amores

«Eu considero dous amores entre a gente. O primeiro é aquele comum afecto com que, sem mais causa que sua própria violência, nos movemos a amar, não sabendo o que nem o porque amamos. O segundo é aquele com que prosseguimos em amar o que tratamos e conhecemos. O primeiro acaba na posse do que se desejou, o segundo começa nela, mas de tal sorte que nem sempre o primeiro engendra o segundo, nem sempre o segundo procede do primeiro. Donde infiro que o amor que se produz do trato, familiaridade e fé dos casados, para ser seguro e excelente, em nada depende do outro amor que se produziu do desejo do apetite e desordem dos que se amaram antes desconcertadamente, a que, não sem erro, chamamos amores, que a muitos mais atrapalharam que aproveitaram. (...)
Desejo que da formosura se use como da nobreza: folgue cada um de a ter, mas não que a mostre. (...) O marido que vir sua mulher inclinar a esta vanglória viva por ela mesmo avisado e saiba que tem perigosa mercadoria, sendo esta das mulheres ao revés que as outras, pois, quanto mais cobiçada é, menos é para cobiçar. E por esta razão não faltou já quem duvidasse se a formosura se dava por prémio se por castigo.»


D. Francisco Manuel de Melo, Carta de Guia de Casados.
D. Francisco Manuel nasceu a 23/11/1608.
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Respondendo a Conversas de Café:

1. Sabendo que a blogosfera é uma janela para a vida cibernética, como vê o fenómeno «blogue»?
O fenómeno blogue é algo natural, que como todas as novidades tecnológicas está a ter um sucesso incontornável e que se apresenta como um espaço vazio de qualquer tipo de censura, onde podemos ser quem quisermos e a nossa liberdadede expressão pode ser levada a qualquer extremo. É um espaço criador de um "regime de castas", onde nem sempre a antiguidade é posto, mas a qualidade, ousadia, destreza mental e senso crítico e humuristico garantem a entrada para uma familia virtual que efectivamente acaba por conferir status e importância ao blog e ao blogger.

2. Quando acede à blogosfera que tipo de blogues procura?Inteligentes, actuais, com visões críticas e irónicas da sociedade e do mundo em que vivemos.

3. O que o levou a criar um blogue?
Francamente, a excitação de uma amiga que recentemente o havia criado e a curiosidade que tal me despertou.

4. Que balanço faz da sua estadia na blogosfera e da blogosfera actual?
A minha estadia na blogosfera é (e sempre foi) subtil, o objectivo é projectar ideias e estados de espirito, não impô-las. A Blogosfera actual, está na moda, mas só o que realmente interessa permanece.

5. Acha que os blogues podem substituir a imprensa online?
Não. De maneira alguma. Os blogs são pessoais, logo transmitem opiniões, se assim fosse que seria da isenção noticiosa?

6. Em que medida os blogues influenciam ou influenciaram a sua vida e/ou actividade profissional?
Apenas na medida da necessidade de escrever com assiduidade, de desenvolver cada vez mais a minha consciência crítica...

7. O que faz um bom blogue?
A inteligência, a actualidade, a ironia e a consciência crítica
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Realmente...

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Maioria Silenciosa

As greves sucedem-se, os protestos sucedem-se, os insultos sucedem-se, as acusações de arrogância e manipulação dos media multiplicam-se... e a popularidade do governo aumenta. Não há dúvida: o PS de José Sócrates está cada vez mais parecido com o PSD de Cavaco Silva.
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Imprensa de Hoje

Três notícias interessantes com o condimento de terem sido escritas por três amigos meus. Hoje no Diário de Notícias.

Filmes Pornográficos combatem extinção de Pandas

Mau Tempo Deixa o País em Alerta Laranja

Pereira Costa Pede Falência

É lobby eu sei, mas e depois?
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Desprezo do dia #9

Eu quero acreditar que, neste caso, a estupidez é uma conveniência e não uma fatalidade.
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Sonhos de Natal*


António Mota escreveu a história e Júlio Vanzeler ilustrou-a e é uma das obras recomendadas pelo Plano Nacional de Leitura.

A história de Sonhos de Natal passa-se em Pedra de Hera.

Os sonhos de uma criança, a ausência do pai e a vida numa aldeia, são o fio condutor da narrativa.

Desconfio que António Mota nunca viveu numa aldeia portuguesa, pois é gritante, por vezes, a falta de verosimilhança de alguns pormenores, mas o pior, quanto a mim, é o fundo moralista, pretensamente poético.

E nunca mais acaba!, dizem os pequenos.

Contudo, este livro é um tesouro!

Júlio Vanzeler ilustra a obra de uma forma notável.

Os olhos do rapaz saltam pelas folhas e contam uma história muito superior às palavras impressas no livro.

É lastimável o facto da criança de Júlio Vanzeler ser bastante superior à de António Mota, é que em vez de sessenta páginas teremos apenas de ler oito, as páginas referentes às ilustrações daquela criança singular.

Uma tragédia ecológica diriam os ambientalistas.

* editora Gailivro

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Melhores Blogues 2006: As escolhas do Raimundo

Melhor Blogue Feminino:
Rititi
Bomba Inteligente
Welcome to Elsinore
Controversa Maresia (ou só Maresia, eu sei lá...)
Blogzira (ACC* Vitriolica)
Miss Pearls

Melhor Blogue Masculino
A Origem das Espécies
A Causa Foi Modificada
O Anarca Constipado
Estado Civil
Blog do João Henrique
Há Vida em Markl

Melhor Blogue Colectivo
Sociedade Anónima
Blog dos Marretas
Gato Fedorento
Blasfémias
Homem Sexual
O Amigo do Povo

Melhor Blogue Temático
A Source of Inspiration (Design)
E Deus Criou a Mulher (Fotografia... sim, sim... pois, pois...)
Mania dos Quadradinhos (Banda Desenhada)
Máfia da Cova (Actualidade da Cova da Beira)
Foram-se os Aneis (Cartoon)
Xonox (Ilustração/Desenho)

Melhor Blogue
A Origem das Espécies
Blog dos Marretas
Rititi
Sociedade Anónima
Gato Fedorento
Foram-se os Anéis

Melhor Blogger
Francisco José Viegas (A Origem das Espécies)
Maradona (A Causa foi Modificada)
Rititi (Rititi)
Animal (Blog dos Marretas)
Nuno Markl (Há vida em Markl)
Carla Hilário Quevedo (Bomba Inteligente)

*ACC - Antes Conhecido Como...
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quinta-feira, novembro 23, 2006

Surrealismos





















Erwin Olaf

Luísa Mesquita está «magoada» com a intenção do partido comunista a querer substituir no Parlamento, e promete manter-se na Assembleia da República, por... respeito em quem votou nela. A camarada Luísa Mesquita até que tem bastante graça. :)

Porém, ainda mais engraçado é, o partido comunista ter de socorrer-se daquela ancestral prática empresarial [capitalista], que consiste em exercer o máximo de pressão sobre aqueles funcionários que já não interessam à organização, mas que não a pretendem abandonar por nada deste mundo. As voltas que o mundo dá…
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Bolonha em sessões de esclarecimento - parte III

Pegando ainda na história dos dois ciclos, que se esperam (na FCUP) que sejam completados, isso obriga, no entanto, a dois momentos de candidatura, o que pode condicionar o acesso... Há algumas excepções (na FCUP, apenas três), designadas de mestrados integrados, que dão diploma de licenciado ao fim de três anos, mas permitem, a quem o queira, prosseguir automaticamente para o segundo ciclo. «Porque não há, então, mais mestrados integrados?» – pergunta-se. Porque têm sido chumbados inúmeros projectos, nomeadamente no IST onde alguns deles até eram da responsabilidade de antigos elementos do Ministério, portanto concentraram-se esforços apenas em alguns.

As excepções (da FCUP) sobressaem nas áreas da Arquitectura e Engenharia, onde para serem reconhecidos profissionalmente são requeridos pelo menos cinco anos de estudo – alguém comenta «é o lobby dos arquitectos e dos engenheiros». [Será?...] E pergunta um aluno de Engenharia Física, «então concluindo apenas a licenciatura eu não posso trabalhar?» Mais uma resposta sincera da Mesa: «trabalhar, pode... não pode é assinar os projectos». Gargalhada generalizada da plateia...

parte I - Mestrado de Formação de Professores
parte II - reestruturação da formação por ciclos
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Atira-te ao mar e diz que te empurraram!

Neste caso ao rio e por 10€... Tinha 16 anos e apostou com os amigos como era corajoso o suficiente pra se atirar da ponte S. Luís para o Rio Douro... E desapareceu... Pois é... e agora?
As culpas atribuem-se a quem? Aos amigos que o desafiaram ou ao próprio que não teve noção do perigo?
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Barbaridades

ANEDOTA BÚLGARA

Era uma vez um czar naturalista
que caçava homens.
Quando lhe disseram que também se caçam borboletas e andorinhas,
ficou muito espantado
e achou uma barbaridade.

Carlos Drummond de Andrade
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emoções

jacinta esteve ontem em Coimbra, no Teatro Académico de Gil Vicente, com a sua day dream tour.

confesso-vos que não é fácil eu gostar da voz da cantora de jazz portuguesa.

a sua tonalidade faz-me lembrar sarah vaugham, e eu sou muito mais Ella Fitzgerald, uma espécie de deusa, perdoem-me muito liberalmente os católicos.

o espectáculo, para além de recriar muitos dos temas do seu último cd, possui algumas pérolas, por exemplo a versão extraordinária, para mim o momento da noite, de "baby won't you please come home", betti smith.

chega de saudade é uma batalha a ser ganha no futuro, é um jobim de antologia e repleto de versões, principalmente joão gilberto, o magnânimo .

ele há no mundo voz que se compare à de joão?

voltando à jacinta, e excluindo os meus preconceitos quanto à tonalidade da voz, chamar-se-á "soprano"?, o balanço do espectáculo é extraordinariamente positivo, apesar de sentirmos que algumas músicas precisam de abundante rodagem.

contrariamente ao que diz a crítica eu gosto bastante das letras portuguesas das músicas de Duke Ellington.

e "Estrela de Alva" em versão jazzística é uma surpresa positiva.

mas uma assombração que eu ouso partilhar consigo, digníssimo leitor, porque associarei eu ao jazz um ambiente de café concerto, um pianista completamente out and in, uma cantora grande, de todas as formas, e um contra-baixo frenético de cigarro pendurado nos lábios, enquanto as nuvens de fumo coroam os músicos, uma espécie de deslumbramento visual?

p.s. quem se lembrou de colocar aqui ao lado o "all you need" dos Beatles é uma excelente alma e cheia de bom gosto musical.
e como o Jagger era lindo!
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Avaliação de Professores

Existe uma certeza: os professores, como todos os outros profissionais, devem ser avaliados. Porém, há uma série de equívocos em toda esta história. Partindo de um pressuposto primário - avaliar significa fazer um juízo - como pode um pai ajuizar com isenção quando constitui uma parte interessada?
Depois, o outro equívoco: avaliar com objectividade. Um exemplo simples de como esta teoria é falível: um professor passa todos os alunos com dezoito. Nas provas nacionais têm a mesma nota. Outro aprova outra turma com doze, e nas provas nacionais também tiram doze. O primeiro professor é melhor que o segundo? E se os alunos de dezoito tivessem sido sempre alunos de dezoito e os da segunda turma sempre foram alunos de dez, mas nesse ano, fruto do ensino do professor, tivessem subido a nota em dois valores?
Finalmente, quem deve avaliar os professores? Como já ficou demonstrado em cima, não penso que os pais constituam bons avaliadores. Quer por serem parte interessada, quer por muitos portugueses não terem a formação necessária para o fazer. Também não penso que o ministério seja boa solução: quanto melhor forem as notas e o aproveitamento, melhores as estatísticas da UE, OCDE, etc, sobre o ensino português. Logo, melhor propaganda para o Governo (seja ele qual for). Por outro lado, os sindicatos atribuem nota vinte em piloto automático a todos os seus associados, excepto àqueles com uma cor política diferente da sua. Uma última hipótese: os professores avaliarem-se a eles mesmos. Mas lá voltaríamos nós ao velho, mas correctíssimo, pressuposto de que ninguém é bom juiz em causa própria.
Não tenho soluções. Mesmo que as tivesse, sei que existe gente muito mais abalizada para as encontrar. Apenas sei que avaliar professores pelos pais, os mesmos pais que cada vez mais utilizam a escola como depósito dos filhos, é um dos princípios do fim da escola que ensina alunos e forma cidadãos.
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Actualização das votações: 22 Nov







Votações actualizadas na barra [frame] direita do GR.

Regulamento aqui.
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quarta-feira, novembro 22, 2006

Um caso de censura pública?

Entre programas da TVI surge um especial de notícias para dar conta que afinal uma tranche da transferência do João Pinto ainda está nas mãos do Sporting... Subitamente entra um anúncio e a notícia não foi dada até ao fim...
Censura ou falha técnica?
O que é certo é que não retomaram o assunto...
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Espelho, espelho meu...

É efectivamente difícil viver numa sociedade em que tudo e todos nos querem magros, altos, esbeltos, bem vestidos, bem parecidos...
Consciente ou inconscientemente é inevitável...
A imagem que temos dos outros, a imagem que temos para os outros, digam o que disserem é fundamental para estabelecer relações e laços sociais.
O crédito que damos e que passamos aos outros tem por base inicial a aparência e só depois (salvo algumas -que não são tão raras quanto isso- excepções) o valor intrinseco...
Começamos por valer pelo que parecemos e só depois pelo que somos.
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Mais um sinal da Volatilidade Social

Ontem eram Bestas, hoje são Bestiais.
É isto o futebol (pelo menos o Português)...
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Homem ao volante perigo constante


Segunda esta notícia os homens são maiores potenciais causadores de acidentes de viação, uma vez que apresentam uma mais significativa aversão aos limites de velocidade e aos radares. A verdade é que os homens têm uma certa mania de que as estradas são pistas de F1 e que a velocidade tem o condão de os tornar mais atraentes para o sexo oposto.

As senhoras, embora tendo a pretensão de que têm sempre prioridade - cavalheirismo forçado - apresentam-se mais respeitadoras do código da estrada. "Mulher ao volante, perigo constante"? Os tempos mudam.
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Carta Aberta à Ministra da Educação


Depois de ver na televisão manifestações de alunos pautadas pela cordialidade, pelo bom senso, pela boa educação e por intervenções em português correctíssimo, decidi, modestamente, deixar algumas propostas ao Ministério da Educação, de modo a satisfazer as razoabilíssimas expectativas dos nossos brilhantes alunos do básico e do secundário:

- Reduzir o tempo de aulas para 25 minutos;
- Acabar com todo e qualquer exame final;
- Reduzir o numero de fichas de avaliação para uma por cada disciplina em cada período;
- Aumentar a paragem lectiva do Natal e Páscoa;
- Equipar as escolas com Playstations e Revistas Playboy;
- Acabar com o regime de faltas;
- Deixar aos alunos a escolha total dos programas curriculares.

Estou em crer, Senhora Ministra, que, ouvindo estas modestas recomendações, principiará a satisfazer as justíssimas reivindicações e aspirações dos brilhantes alunos das nossas escolas básicas e secundárias.
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Eu inadaptado social me confesso

Continuo a não me adaptar à ideia de onde quer que vá dar com links para o GR.
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all you need is love

infelizmente não sou partidária de lennon ou maccartney, individualmente, gosto bastante é da banda no seu conjunto.

dá-me uma vontade de rir imparável quando leio crónicas bastante crentes quanto à qualidade de lennon a solo e à menoridade de maccartney.

a solo nem um nem outro enriqueceram a música popular.

é certo que lennon é ideologicamente bastante mais simpático.

contudo foi a junção daquelas quatro pessoas que enriqueceu a história popular e de tal forma que ainda hoje andam grupos pop sem compreender o óbvio: aquilo já foi tocado e melhor!

nem todos podemos ser geniais, para além da humanidade não comportar tanta genialidade junta, teríamos ainda de nos precaver contra a dose maciça de imbecilidade de alguns génios, um aborrecimento.

george martin e o seu rebento lançaram uma espécie de best of dos "fab four", denominado LOVE.

como eu gosto imenso de best ofs bem organizados, poupam-nos a audição de genialidades menores, aí vou eu a correr à FNAC do Forum (antes perecer claustrofóbica).

pergunta o digníssimo leitor, e com toda a pertinência, então e num computador perto de si?

ele há obras que precisamos de tocar, uma espécie de ritual litúrgico: folhear a capa, cantarolar as letras, sentir o original e bailaricar por toda a casa.

manias virtuosas!
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terça-feira, novembro 21, 2006

...continuando...

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Bolonha em sessões de esclarecimento - parte II

Genericamente, a medida mais visível de Bolonha é a reestruturação da formação por ciclos: 1º ciclo de três anos (licenciatura) e 2º ciclo de dois anos (mestrado) [na FCUP]. Perguntam os alunos se a preparação de um licenciado pós-Bolonha será a mesma de um licenciado pré-Bolonha. E, de modo bastante sincero, a Mesa responde, obviamente, que não! Nunca poderia sê-lo! Acrescenta o presidente do Conselho Directivo que a formação dada aqui [FCUP] é feita esperando que se completem os cinco anos. E aí sim, concluídos os dois ciclos por Bolonha, a preparação será bastante melhor. E este melhor começa, sobretudo, por ser ao mesmo tempo mais abrangente e mais próxima das necessidades futuras de cada um... [mas isto do conteúdo acho que fica para uma outra parte].

Questiona-se sobre os alunos da fase de transição que podem optar entre concluir uma licenciatura pré-Bolonha ou pedir equivalências a uma licenciatura pós-Bolonha e concluir um mestrado... As opiniões divergem... Por um lado, têm o curso que escolheram quase terminado e não é por fazerem umas cadeiras pós-Bolonha que vão sair melhor preparados, para além de estarem dependentes de um plano de equivalências. Por outro, alguém salienta que daqui a uns anos já ninguém se lembra que houve um pré e pós-Bolonha, ninguém vai verificar que tipo de licenciatura se tem e um licenciado será "apenas" um licenciado, independentemente de ter estudado três ou cinco anos...

Ignorando as vozes que dizem que esta história dos ciclos é apenas uma mudança de nomes, há que vê-la como um acompanhamento da evolução do conhecimento: dizia alguém que três anos de estudos superiores agora não são três anos de estudos superiores de outros tempos...

E, procurando o lado positivo da coisa, a ideia dos ciclos não é má. Tem por base a consciência de dois aspectos: por um lado, para muitas profissões não são necessários os quatro ou cinco anos de estudos que havia até agora e, por outro, quem quer prosseguir estudos pode preparar a sua especialização mais cedo. É uma questão de combater o sub-aproveitamento dos estudos, quer porque não se precisa, quer porque não se adequa.

[continua]

parte I - Mestrado de Formação de Professores
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Pedro Arroja e a IVG

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Os ministros da Cultura dos países do Mercosul inauguram hoje, com uma reunião no Rio de Janeiro, uma série de encontros sobre políticas culturais entre representantes governamentais e da sociedade civil latino-americana. Gilberto Gil, Ministro da Cultura do Brasil, centrará todas as atenções.

As políticas culturais apresentam-se como temáticas transversais aos governos ocidentais e, em boa medida, aos governos mundiais. A necessidade de conhecimento da sua história, defesa e preservação de elementos culturais que lhes são próprios, são desafios que estão na agenda governativa.

O estudo, inventariação e preservação do acervo cultural que define a identidade cultural de um povo não é, nem pode ser, uma escolha ideológica. Nem de direita nem de esquerda, a cultura é um dever de todos.

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Conteúdo e género

Ciclicamente Cavaco dá azo a reflexões extravagantemente filosóficas.

A elite detesta Cavaco.

Já uma percentagem elevada de povinho (não a utopia de povo) adora Cavaco.

Porquê a dicotomia?

Para uma certa elite (os apóstolos de Mário Soares, por exemplo) há uma crença estruturalmente fundada: o poder pertence só aos pares, uma espécie de monarquia cultural.

Para o povinho Cavaco simboliza o rigor, a austeridade, a competência.

Há uma certa elite que vê as entrevistas de Cavaco e insiste no ré: a falta de uma ideia dissonante, original, que se imponha, falta de teatralidade, enfim falta de calor humano; esta certa elite faz de conta que não percebe o óbvio: Cavaco não está no poder para nos oferecer doutoramentos virtuais, Cavaco está no poder porque acredita que Portugal pode chegar a um determinado patamar.

Essa elite satisfaz o intelecto nos salões faustosos da umbiguidade e tece teses brilhantes sobre a ineficácia de Portugal; justiça lhe seja feita as conclusões são vulgarmente cintilantes.

A diferença entre Cavaco e uma certa elite é dramática, pois a opulência do conteúdo invalida o género.
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