Carta Aberta à Ministra da Educação
Depois de ver na televisão manifestações de alunos pautadas pela cordialidade, pelo bom senso, pela boa educação e por intervenções em português correctíssimo, decidi, modestamente, deixar algumas propostas ao Ministério da Educação, de modo a satisfazer as razoabilíssimas expectativas dos nossos brilhantes alunos do básico e do secundário:
- Reduzir o tempo de aulas para 25 minutos;
- Acabar com todo e qualquer exame final;
- Reduzir o numero de fichas de avaliação para uma por cada disciplina em cada período;
- Aumentar a paragem lectiva do Natal e Páscoa;
- Equipar as escolas com Playstations e Revistas Playboy;
- Acabar com o regime de faltas;
- Deixar aos alunos a escolha total dos programas curriculares.
Estou em crer, Senhora Ministra, que, ouvindo estas modestas recomendações, principiará a satisfazer as justíssimas reivindicações e aspirações dos brilhantes alunos das nossas escolas básicas e secundárias.
5 Comments:
uns varões de inox no meio das salas também podiam dar jeito... hehe
" Todos aqueles que agora gritam "Aqui Del-Rei" sobre a Educação actual, foram os que tiveram passagens administrativas no 25 de Abril, passaram directamente do 7º ano (11º actual) para a faculdade, sem fazerem qualquer tipo de exames e a licenciatura foi um estantinho, sem nunca serem avaliados; e não nos podemos esquecer dos muitos retornados que chegaram a Lisboa a dizer que tinham feito o exame do 7º ano, sem qualquer tipo de comprovativo; foram aqueles que passaram o Ano Propedêutico chumbados a todas as disciplinas excepto às nucleares, porque o Ministério alterou as regras após os resultados dos exames; foram aqueles que fizeram os exames do 2º Ano do Curso Complementar (11º ano), o que toda a gente sabia dois dias antes , e o que o veio substituir depois, acabando por se fazer a média dos dois resultados (quem levou feito o primeiro apanhou 20 valores e só foi preciso assinar o segundo para passar e ir para a faculdade). O problema do Ensino são os intelectualóides de meia tigela que acham que até ao nono ano se devem considerar todos os alunos como futuros engenheiros e matemáticos; são os intelectualóides que acham que os alunos têm de gramar com bêbado do Camões, o xungoso do Pessoa e o escabroso do Saramago." – Dra. Quitéria Barbuda in "A Verdadeira Geração rasca", revista "Espírito", nº 16, 2005.
www.riapa.pt.to
Dra Quitéria,
Quanto à "verdadeira geração rasca" parece-me que apanhou o comboio um tanto ou quanto tardiamente, acontece quando se acorda tarde; quanto ao resto são pequenas minudências que nem sequer têm mta representatividade. O q o Filipe diz tem toda a pertinência e depois está instalado na sociedade um facilitismo tão pouco realista... às vezes custa-me a acreditar que tais alminhas tenham cérebro, quanto mais inteligência.
Isto dito por quem defendeu mais acima a avaliação anónima dos professores dos ensinos básico e secundário pelos seus alunos...
evva
Nancy:
Com a D. Quitéria não vale mesmo a pena perder tempo. Eu pura e simplesmente não leio.
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