domingo, novembro 26, 2006

notas de domingo


- prémio pais.ligeiramente.obcecados: reportagem Vale das Bonecas, Expresso.

- prémio lição.de.vida: Cristina Gonçalves, 28 anos, paralisia cerebral, campeã paralímpica de Boccia. Esta reportagem deveria ser digerida em doses maciças por grande parte da população não deficiente que interiorizou a máxima simpática: consegue-se tudo na vida sem o mínimo de esforço ou dedicação, Expresso.

- prémio o.cata.milhões: José Veiga, O SOL.

- prémio o.extra.terrestre: Procurador "espacial"?, O SOL.

- prémio anda.pacheco: Marisa e Sara Tavares em Londres, A Naifa (curiosity killed the cat), Dulce Pontes (não aprecio o timbre, mas também não aprecio os preconceitos por ter começado a carreira na TV, só o simples facto de invocar a grande Hermínia Silva é digna de nota), Delfins (uma das primeiras bandas pop portuguesas, conseguirão algum dia extrapolar o preconceito: participantes de um festival da canção, quando já não era bem fazê-lo?), Cristina Branco e Xutos (os meus dinossáurios d'eleição: adoro-os!), Expresso e O SOL.

- prémio dê-me.três.minutos: Pedro Rolo Duarte (merece-o é uma das vozes mais sensuais da rádio e faz parte do meu imaginário com o se7e), já agora... gostaria de perguntar aos senhores da publicidade o porquê da exclusão do horário do programa. Sim, porquê? O SOL.

- prémio chapéu.vermelho: Mélinha e como aos oitenta e cinco anos ainda se consegue manter o espírito com alguma jovialidade. Não está linda? Com aquele cabelo imponente e aqueles lábios reluzentes? O SOL.

- prémio voz.elefante: Miguel Sousa Tavares, a sua crónica no Expresso é hilariante. Não concordo com o tom da crítica aos senhores das apuradas reflexões linguísticas, então: substantivo passar a nome comum, contável, animado e não humano, é uma forma criativa de desenvolver nos alunos associações do género: uma matilha dançando o samba em hora de ponta, Expresso.

- prémio sigla.pouco.obscura: ERC, Expresso.

- despedida da semana: Philippe Noiret. Cinema Paraíso continua a ser, para mim, um dos mais belos filmes de sempre, Expresso.

Tim Burton tem o condão de transformar Dark em Light. Imperdível a sua animação: A Noiva Cadáver, principalmente para quem desconhecer uma de tal designação esquiva: poesia cinematográfica.
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