sábado, janeiro 30, 2010

Agenda: António Ferra - livro de reclamações
















da contracapa::

Tanto verso, às vezes curto, a euro e meio
tanta sílaba dividida pelos cêntimos!
Vendem os poetas versos livres
ou as métricas saídas do paleio
onde se finge a dor que não se sente

(a poesia é caríssima)



António Ferra vai lançar no próximo dia 6 de Fevereiro pelas 17h30 o seu novo livro de poesia: «livro de reclamações». Depois do surpreendente «a palavra passe», este é um daqueles eventos que não posso perder.

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sexta-feira, janeiro 29, 2010

Oui, chéri, c'est vendredi





Secret Service - Flash in the Night
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quinta-feira, janeiro 28, 2010

Da lata


Ao que isto chegou!

Averiguar antes de escrever? Mas por quem me tomam?

um grande pe na argola? Um grande pé na argola?... Argolada foi ter escrito The Hedge, mas nisso parece que ninguém reparou!
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domingo, janeiro 24, 2010

para a próxima trago um livro...

Aos domingos, com alguma regularidade, a Casa da Música (Porto) recebe concertos ao meio-dia. Horário estranho, mas de sobremaneira especial. O meio-dia permite concertos em espaço fechado, com luz natural, assumindo a janela gigante da Sala Suggia todo o protagonismo.

Na semana passada tivemos um concerto do ciclo de solos de órgão. Gratuito. No palco, movimentos de mãos e pés solitários. No ar, as melodias e acordes enchem o espaço. Sentada na minha cadeira, vou lendo a agenda de programação da Casa para 2010 e penso:

Tenho de cá vir mais vezes ao meio-dia...
E para a próxima trago um livro!

Sem qualquer despeito pelos músicos que estiverem em questão, parcerá muito mal dizer que vou ler para a Casa da Música?...

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sábado, janeiro 23, 2010

Meu Deus, o que é isto?...

Voltei ao teatro! «Solos» no Carlos Alberto (Porto) é um ciclo de monólogos em diferentes áreas que sobem a palco por quatro dias, cada um na sua semana até início de Fevereiro. Esta semana temos «Amor» - poema brasileiro, chorrilho de palavras ditas, gritadas, sorridas, choradas... «Meu Deus, o que é isto?» - é a expressão do autor (André Sant'Anna) mais vezes citada no caderninho do teatro. Só o li depois, já em casa, mas é isso mesmo: Meu Deus, o que é isto?...

o sangue das criancinhas, as palavras explicadas na televisão,
a dor do povo, o povo fazendo sexo, o golo do Pelé,
a canção de Roberto Carlos, a mulher cascavel, a guitarra de Hendrix, ...


Comecei concentrada, demasiado! As sequências infindáveis de ligações de palavras tornaram difícil construir uma base... Muita palavra... demasiada(?)... Uma «estrutura interminável de repetição de um tema em infindáveis variações, numa progressão não resolvida em clímax e que poderia durar infinitamente.» [pdf: revista electrónica do instituto de humanidades] - tal e qual!



Estava eu quase a desistir de acompanhar, quando, já perto do final, o sotaque brasileiro se foi, e as palavras, que mudaram de sonoridade, voltaram a captar a minha atenção. Os três porquinhos abriram uma espécie de resumo da noite. Deu para pôr alguma ordem nas ideias e percebi que não queríamos chegar a lugar algum, que era apenas isso:

o sangue das criancinhas, as palavras explicadas na televisão,
a dor do povo, o povo fazendo sexo, o golo do Pelé,
a canção de Roberto Carlos, a mulher cascavel, a guitarra de Hendrix, ...


A violência das imagens criadas, que se ligam e se repelem, numa crítica social e humana.

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sexta-feira, janeiro 22, 2010

Oui, chéri, c'est vendredi


Depeche Mode - It's no good
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Golden Globes 2010

A pedido de uma família, aqui ficam umas quantas impressões acerca do que me chamou a atenção numa rápida ronda que fiz pelas imagens dos Golden Globes deste ano.

Dressed to Impress, mas um redondo falhanço dois rendondos falhanços.


Mariah Carrey


E os Not Dressed to Impress. Também é uma opção.


David Duchovny e Tea Leone

Aonde é que foi o Dexter buscar a ideia para este look?


Michael C. Hall


Ah, foi aqui!


The HeEdge


O homem que me causa calafrios em virtude de já ter percorrido várias temporadas do Lost.


Michael Emerson


Uma das sérias candidatas no casting do próximo filme do Popeye, para o papel de Olivia Palito.


Nicole Kidman


Em estreia absoluta, os Golden Globes inovam, trazendo para o palco uma estátua de cera do Madame Tussaud.


Cher (e C. Aguilera)


Apesar de nunca ter sabido de grandes entusiasmos a propósito desta mulher, sempre achei que era uma das actrizes mais bonitas e elegantes da nossa era.


Courteney Cox
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domingo, janeiro 17, 2010

acreditar no improviso...

Não é fácil acreditar no improviso. Acreditar que dois músicos estão em palco a tocar coisas que nunca tocaram... Acreditar que aquela música não foi estudada em casa e reproduzida em palco... É quase uma questão de fé.

A música nasce nua e o trabalho do compositor é o de a vestir. O improvisador faz a mesma coisa... mas mais depressa. Tão depressa, que cria 5min de música... em 5min!
João Paulo, na Casa da Música

Esta foi mais ou menos a fala de João Paulo esta noite no concerto na Casa da Música, onde o seu piano e o trompete de Dennis Gonzalez soaram juntos como nunca haviam soado - é a magia do improviso.


Eu admiro o improviso, ou melhor, admiro aquele que tem a capacidade de improvisar. Mais ainda aqueles que o fazem em conjunto, de forma harmoniosa. Dois músicos a criarem em simultâneo, dois bailarinos a interagirem no mesmo espaço... é algo que me fascina...

Acreditar no improviso é uma questão de fé!... Eu acredito no improviso - esse deus improvável... E, como tal, presto a minha devoção àqueles que o trazem até mim - esses santos indubitáveis...

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sábado, janeiro 16, 2010

Manuelalegrix

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sexta-feira, janeiro 15, 2010

Oui, chéri, c'est vendredi


The Temper Trap - Sweet Disposition
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terça-feira, janeiro 12, 2010

ainda a aprovação...

E é assim que se acaba com a raça humana!
[em entrevistas de rua da reportagem televisiva]

Quem é que dá voz a coisas destas?!

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segunda-feira, janeiro 11, 2010

aprovado...

Vi a notícia no telejornal. Imagens dos porta-vozes políticos. Grandes planos dos que assumiram divergências partidárias. Relances de mãos dadas nas galerias. A lei foi aprovada. Palminhas, palminhas.

E, cá fora, bolo na rua e champanhe nas mãos de um par / casal noivas que falam para a televisão da importância do dia. A fechar a reportagem e tendo como imagem de fundo um beijo (simbólico) entre o tal casal, ouve-se de fugida que as duas mulheres em causa são atrizes, pois nenhum casal quis dar a cara.

Sem querer, de forma alguma, apelar ao folclore da situação, terei eu sido a única a achar (no mínimo) triste ninguém ter realmente dado a cara...

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quarta-feira, janeiro 06, 2010

Coisas minhas


Posso passar um ano inteiro enfiada em Bruxelas (que não passo, mas pronto), cheio de dias cinzentos, chuva miudinha, três camadas de núvens, o sol nem por um canudo. Não me afecta. E o meu humor também não varia em função da temperatura do ar fora de casa. Mas irrita-me, oh! se me irrita, ir passar uma temporada a Lisboa e apanhar com um tempo do mais ranhoso que há. Isso tira-me do sério.
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segunda-feira, janeiro 04, 2010

A esplêndida utilidade da poesia

Receita de ano novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)


Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila
e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

Um dia destes encontramo-nos por aí...
Até sempre!

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domingo, janeiro 03, 2010

Canções.Mais.Que.Imperfeitas@44

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sábado, janeiro 02, 2010

Lições práticas de Capitalismo para Socialistas “Democráticos" [5]

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Pop não entra

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Annus horribilis

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sexta-feira, janeiro 01, 2010

Humor & Ano Novo, Lda

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