Início da noite marcado para as 21h30 com final previsto às 2h da manhã. Pelo meio, seis bandas actuaram entre o palco principal montado na entrada e a concha acústica dos jardins do Palácio de Cristal (Porto). Horários cumpridos criteriosamente, com direito a
encore apenas para o último grupo. Com as actuações alternadas dos palcos, o tempo de espera das montagens é completamente eliminado, de modo a que, findado um concerto num palco, ainda a "romaria" se movimenta e já o som do concerto seguinte ecoa nos jardins.
Cartaz 100% português com grandes grupos e pequenos projectos. Entrada livre. Só fui na primeira noite e o (louvável!) cumprimento escrupuloso do horário impediu-me de assistir ao primeiro grupo.
Foge Foge Bandido subia ao palco principal quando entrei no Palácio. Ainda não tinha assistido a nenhum concerto e foi... estranho... Manel Cruz no centro do palco, mas sentado atrás de uma mesa... estranho. Arranjos e variações electrónicas... estranhas. Ainda não tenho o álbum, apenas conheço alguns temas do site. O álbum continua em lista de espera, mas com um sobre-aviso: ouvir com cuidado!
Noiserv, no Palco Ritual foi a banda sonora do descanso calmamente sentado na relva. Não conhecia. Um homem, vários instrumentos e a magia do loop electrónico. Por trás uma tela branca com desenhos a "lápis" mostra também alguma dinâmica. Ambiência agradável.
De volta ao palco principal,
Dead Combo. Já os tinha visto uma vez e reforço a minha opinião inicial: gosto do som, mas deve resultar melhor em pequenos ambientes intimistas em estilo de café-concerto. Em contexto de festival, perde-se na falta de comunicação com o público e na aparente repetição sonora.
Em hora de fecho do Palco Ritual, o som não me agradou e fui passear um bocadinho.
A fechar o festival, sobe ao palco a
Deolinda. Grande sucesso já massificado com excelente recepção do público que durante todo o festival foi compondo um mar de gente em frente ao palco. Concerto animado, com apresentações em jeito de histórias, com palmas e refrões cantados pelo público. Ana Bacalhau animada e animadora fez-me, no entanto, lembrar Miranda (dos
OqueStrada) em palco. Gosto dos dois projectos, mas incomodou-me um bocadinho a sensação de
déjà vu...