andanças – impressões de uma estreante [V]
as portuguesas
Este ano o Andanças procurou, à partida, ter uma maior preocupação com a tradição portuguesa. E, se já vão conhecendo um bocadinho esta vossa correspondente, é evidente que também eu subscrevi essa preocupação. A presença portuguesa não era maioritária, pois para além dos grupos estrangeiros há também os portugueses que musicam as danças europeias sem especial preocupação na recolha e reinvenção das tradições nacionais. Este é um assunto fervorosamente abordado em alguns sítios, que reclamam do esquecimento da riqueza da nossa cultura tradicional. Não vou dizer que acho que esteja tudo muito bem – não está! – mas, sendo eu uma recém-chegada a estas andanças, o pouco que existe é, para mim, significativo, pois constitui quase todo o meu conhecimento. Portanto, em vez de me "queixar" do muito que há por fazer, vou valorizar o (pouco?) que já se faz – pois não chega fazer, é também importante aproveitar e apreciar o que se faz!
Assim, tenho a dizer que neste Andanças, aplaudi, saltei, cantei e dancei com Galandum Galundaina, Roncos do Diabo, No Mazurka Band e acompanhei como nunca Uxu Kalhus no palco alto – e peço, desde já, desculpa a quem, por força do contexto, merecia estar aqui mencionado e que eu não tenha visto ou me esteja agora a esquecer. Assisti, atentamente do início ao fim, à projecção do Arritmia: sim, «qual foi a primeira dança?...» e, sim, a importância das recolha é (devia ser!!!) indiscutível! Fiz três oficinas com os nossos ranchos de pontos diversos do país, uma de mirandesas e duas de portuguesas ("gerais") – até Godinho surgiu nos coros de uma música de Vitorino – os meus agradecimentos ao André [este André] :) Portanto, para além dos habituais círculos, bourrées, scottisches, valsas e mazurkas dancei o malhão, o vira, a chula, o regadinho, a erva cidreira, o corridinho, o verde gaio, o repasseado, a carolina, o pingacho, mais umas quantas rodas e algumas quadras que não sei o nome.
«A revolução está coxa»?... «Precisamos de universalisar a coisa»?... Sim, sem dúvida! E não vou negar a importância das vozes que o vêm denunciar, mas é bom que a par delas surjam também os relatos da "perna saudável" dessa revolução e da "regiãozinha" que com ela vai sobrevivendo. Mais do que de decretos e de cotas, é, talvez, da riqueza e do sucesso do avanço já conseguido que surge naturalmente a "necessidade" de avançar ainda mais...
[parte I: os espaços]
[parte II: o espírito]
[parte III: os bailes]
[parte IV: as oficinas]
Este ano o Andanças procurou, à partida, ter uma maior preocupação com a tradição portuguesa. E, se já vão conhecendo um bocadinho esta vossa correspondente, é evidente que também eu subscrevi essa preocupação. A presença portuguesa não era maioritária, pois para além dos grupos estrangeiros há também os portugueses que musicam as danças europeias sem especial preocupação na recolha e reinvenção das tradições nacionais. Este é um assunto fervorosamente abordado em alguns sítios, que reclamam do esquecimento da riqueza da nossa cultura tradicional. Não vou dizer que acho que esteja tudo muito bem – não está! – mas, sendo eu uma recém-chegada a estas andanças, o pouco que existe é, para mim, significativo, pois constitui quase todo o meu conhecimento. Portanto, em vez de me "queixar" do muito que há por fazer, vou valorizar o (pouco?) que já se faz – pois não chega fazer, é também importante aproveitar e apreciar o que se faz!
Assim, tenho a dizer que neste Andanças, aplaudi, saltei, cantei e dancei com Galandum Galundaina, Roncos do Diabo, No Mazurka Band e acompanhei como nunca Uxu Kalhus no palco alto – e peço, desde já, desculpa a quem, por força do contexto, merecia estar aqui mencionado e que eu não tenha visto ou me esteja agora a esquecer. Assisti, atentamente do início ao fim, à projecção do Arritmia: sim, «qual foi a primeira dança?...» e, sim, a importância das recolha é (devia ser!!!) indiscutível! Fiz três oficinas com os nossos ranchos de pontos diversos do país, uma de mirandesas e duas de portuguesas ("gerais") – até Godinho surgiu nos coros de uma música de Vitorino – os meus agradecimentos ao André [este André] :) Portanto, para além dos habituais círculos, bourrées, scottisches, valsas e mazurkas dancei o malhão, o vira, a chula, o regadinho, a erva cidreira, o corridinho, o verde gaio, o repasseado, a carolina, o pingacho, mais umas quantas rodas e algumas quadras que não sei o nome.
«A revolução está coxa»?... «Precisamos de universalisar a coisa»?... Sim, sem dúvida! E não vou negar a importância das vozes que o vêm denunciar, mas é bom que a par delas surjam também os relatos da "perna saudável" dessa revolução e da "regiãozinha" que com ela vai sobrevivendo. Mais do que de decretos e de cotas, é, talvez, da riqueza e do sucesso do avanço já conseguido que surge naturalmente a "necessidade" de avançar ainda mais...
[parte I: os espaços]
[parte II: o espírito]
[parte III: os bailes]
[parte IV: as oficinas]
Etiquetas: Ai Portugal Portugal, Concertos, Danças Tradicionais, País real, Para memória futura
0 Comments:
Enviar um comentário
Voltar à Página Inicial