quarta-feira, outubro 10, 2007

"M" de Matemática... e de Música

Foi interessante. A definição da tonalidade, a afinação e as proporções gregas e renascentistas, os 12 meios tons e a Teoria de Grupos, o belo, o número de ouro e a sucessão de Fibonacci, a música estocástica e a Lei dos Grandes Números, a auto-semelhança, a compartimentação e os fractais e a Teoria do Caos.

Foram algumas ideias breves, nada muito aprofundado, até porque se anunciava: para o público geral... Diga-se, no entanto, que a noção de público geral se aplicava apenas nos conhecimentos matemáticos... Será que o senhor se lembrou que podia haver quem não percebesse de música???!!! Acho que não... Confesso que aqueles exemplos sonoros ilustrativos de alguma coisa me passaram quase todos ao lado. Mas foi engraçado observar as reacções da plateia. Pelos acenos de cabeça e alguns comentários finais dava para perceber perfeitamente quem estava lá mais pela Música e quem lá estava mais pela Matemática; e acho que ninguém lá foi que não tivesse alguma afinidade com pelo menos uma das áreas.

No final, comentou alguém – músico! –, que o prazer com que ouviu uma vez um cientista falar do seu trabalho se equiparava ao do músico na composição. Uma posição – matemática! – discordou dessa comparação, frisando que a beleza da Matemática está no processo construtivo, no caminho que se percorre para provar algum resultado e não tanto no resultado em si, enquanto que a beleza da Música está no produto final. Sem querer ser tendenciosa, acho que concordo com esta discordância...

[Esta sessão do Breve Dicionário de Ouvir da Casa da Música integra-se no Mês da Matemática do Serviço Educativo, que tem mais actividades agendadas.]

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