segunda-feira, março 26, 2007

foi o que eu disse...

Nem sempre acontece, e quando não acontece fico um bocado reflexiva – sem que isso seja obrigatoriamente negativo... Mas, dizia eu, nem sempre acontece, e quando acontece sinto uma espécie de orgulhosinho simbiótico. Estou a falar da interpretação das obras de arte, seja música, pintura, dança, literatura,... Fico feliz por mim que percebi e pelo artista que se me conseguiu fazer perceber. É claro que nem todos temos de pensar o mesmo e a multiplicidade de sensações gerada pela arte é um dos seus pontos fortes... Mas sabe(-me!) sempre bem ver a nossa tese corroborada pelo autor.

E tudo isto vem a propósito de uma entrevista no Público do passado domingo a Sérgio Godinho, sobre a música seleccionada para o volume 2 da colecção dos 50 anos de música portuguesa.

«Ela é uma celebração da vida, mas da vida consciente. Neste referendo, a respeito do aborto, esta canção foi posta num blogue do não, penso que abusivamente. Houve uma reacção de várias pessoas e eu próprio escrevi um texto, porque a canção é uma celebração da vida, sim, mas de uma vida escolhida e não de um fatalismo.»

Está-se a falar do «Espalhem a notícia» e imediatamente me veio à memória um post que escrevi no início do ano, ainda antes da referida fricção, de que, diga-se, nem sequer tive conhecimento...

Etiquetas: , ,

Partilhar