uma casa portuguesa: os sobreviventes
vim
ao mundo por acaso
em Portugal, não tenho pátria
sou sozinho e sou da cama dos meus pais
[DESCANÇA A CABEÇA (ESTALAJADEIRA)
Trazes em ti mais do que te deiao mundo por acaso
em Portugal, não tenho pátria
sou sozinho e sou da cama dos meus pais
[DESCANÇA A CABEÇA (ESTALAJADEIRA)
Paula até já
[PAULA
farto de voar
pouso as palvras no chão
[FARTO DE VOAR
nascidos do mesmo ventrepouso as palvras no chão
[FARTO DE VOAR
um vive de joelhos p’ró outro passar à frente
[CANTIGA DA VELHA MÃE E DOS SEUS DOIS FILHOS
olhai a linda Joana
que linda que ela vai [...]
olhai a feia Alcina
que feia que ela vai
[A LINDA JOANA
que linda que ela vai [...]
olhai a feia Alcina
que feia que ela vai
[A LINDA JOANA
Deste primeiro álbum, perduraram músicas como «O Charlatão», «Senhor Marquês», «Romance de Um Dia na Estrada» ou «Maré Alta». E, pessoalmente, "Que Força é Essa" - a primeira música do álbum - é das minhas indiscutíveis referências do músico (da qual há uma excelente versão no «Irmão do Meio», com a parceria perfeita de José Mário Branco).
que força é essa, amigo
que te põe de bem com os outros
e de mal contigo
[QUE FORÇA É ESSA
entre a rua e o paísque te põe de bem com os outros
e de mal contigo
[QUE FORÇA É ESSA
vai o passo de um anão
[O CHARLATÃO
olhe pra aqui uma vez
senhor Marquês
do bairro de lata
[SENHOR MARQUÊS
e eu que falava de estradassenhor Marquês
do bairro de lata
[SENHOR MARQUÊS
e só conhecia atalhos
e ela a mostrar-me caminhos
[ROMANCE DE UM DIA NA ESTRADA
aprende a nadar companheiro
que a maré se vai levantar
que a liberdade está a passar por aqui
[MARÉ ALTA
que a maré se vai levantar
que a liberdade está a passar por aqui
[MARÉ ALTA
Lançado num Portugal onde o lápiz azul era mais que um mero objecto de colorir, a venda legal do álbum foi autorizada e retirada consecutivas vezes... «Acho que não sabiam o que fazer com aquilo que outros tinham criado. Era um bocado o retrato do Marcelismo, um ziquezaguear entre aberturas e depois cobardias, afrouxar e voltar a apertar para provar que se está no poder.» [SG, in "Retrovisor" de Nuno Galopim, p.47]
vivo com uma faca enterrada nas costas, ai!
que bom que é
que bom que é
[QUE BOM QUE É
A-A-E-I-O bate na neta quem bateu na avóA-A-E-E-I bate na neta quem bateu em ti
A-E-I-O-U se a canção não te agrada mete-a no…
[A-A-E-I-O
Sem dúvida, um álbum fundamental na discografia de Sérgio Godinho e no panorama geral da Música Popular Portuguesa (MPP).
imagens: capa e contra-capa do álbum
Etiquetas: Música, os anos setenta, uma casa portuguesa

1 Comments:
Foram as minhas canções de embalar.
Ainda hoje as sei todas de cor.
Cantei-as ao meu filho :)
Enviar um comentário
Voltar à Página Inicial