O Rock e o Amor
No Rock o amor é um fogo que arde e que se vê; é uma ferida que dói e que se sente. E nenhuma arte consegue revelar melhor o amor que a música. E na música, o Rock é o género de eleição para o testemunhar. Porque o amor não é unicamente a afeição recíproca entre duas pessoas. Não é apenas ternura ou apenas atracção física. Não é somente o apego a um ideal, a uma ideia, a uma intenção ou a uma vontade.
Para Platão o amor é a aspiração ao belo e ao bom: ao absoluto. Kant distingue o amor patológico e o amor prático. A própria teoria freudiana ganha uma dimensão metafísica com Eros e Tânato. Na concepção rousseauniana é conveniente distinguir a preocupação que temos por nós próprios, pela nossa própria conservação e bem-estar (amor de si), e o facto de só nos amarmos a nós próprios e apenas nos considerarmos a nós próprios (amor-próprio).
O amor é tudo isto e também a tendência de nos unirmos com o outro e possuí-lo de modo contínuo ou formar um todo com ele. Possessão é a palavra-chave do Rock e do Amor.
Poderia deixar-vos aqui uma infindável lista de baladas sentidas, que puxam à lágrima, ao amor [de si] profundo, porém, prefiro deixar-vos uma daquelas “baladas” de amor [próprio], que só o Rock pode dar plena expressão. A composição original é dos Misfits, mas esta versão dos Metallica é de cortar [literalmente] a respiração:
Para Platão o amor é a aspiração ao belo e ao bom: ao absoluto. Kant distingue o amor patológico e o amor prático. A própria teoria freudiana ganha uma dimensão metafísica com Eros e Tânato. Na concepção rousseauniana é conveniente distinguir a preocupação que temos por nós próprios, pela nossa própria conservação e bem-estar (amor de si), e o facto de só nos amarmos a nós próprios e apenas nos considerarmos a nós próprios (amor-próprio).
O amor é tudo isto e também a tendência de nos unirmos com o outro e possuí-lo de modo contínuo ou formar um todo com ele. Possessão é a palavra-chave do Rock e do Amor.
Poderia deixar-vos aqui uma infindável lista de baladas sentidas, que puxam à lágrima, ao amor [de si] profundo, porém, prefiro deixar-vos uma daquelas “baladas” de amor [próprio], que só o Rock pode dar plena expressão. A composição original é dos Misfits, mas esta versão dos Metallica é de cortar [literalmente] a respiração:
Die, Die My Darling
Etiquetas: Baladas, Festa da Música, Hora do Kompensan, Metallica, Possessão, Punk Rock, The Misfits, Thrash Metal
1 Comments:
André, não é fácil a muita gente passar para lá do "ruído", da "violência" que caracterizam o rock dito pesado.
Da mesma forma que, não é fácil perceber quão profundos são alguns dos temas abordados. Até porque aqui entramos no campo dos sentimentos limite, o que por si só repele muito boa gente. É o caso do Amor incondicional, ou mesmo do Desejo puro por exemplo.
Uma coisa é certa, ou se gosta de Metal, ou se odeia. Não há meio-termo possível. Quem um dia se apaixonou pelo género, não mais consegue livrar-se dessa paixão. Agarra-se ao ser. Faz parte integrante de quem somos.
Por mim falo. Vivi a infância no meio do rock dos anos 70, fiz-me mulher no meio do metal. Por muito que pesquise outras sonoridades (sou curiosa por natureza), por muito que ouça outros géneros musicais, não há nada que me “encha” a alma como o Metal (em todas as suas inúmeras vertentes). Nesse sentido é sem dúvida uma forma de possessão como dizes. Como tal, eu possuída me confesso. ;)
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