domingo, dezembro 02, 2007

o cavaquinho - o instrumento!

Lembram-se destas oficinas de instrumentos em Coimbra?... Pois eu estive lá e fiz a oficina de cavaquinho. Desde então que ando para escrever um post sobre o instrumento - o post do André, até com referência a Júlio Pereira, foi a deixa perfeita! Não é que eu perceba do assunto, mas achei que não devia deixar passar em branco. Cá vai então, um bocadinho do que eu aprendi...

O cavaquinho é um instrumento de quatro cordas... que se assemelha visualmente, digamos, a uma guitarra pequenina. Grupos de folclore e tunas parecem ser, actualmente, os principais clientes do cavaquinho, que é habitualmente utilizado como instrumento de acompanhamento. Mas também diversos grupos musicais têm no cavaquinho um dos seus principais aliados da nossa sonoridade.

Como instrumento de acompanhamento, todas as cordas são tocadas, fazendo soar acordes. Pode ser tocado com palheta ou sem ela, possibilitando neste último caso a utilização de mais dedos, fazendo soar um rasgado mais ligado. O rasgado é a forma de tocar os acordes que faz com que o tocador ande que nem tolo com a mão para baixo e para cima, de dedos abertos tocando em tudo o que é corda. A outra mão (a esquerda, habitualmente) firma os acordes no braço do instrumento, podendo também, simultaneamente, definir alguma melodia. Neste último caso, ao mesmo tempo que os dedos maiores prendem as cordas graves definindo os acordes que criam a harmonia, os dedos menores vão passeando as cordas mais agudas acrescentando melodia.

Isto tudo junto, quando tocado por quem sabe, é bonito de se ver! Para quem não sabe, a deixa é praticar, praticar, praticar!

Para além do toque rasgado de acordes, pode também ser tocado pontiado, mantendo-se a marcação da mão esquerda, mas tocando (com a direita) apenas uma (ou duas) cordas de cada vez - sai uma espécie de harpejo.

Por fim, como solista não é, claramente, o instrumento com mais potencialidades, mas pode também ter o seu lugar de destaque, tocado de forma dedilhada, um pouco ao estilo do bandolim ou da guitarra portuguesa.

Também aprendi umas coisas sobre a afinação das cordas, que para acompanhamento em acordes de folclore ou tunas é habitualmente sol-sol-si-ré pois facilita a composição de acordes, mas que é pouco prática quando se quer introduzir melodia, sendo aconselhável mi-lá-si-ré (ou alguma coisa lá perto).


E pronto! Foi o que retive de 1h30 há três semanas atrás... Mas podem ler o que nos diz Júlio Pereira, que ele tem mais umas horinhas disto que eu!

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