Jane Austen
A minha escritora preferida é, sem sombra de dúvidas, Jane Austen.
Tenho toda a sua obra traduzida em português e, obviamente, há livros que venero e outros assim assim.
Orgulho e Preconceito é o meu preferido.
Seguem-se por ordem decrescente:
Persuasão,
Emma,
Parque Mansfield,
Sensibilidade e Bom Senso.
E, se não me falha a memória, é tudo.
Actualmente estou a ler uma obra menor «Amor e Amizade», Clássicos, Publicações Europa-América, mas a menoridade em Austen é sempre relativa.
É ou não um grande exercício de inteligência sermos capazes de olhar a realidade com este sentido de humor?
"Numa noite de Dezembro, eu, o meu pai e a minha mãe estávamos reunidos em redor da lareira a conversar, quando, subitamente, nos espantámos ao ouvir um bater violento na porta da frente da nossa casa rústica.
O meu pai sobressaltou-se.
- Que ruído é este? - perguntou.
- Parece que estão a bater à porta com toda a força - replicou minha mãe.
- É realmente o que parece - gritei eu.
- Sou da vossa opinião - disse o meu pai. - O som parece certamente advir de uma violência invulgar exercida contra a nossa inofensiva porta.
- Sim - exclamei eu. - Não posso deixar de pensar que se trata de alguém que quer se recebido.
- Essa é outra questão - retorquiu ele. - Não devemos pretender determinar o motivo que leva a pessoa a bater, mas estou em parte convencido de que alguém efectivamente bate com força à porta.
Nesse mesmo instante, uma segunda e tremenda série de pancadas interrompeu o discurso de meu pai, deixando-me a mim e a minha mãe algo alarmadas.
- Não será melhor irmos ver quem é? - sugeriu ela. - Os criados saíram.
- Penso que será melhor - repliquei.
- Certamente - acrescentou meu pai -, sem dúvida.
- Vamos, então? - insistiu minha mãe.
- Oh! Não percamos tempo - gritei.
Uma terceira e ainda mais violenta pancada na porta tomou de assalto os nossos ouvidos.
- Estou certa de que alguém está a bater à porta - disse minha mãe.
- Penso que isso é certo - replicou meu pai." p. 15-16
Para além do invejável sentido de humor, há, acima de tudo, uma certa noção de tempo que infelizmente se perdeu.
Imagem
Tenho toda a sua obra traduzida em português e, obviamente, há livros que venero e outros assim assim.
Orgulho e Preconceito é o meu preferido.
Seguem-se por ordem decrescente:
Persuasão,
Emma,
Parque Mansfield,
Sensibilidade e Bom Senso.
E, se não me falha a memória, é tudo.
Actualmente estou a ler uma obra menor «Amor e Amizade», Clássicos, Publicações Europa-América, mas a menoridade em Austen é sempre relativa.
É ou não um grande exercício de inteligência sermos capazes de olhar a realidade com este sentido de humor?
"Numa noite de Dezembro, eu, o meu pai e a minha mãe estávamos reunidos em redor da lareira a conversar, quando, subitamente, nos espantámos ao ouvir um bater violento na porta da frente da nossa casa rústica.
O meu pai sobressaltou-se.
- Que ruído é este? - perguntou.
- Parece que estão a bater à porta com toda a força - replicou minha mãe.
- É realmente o que parece - gritei eu.
- Sou da vossa opinião - disse o meu pai. - O som parece certamente advir de uma violência invulgar exercida contra a nossa inofensiva porta.
- Sim - exclamei eu. - Não posso deixar de pensar que se trata de alguém que quer se recebido.
- Essa é outra questão - retorquiu ele. - Não devemos pretender determinar o motivo que leva a pessoa a bater, mas estou em parte convencido de que alguém efectivamente bate com força à porta.
Nesse mesmo instante, uma segunda e tremenda série de pancadas interrompeu o discurso de meu pai, deixando-me a mim e a minha mãe algo alarmadas.
- Não será melhor irmos ver quem é? - sugeriu ela. - Os criados saíram.
- Penso que será melhor - repliquei.
- Certamente - acrescentou meu pai -, sem dúvida.
- Vamos, então? - insistiu minha mãe.
- Oh! Não percamos tempo - gritei.
Uma terceira e ainda mais violenta pancada na porta tomou de assalto os nossos ouvidos.
- Estou certa de que alguém está a bater à porta - disse minha mãe.
- Penso que isso é certo - replicou meu pai." p. 15-16
Para além do invejável sentido de humor, há, acima de tudo, uma certa noção de tempo que infelizmente se perdeu.
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Etiquetas: Ironia, Jane Austen, Literatura
2 Comments:
Impossível esquecer Mr Darcy!!!
Ouviste, hoje, o teu "amigo" do "Pano para mangas"?... Parece que alguém decidiu fazer um teste enviando "Orgulho e Preconceito", com outro título e outra autora, para uma série de editoras a fim de saber se podia ser publicado. De todas veio recusado, mas apenas de uma com a recomendação de comparação com o livro de Jane Austen, pois as semalhanças eram muito fortes. As restantes negas prendiam-se apenas com a habitual falta de mercado para um texto daqueles...
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