sexta-feira, abril 20, 2007

em falta: "Domingo no Mundo" (Sérgio Godinho)

No passado mês tivemos aqui na casa a Festa da Música, onde cada um de nós foi publicando vídeos a seu bel prazer. A minha predilecção/evangelização ;) pela música nacional condicionou um bocado a minha selecção, porque, de facto, não é muito fácil encontrar vídeos de qualidade com as músicas dos “meus” artistas. Não sei se estranharam, mas não trouxe à Festa qualquer vídeo de Sérgio Godinho... Obviamente, não por achar que ele não merecesse participar da Festa, mas por encontrar apenas duas ou três músicas com qualidade áudio e vídeo disponíveis. Não que eu não goste dessas músicas, mas, apenas, há outras de que gosto mais, muito mais. Uma excepção que encontrei, por ser uma música que aprecio bastante e por o vídeo ter qualidade, foi “Domingo no Mundo”. Mas uns pormenores técnicos impediram na altura essa publicação...

“Domingo no Mundo” fecha o CD de hoje da colecção do Público. E ao vê-la, lembrei-me da minha falta... Espreitem o vídeo... É uma animação, resultado de um projecto de estudo de ilustração... Só é pena a música não estar completa, pois daria um bom clip...

A música dá título ao álbum de 1997 e deve ser, dos mais recentes de originais, aquele que mais gosto. Comparativamente com os anteriores, sem perder a riqueza das letras, ganhou diferentes arranjos e percussões – digo eu, que pouco percebo do assunto. Sérgio Godinho vai-se sabendo rodear de bons músicos, de diferentes gerações, contribuindo para um rejuvenescimento da sua música. O CD de hoje do Público intitula-se “Anos 90 – Novos Sons na Cidade” e Sérgio Godinho aparece juntamente com Pedro Abrunhosa, Da Weasel Boss AC, Cool Hipnoise, Kussondulola, General D, Clã e Ornatos. Acho uma certa piada de cada vez que associam Sérgio Godinho aos ritmos mais urbanos de poemas “multissilábicos” e o misturam em playlists com bandas mais jovens. Estando nós no século XXI e tendo eu nem metade da idade do senhor, essas associações, para além de me darem mais oportunidades de o ouvir na rádio, fazem-me sentir uma espécie de permissão social para gostar das suas músicas... – mas sobre isto eu ainda hei-de falar melhor um dia destes...

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