É meu e vosso este fado
Tal como Pacheco Pereira também não gosto das antenas eólicas espalhadas pelas serras, a Serra da Lousã já está pejada destes Adamastores terrestres e, infelizmente, não se vislumbra nenhum génio literário capaz de as desmistificar mitificando-as.
As populações não lutam contra o seu aparecimento, tal como não lutam contra as palmeiras, as rotundas, os prédios, o alcatrão, mais os digníssimos e ousadíssimos sinais exteriores de autoritarismo e megalomania abjecta.
Mas se a preocupação dos intelectuais é pelo direito à contemplação de uma paisagem natural em vias de extinção a dos remediados é pelo pão.
E entre uma e outra decorre uma distância cultural e civilizacional intocáveis.
As populações não lutam contra o seu aparecimento, tal como não lutam contra as palmeiras, as rotundas, os prédios, o alcatrão, mais os digníssimos e ousadíssimos sinais exteriores de autoritarismo e megalomania abjecta.
Mas se a preocupação dos intelectuais é pelo direito à contemplação de uma paisagem natural em vias de extinção a dos remediados é pelo pão.
E entre uma e outra decorre uma distância cultural e civilizacional intocáveis.
Etiquetas: Ambiente, Desigualdades, Festa da Música, País real
2 Comments:
"E entre uma e outra decorre uma distância cultural e civilizacional intocáveis."
A cultura eu já percebi que está do lado do gajo que pode comprar um BMW e espargir o ambiente com CO2 á vontade. Quanto à civilização, de que lado é que está a civilização?
Nancy,
o pior é que em Ponte de Lima, ninguém deixa fazer nada: o desemprego está duas vezes acima da média nacional. Mas construir uma fábrica, montar um hiper, ai não que lá se ía o verde. assim, não se vai o verde, mas vão os jovens: menos 37 % entre a década que separam os dois últimos censos. Mas o Pacheco Pereira ainda há-de fazer um belo post sobre os montes de Ponte de Lima, pode é já não encontrar lá ninguém...
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