Mariza, concerto em Lisboa (revisitado)
Na passada 6a feira, apanhei na RTP1 as últimas músicas do concerto da Mariza... Lembrei-me do post da Nancy e do meu comentário... do seu apreço e da minha falta dele... Parei uns momentos, decidida a tentar perceber o que é que - tristemente! - não me atrai no canto de Mariza...
Não é a música, decididamente! O «fado dos poetas» mas também «o fado da rua, traiçoeiro e amaldiçoado» recebem arranjos que me agradam bastante.
Não é a interpretação da cantora... Indiscutivelmente, Mariza tem voz e «canta com a alma»!
Durante este exercício fui percebendo que havia alturas bem determinadas em que a minha audição se sentia incomodada... Acho que percebi... São os jeitos que a senhora dá à voz... Não estou - obviamente!!! - a dizer que ela não tem boa voz... Mas há um cantar entre-dentes muito particular que não cai bem ao meu ouvido - mau ouvido, o meu! Há também aquelas alternâncias entre agudos e graves muito características do fado, que por vezes me soam a arabescos desnecessários - mau ouvido, o meu!
De qualquer forma, deu para pereber que, afinal, ainda devo ter cura, pois a música e a alma conseguem fazer com que eu me prenda a alguma coisa... O resto virá com o tempo...
O concerto transmitido foi o de Lisboa, de onde saiu o CD de que falou a Nancy. E, de facto, o fecho com o "Ó Gente da Minha Terra" foi qualquer coisa de «fabuloso e arrepiante!!!» - como dizem também no YouTube. Sim, André, há vários vídeos da Mariza no YouTube! =) E, além disso, há um site oficial, onde se podem ver também alguns vídeos, fotos e excertos de várias músicas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZWbT99YcaVgbaTol1SfhO83fQAjKY-b-pTFEcvtMR2KqB8rTGy2j74PaOMqW-txxWH1uUY10sQqm2t5i3CruLne1UytIPNd0thybHfF3t3tPZ28fuHqne4T5NJIDjq0ju6w4m/s400/mariza_4.bmp)
Aconselho, então, eu também, esta versão ao vivo do "Ó Gente da Minha Terra" (no YouTube). Podem lá estar os trejeitos que não aprecio, mas está também a música, a voz poderosa e a alma - sobretudo a alma! - de Mariza.
Imagem retirada do vídeo, via YouTube.
Não é a música, decididamente! O «fado dos poetas» mas também «o fado da rua, traiçoeiro e amaldiçoado» recebem arranjos que me agradam bastante.
Não é a interpretação da cantora... Indiscutivelmente, Mariza tem voz e «canta com a alma»!
Durante este exercício fui percebendo que havia alturas bem determinadas em que a minha audição se sentia incomodada... Acho que percebi... São os jeitos que a senhora dá à voz... Não estou - obviamente!!! - a dizer que ela não tem boa voz... Mas há um cantar entre-dentes muito particular que não cai bem ao meu ouvido - mau ouvido, o meu! Há também aquelas alternâncias entre agudos e graves muito características do fado, que por vezes me soam a arabescos desnecessários - mau ouvido, o meu!
De qualquer forma, deu para pereber que, afinal, ainda devo ter cura, pois a música e a alma conseguem fazer com que eu me prenda a alguma coisa... O resto virá com o tempo...
O concerto transmitido foi o de Lisboa, de onde saiu o CD de que falou a Nancy. E, de facto, o fecho com o "Ó Gente da Minha Terra" foi qualquer coisa de «fabuloso e arrepiante!!!» - como dizem também no YouTube. Sim, André, há vários vídeos da Mariza no YouTube! =) E, além disso, há um site oficial, onde se podem ver também alguns vídeos, fotos e excertos de várias músicas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZWbT99YcaVgbaTol1SfhO83fQAjKY-b-pTFEcvtMR2KqB8rTGy2j74PaOMqW-txxWH1uUY10sQqm2t5i3CruLne1UytIPNd0thybHfF3t3tPZ28fuHqne4T5NJIDjq0ju6w4m/s400/mariza_4.bmp)
Aconselho, então, eu também, esta versão ao vivo do "Ó Gente da Minha Terra" (no YouTube). Podem lá estar os trejeitos que não aprecio, mas está também a música, a voz poderosa e a alma - sobretudo a alma! - de Mariza.
Imagem retirada do vídeo, via YouTube.
Etiquetas: Música
7 Comments:
Parece q, afinal, o problema ñ é com a Mariza, nem sequer com os trejeiros...o teu problema é com o Fado!;-)...por mim, nada a opôr...tb ñ sou grande apreciadora de fado,mas...aprecio a Mariza e o seu estilo...como deve acontecer com uma grande parte dos seus apreciadores.
amok:
Sim, não sou, como já disse no comentário do post da Nancy, grande apreciadora de fado (cantado). Mas a Mariza, em particular, tem qualquer coisa que me afasta - os tais trejeitos entre-dentes... Há fados (cantados) onde o jeito de fadista não me "incomoda" tanto... Mas estou num bom caminho para a cura =) Até porque tenho a Mariza como pessoa e como artista em muito boa consideração... é uma pena que não a saiba ouvir...
Cristina,
Mas os tais trejeitos de q falas tb os sentes somente ao ouvi-la?
Eu gosto imenso da Mariza, penso q da nova geração é das q cantam com técnica e com alma.
Nancy
P.S. Q se passa com o blogger? My god eu e a minha falta de paciência para as máquinas!
Creio que o principal problema é retirar-se ao fado o que ele tem de genuíno. Já expressei o que penso sobre o dito concerto em:
http://abaixa-voz.blogspot.com/2007/01/inovar-preciso-mas-da-forma-certa.html
nancy:
Eu acho que com a Mariza é mais forte, talvez porque o seu domínio técnico da voz o permita e a alma que investe na interpretação o propicie... Mas para poder avaliar isso melhor tenho de dedicar mais tempo a ouvir essa nova geração... =)
jfr:
Não acho que o problema seja esse - pelo menos o "meu" problema! Até porque acho que é com esses novos arranjos que me vou aproximando do fado. Percebo o teu ponto de vista, mas não me parece assim tão dramático: é reflexo de uma evolução. Trabalhar sobre uma base, dando-lhe novas roupagens; apropriar-se da música, permitindo novas abordagens, tornando-a mais pessoal.
eu aprecio toda a nova geração e gosto mais no femininio de Ana Moura ou Mafalda Arnauth (ou la como se escreve, n tenho tempo) No masculino Camané. Da marisa tb me quero insurgir contra aquela saia cónica, mais valia uma coisa mais flexivel na forma. E a sra. dança! Gostei da percussão!
Se pretende "fazer as pazes" com o fado, mas cansam-na aqueles esgares tradicionais, talvez encontre em Cristina Branco uma nova paixão. Comigo foi assim. Experimente ouvir e depois conte.
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