segunda-feira, setembro 11, 2006

não há festa como aquela - impressões de uma estreante [IV]

A política

Apesar de ser uma festa organizada pelo PCP e de haver alguns debates e informação política, se quisermos isso pode passar tudo ao lado. Ou seja, podemos viver quase toda a festa, pela festa, independentemente de qualquer política. A grande excepção é o comício, difundido pelas colunas em todo o recinto e durante o qual vários pavilhões chegam mesmo a fechar. Assim, depois de muito procurar um distrito aberto onde pudesse lanchar, lá fui ouvir o Jerónimo... Como é que era a "cassete" do outro na Contra-Informação?... "Este governo pisca o olho à direita, governa contra os trabalhadores e está a entregar o país ao grande capital estrangeiro e às famílias Melro e Champolimão e pratica a política do quero, posso e mando!" - foi mais ou menos isso! Somos também contra a guerra gratuita e estamos solidários com as lutas pela auto-determinação. Desejamos as melhoras... – espera lá, ai é suposto sermos amigos do homem?!!!... Adiante...

Sim, é no tempo em que vivemos, que recolhemos nova inspiração, força e determinação para afirmar que o capitalismo com a sua realidade brutal de exploração, miséria, fome, injustiça, guerra, agressão, destruição e morte não serve e não é reformável, tendo em conta a sua própria natureza exploradora e agressiva. Sim, é no tempo em que vivemos que recolhemos nova inspiração, força e determinação para afirmar que é necessário substituir o capitalismo por uma forma mais avançada de organização social. [...] Lutamos e lutaremos por uma sociedade nova, [... que] será sempre o resultado da criatividade dos trabalhadores e dos povos, uma sociedade que concretize o sonho milenar de emancipação do ser humano.

Pois... É tudo muito bonito, mas, para lá do micro-mundo do Avante, ser bonito não chega...

[parte I: A Carvalhesa]

[parte II: O espaço]

[parte III: O espírito]

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2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Cara camarada Cristina Silva:

Não acredita na inquestionável superioridade moral do regime dos irmãos Castro na nossa Cuba onde os amanhãs cantam com tanta força.

Não me obrigue a vir para a rua! Olhe que temos muito que conversar!

E desculpe-me o proselitismo

terça-feira, setembro 12, 2006 2:05:00 da manhã  
Blogger cristina said...

Camarada Luis:
É, se calhar não acredito nessa inquestionável superioridade por terras de el comandante... Se calhar, só se calhar...
Ora venha lá à rua, que a falar é que a gente se entende!
Está desculpado.

sexta-feira, setembro 22, 2006 12:06:00 da manhã  

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