Os Belos Adormecidos
Sócrates já se demitiu há 28 dias mas há Portugueses que só agora começaram a despertar. Lentamente, lá vão saindo de uma espécie de estado de coma induzido que, em alguns casos, já durava há seis longos anos.
Alguns, certamente os mais ensonados, ainda procuram repartir a responsabilidade da crise entre o Primeiro-ministro e o Presidente da República. Mas os que já acordaram estremecem só de imaginar que no cadeirão de Belém poderia estar sentado Manuel Alegre.
Quem anda a procurar co-responsabilizar Cavaco Silva pela crise, certamente preferiria que o Presidente da República tivesse afirmado publicamente que o Primeiro-ministro parecia estar "a viver num mundo irreal", que estava a fazer "o diagnóstico errado da situação", que "devia ter recorrido à ajuda externa mais cedo, quando os juros da dívida ultrapassaram os 7%", que o Primeiro-ministro demonstrou uma "grande inconsciência em relação ao endividamento externo". Outros talvez preferissem algo um pouco mais soft, do género:"foi um erro Sócrates ter diabolizado a vinda do FMI". Mas os mais indignados talvez preferissem afirmações mais peremptórias por parte do Presidente da República, como a proferida por Rómulo Machado:"o primeiro-ministro que nos conduziu a esta situação de bancarrota não tem condições para nos fazer sair dela"; ou como as pronunciadas por Manuel Maria Carrilho: José Sócrates é um "governante medíocre" que "num dia estava quase a salvar-nos, e no dia seguinte o chumbo do PEC IV abriu um buraco de 80 mil milhões de euros"; "esteve seis anos no poder e o país está na situação em que está"; "teve todas as condições para governar Portugal ao obter uma maioria absoluta e a cooperação do Presidente da República e não se pode queixar de ninguém a não ser dele próprio"
No meio de tanta manipulação e perante tamanha demonstração de incompetência por parte deste governo, o que ainda nos vai valendo é precisamente a intervenção ponderada do Presidente da República.
Alguns, certamente os mais ensonados, ainda procuram repartir a responsabilidade da crise entre o Primeiro-ministro e o Presidente da República. Mas os que já acordaram estremecem só de imaginar que no cadeirão de Belém poderia estar sentado Manuel Alegre.
Quem anda a procurar co-responsabilizar Cavaco Silva pela crise, certamente preferiria que o Presidente da República tivesse afirmado publicamente que o Primeiro-ministro parecia estar "a viver num mundo irreal", que estava a fazer "o diagnóstico errado da situação", que "devia ter recorrido à ajuda externa mais cedo, quando os juros da dívida ultrapassaram os 7%", que o Primeiro-ministro demonstrou uma "grande inconsciência em relação ao endividamento externo". Outros talvez preferissem algo um pouco mais soft, do género:"foi um erro Sócrates ter diabolizado a vinda do FMI". Mas os mais indignados talvez preferissem afirmações mais peremptórias por parte do Presidente da República, como a proferida por Rómulo Machado:"o primeiro-ministro que nos conduziu a esta situação de bancarrota não tem condições para nos fazer sair dela"; ou como as pronunciadas por Manuel Maria Carrilho: José Sócrates é um "governante medíocre" que "num dia estava quase a salvar-nos, e no dia seguinte o chumbo do PEC IV abriu um buraco de 80 mil milhões de euros"; "esteve seis anos no poder e o país está na situação em que está"; "teve todas as condições para governar Portugal ao obter uma maioria absoluta e a cooperação do Presidente da República e não se pode queixar de ninguém a não ser dele próprio"
No meio de tanta manipulação e perante tamanha demonstração de incompetência por parte deste governo, o que ainda nos vai valendo é precisamente a intervenção ponderada do Presidente da República.
Imagem: Henry Moore
Etiquetas: Sondagens
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