Bica [Reloaded]
Fotografia: Fernando Machado
Como qualquer outro bairro típico alfacinha que se preze, a Bica é feita de ruelas estreitas, becos escuros, escadinhas encarquilhadas, e as incontornáveis pracetas e calçadas exíguas, desejavelmente, abertas ao sol. O declive íngreme da Bica é atravessado longitudinalmente por dois pares de trilhos metálicos centenários que guiam dois pequenos Eléctricos amarelos da Carris, que se cruzam num vaivém desacertadamente sincronizado, e nos transportam, vagarosamente, entre a Rua de São Paulo e o Largo do Calhariz.
O que me seduz particularmente na Bica é apreensão distinta que se pode ter do bairro: quando descemos a encosta, com o Rio Tejo ao fundo, o bairro expande-se e adquire aquela pigmentação e luminosidade únicas de Lisboa; quando o subimos, em direcção ao Bairro Alto, a Bica circunscreve-se, em tons de cinzento, e são os pequenos pormenores da vida quotidiana das suas gentes que sobressaem.
A Bica é um dos locais mágicos de Lisboa, uma cidade que continua inexplicável pela sua beleza.
O que me seduz particularmente na Bica é apreensão distinta que se pode ter do bairro: quando descemos a encosta, com o Rio Tejo ao fundo, o bairro expande-se e adquire aquela pigmentação e luminosidade únicas de Lisboa; quando o subimos, em direcção ao Bairro Alto, a Bica circunscreve-se, em tons de cinzento, e são os pequenos pormenores da vida quotidiana das suas gentes que sobressaem.
A Bica é um dos locais mágicos de Lisboa, uma cidade que continua inexplicável pela sua beleza.
Etiquetas: Alfacinha de gema, Lisboa é uma canção, Santos populares
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