Porque a memória não paga imposto (ainda)
Faz hoje um ano. José Silos Franco, mestre oleiro, homem do povo, deixou a cultura nacional mais pobre com a sua morte.
Há um ano atrás o Carlos Malmoro lembrava-o neste blogue recordando as suas memórias de infância e a magia de uma visita à Aldeia Típica do Sobreiro.
José Franco dizia muitas vezes que pelo dom e fortuna, que atribuía a Deus, se considerava “o homem mais feliz do Mundo”. Embora pecador e descrente assumido nessas matérias, gosto da memória e das pessoas. Gosto de recordar os encontros com José Franco. Gosto do gosto que ele tinha em conversar com quem o visitava. Gosto de o recordar sentado na sua adega a tocar acordeão depois de um almoço. Gosto de o ver num 10 de Junho, em Viseu, a receber de Jorge Sampaio, presidente da República, mais uma condecoração. Gosto do prazer que ele tinha na sua vida, frenética e criativa até onde conseguiu. José Franco tinha, de facto, um dom, o de sonhar à frente do seu tempo e tornar esses sonhos realidade usando duas ferramentas simples, as suas mãos. Se hoje há um espaço onde a cultura saloia da primeira metade do século XX esteja protegida é na sua casa, na sua obra e na genialidade que transformou um sonho numa montra do que já fomos. A Aldeia Típica do Sobreiro permanece ainda hoje como um livro aberto que cada leitor pode folhear e saborear sem ter de pagar. À imagem do seu criador.
Há um ano atrás o Carlos Malmoro lembrava-o neste blogue recordando as suas memórias de infância e a magia de uma visita à Aldeia Típica do Sobreiro.
José Franco dizia muitas vezes que pelo dom e fortuna, que atribuía a Deus, se considerava “o homem mais feliz do Mundo”. Embora pecador e descrente assumido nessas matérias, gosto da memória e das pessoas. Gosto de recordar os encontros com José Franco. Gosto do gosto que ele tinha em conversar com quem o visitava. Gosto de o recordar sentado na sua adega a tocar acordeão depois de um almoço. Gosto de o ver num 10 de Junho, em Viseu, a receber de Jorge Sampaio, presidente da República, mais uma condecoração. Gosto do prazer que ele tinha na sua vida, frenética e criativa até onde conseguiu. José Franco tinha, de facto, um dom, o de sonhar à frente do seu tempo e tornar esses sonhos realidade usando duas ferramentas simples, as suas mãos. Se hoje há um espaço onde a cultura saloia da primeira metade do século XX esteja protegida é na sua casa, na sua obra e na genialidade que transformou um sonho numa montra do que já fomos. A Aldeia Típica do Sobreiro permanece ainda hoje como um livro aberto que cada leitor pode folhear e saborear sem ter de pagar. À imagem do seu criador.
Etiquetas: Canal memória
2 Comments:
E eu tabém gosto muito do pão com chouriço que lá vendem ;)
Um verdadeiro mimo!
Enviar um comentário
Voltar à Página Inicial