sexta-feira, junho 12, 2009

a festa...

Cais do Sodré. Comboio para Oeiras. Saida na Cruz Quebrada. É já ali. Camionetas número 27, 34 e 52 procuram entrada para o parque. Nós vamos subindo calmamente pelo meio da mata com um suave cheiro a eucalipto. À nossa frente, de saco às costas, dois vendedores trocam indicações sobre a localização mais indicada para parar. Continuamos a subir. Avistam-se mais alguns caminhantes e vão-se revelando já as cores da tarde: azul e amarelo.

Fim da subida e o maralhal adivinha-se pela rua à direita. Tendas e barraquinhas, bifanas e cervejas, gelados e cachecóis. No final, o acumular dos autocarros - os tais 52 que passaram por nós na entrada. Com os autocarros vazios, as pequenas multidões concentram-se de volta de churrascos improvisados, partilhando algo mais que uma refeição. Alegrias e esperanças, ainda que incompatíveis, co-existem de forma saudável - este ano somos todos amigos, diz-se.

Terminadas as refeições, arruma-se o estandarete e vá de rumar calmamente ao palco da tarde. As cores, agora separadas, mostram um contraste não visível até então, que se vai afirmando cada vez mais em aplausos e assobios.

A tarde já vai longa e os ânimos quentes vão esfriando num súbito nevoeiro que parece reflectir melhor um novo estado de espírito. O espectáculo chega ao fim, os assobios esvaiem-se e ficam os aplausos. Glória aos vencedores e honra aos vencidos. Continuamos todos amigos... só um pouco menos entusiastas...


Ah, entretanto, diz que houve um jogo de futebol...

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