Uma espécie de mezinha miraculosa
O adulto (ou jovem) desempregado surge no centro de emprego e é-lhe diagnosticada uma doença conjuntural, aparentemente passageira, motivada ora por herança genética, ora por negligência pessoal, ora por conjuntura social, ora por acasos diversos (conjugação explosiva e aleatória de factores genéticos, pessoais e sociais).
Face à doença conjuntural, com um certo perfil estrutural, o profissional do centro de emprego receita-lhe uma terapia milagrosa - cursos de reconversão profissional ou outra actividade de política pública de combate ao desemprego – uma espécie de receita que combate todas as doenças.
O adulto aprende a auto-medicar-se e passa a utilizar tal comprimido para todas as doenças, enfim aquela mezinha é afinal miraculosa.
Paradoxos:
As políticas de combate ao desemprego não serão antes uma terapia de auto-medicação, sempre que o desenvolvimento científico e tecnológico (ou outro) exclua do mercado de trabalho profissionais menos qualificados?
E quando o patamar de exclusão começar a subir a escadaria da estratificação social, continuaremos a demonstrar aquela atitude levemente social, levemente política, levemente privilegiada e levemente indiferente?
Face à doença conjuntural, com um certo perfil estrutural, o profissional do centro de emprego receita-lhe uma terapia milagrosa - cursos de reconversão profissional ou outra actividade de política pública de combate ao desemprego – uma espécie de receita que combate todas as doenças.
O adulto aprende a auto-medicar-se e passa a utilizar tal comprimido para todas as doenças, enfim aquela mezinha é afinal miraculosa.
Paradoxos:
As políticas de combate ao desemprego não serão antes uma terapia de auto-medicação, sempre que o desenvolvimento científico e tecnológico (ou outro) exclua do mercado de trabalho profissionais menos qualificados?
E quando o patamar de exclusão começar a subir a escadaria da estratificação social, continuaremos a demonstrar aquela atitude levemente social, levemente política, levemente privilegiada e levemente indiferente?
Etiquetas: Desemprego, Elisabete no mundo das fadas, Políticas de ocupação de tempos livres
2 Comments:
Interessante o teu artigo.
Relacionado e por recomendação do JP Castro no twitter:
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