Crise, Mentiras e Sócrates
Como é que um crescimento positivo de 0,8 por cento em 2009 se transforma num decréscimo de 0,8 por cento em 2009? Como é que um Orçamento de Estado apresentado à porta do último trimestre de 2008, em plena crise, mantém a ideia do Portugal optimista e acima das grandes economias? O melhor que podia acontecer a José Sócrates era mesmo esta crise mundial, o que antes era o “Portugal melhor preparado para enfrentar a crise” é agora o “Portugal que sofre com a maior crise financeira de que há memória, nas últimas décadas, a nível mundial”.
Por favor alguém entreviste o único homem do Governo que ainda não falou, alguém pergunte a Manuel Pinho, ministro da Economia, quem foi o idiota que em 2006 lhe passou a ideia de que “a crise acabou” e que a questão seria “saber quanto Portugal vai crescer”.
Hoje, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, admitia aquilo que à própria agência Lusa foi negado reconhecer, que a “recessão” está aí, que é preciso investir na salvação de empregos. Deixo aqui uma proposta simples: entre 2008 e 2009, o concelho de Mafra perde 17 empregados administrativos na área da saúde por reforma, e vai perder quatro médicos, aumentando para quase 28 mil, cerca de um terço dos habitantes, o número de munícipes que nem sequer tem médico de família, num serviço que já tinha a falta de seis médicos. Parece pouco mas não é: multiplique-se este facto à dimensão do país. Se num concelho pequeno como é o de Mafra estamos a falar de 27 profissionais em falta, excluindo ainda os enfermeiros, e este é um serviço básico que o Estado está, através da Constituição, obrigado a prestar, como é que se pode acreditar na “protecção ao emprego”? Se é isso que defendem podem começar por aqui, pela Saúde, o pior é que não se vislumbra nem se anuncia qualquer mudança, ou seja, já não basta o espectro do desemprego a pairar sobre a cabeça agora é preciso também apelar ao espírito do Dr. Sousa Martins para tratar das maleitas.
Por favor alguém entreviste o único homem do Governo que ainda não falou, alguém pergunte a Manuel Pinho, ministro da Economia, quem foi o idiota que em 2006 lhe passou a ideia de que “a crise acabou” e que a questão seria “saber quanto Portugal vai crescer”.
Hoje, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, admitia aquilo que à própria agência Lusa foi negado reconhecer, que a “recessão” está aí, que é preciso investir na salvação de empregos. Deixo aqui uma proposta simples: entre 2008 e 2009, o concelho de Mafra perde 17 empregados administrativos na área da saúde por reforma, e vai perder quatro médicos, aumentando para quase 28 mil, cerca de um terço dos habitantes, o número de munícipes que nem sequer tem médico de família, num serviço que já tinha a falta de seis médicos. Parece pouco mas não é: multiplique-se este facto à dimensão do país. Se num concelho pequeno como é o de Mafra estamos a falar de 27 profissionais em falta, excluindo ainda os enfermeiros, e este é um serviço básico que o Estado está, através da Constituição, obrigado a prestar, como é que se pode acreditar na “protecção ao emprego”? Se é isso que defendem podem começar por aqui, pela Saúde, o pior é que não se vislumbra nem se anuncia qualquer mudança, ou seja, já não basta o espectro do desemprego a pairar sobre a cabeça agora é preciso também apelar ao espírito do Dr. Sousa Martins para tratar das maleitas.
Etiquetas: Ai Portugal Portugal
1 Comments:
Essa do Manuel Pinho é resultado de liberdades poéticas. Ele é conhecido pelo Poeta...
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