quarta-feira, setembro 10, 2008

mas afinal o que é o Comunismo?... [II]

O documentário alemão exibido pela RTP2 na semana passada - Comunismo - história de uma ilusão - passou em revista o Comunismo soviético de Lenine, Estaline, Khrushchov, Brejnev e Gorbachev. Após a demissão deste último, das imagens da descida da bandeira vermelha, a série terminou com algumas frases de "resposta" a

Terá o Capitalismo ganho de vez ou terá o Comunismo ainda futuro?

«O Comunismo é simplesmente a visão, a ideia, mas também a ideia de que as pessoas não têm de estar eternamente sujeitas às leis selvagens da concorrência.»
[o comunismo não como sistema, mas como contra-sistema...]

«O sistema comunista, como foi introduzido na Rússia em 1917, desacreditou-se a si próprio de tal forma que não tem futuro.»
«As lições da História foram tão duras que penso que ninguém pode insistir nessas posições e nessas ilusões.»
[onde é que eu já ouvi isto?... =)]

«Mas a ideia da igualdade das pessoas existirá nas nossas almas para sempre.»
«A ideia da igualdade fascinará sempre as pessoas, mas considerarem-se comunistas por causa disso é uma questão inteiramente diferente.»
[seja!...]


O Comunismo europeu como sistema não sobrevive, as lesões foram demasiado graves... Pode, então, uma ideologia sobreviver sem um sistema que a suporte?... Sem a ambição clara de se concretizar em pleno?... Pode a voz de uma ideia resumir-se ao garante de um equilíbrio?... Uma espécie de força que impede uma queda do outro lado, mas que se desvanece na iminência de uma proximidade objectiva?...


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4 Comments:

Blogger MRP said...

engracado! os liberais mais puristas fazem também frequenetemente este género de raciocínio, sobre se faz ou nao sentido (ou mesmo se é fazível) a concretizacao do liberalismo em sistema (e nao apenas como ideário garante de equilibrio)

quarta-feira, setembro 10, 2008 5:54:00 da tarde  
Blogger Nelson Reprezas said...

Este comentário foi removido pelo autor.

quinta-feira, setembro 11, 2008 3:01:00 da tarde  
Blogger Nelson Reprezas said...

"...mas também a ideia de que as pessoas não têm de estar eternamente sujeitas às leis selvagens da concorrência..."

Mas porque não? E porque é que as leis da concorrência têm de ser apelidadas de selvagens?

"...A ideia da igualdade fascinará sempre as pessoas..."

Não concordo, Cristina. Acho que a expressão identitária como indivíduo terá sempre um efeito muito mais apelativo que a expressão colectiva.

Salut :)

quinta-feira, setembro 11, 2008 3:02:00 da tarde  
Blogger cristina said...

mrp.
«engraçado», pois...

espumante.
Porque não hão-de estar as pessoas simplesmente sujeitas à concorrência?! Porque, lá está, são leis "selvagens". Porque resultam unicamente de variações de forças - e nós sabemos mais do que isso!

A identidade acima da igualdade?... Percebe-se pelo instinto mas rejeita-se pela razão... - é feio ser egoísta! ;)

segunda-feira, setembro 15, 2008 1:21:00 da manhã  

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