domingo, julho 13, 2008

O debate-detergente

A democracia é o melhor dos regimes até prova em contrário, ouve-se por aí.

A democracia é o melhor dos regimes até ao debate-detergente de questões como:

- a qualidade da justiça

- a qualidade da educação

- a qualidade da saúde

- a …

enfim, a qualidade dos sistemas de apoio aos diversos estratos sociais cujos problemas são profundamente debatidos em cimeiras do G8, G7, europeias, africanas, etc.. As tais cimeiras dos donos do mundo e em que se resolvem, muito pragmaticamente, as tais questões compressoras.

Perante o estado actual da democracia uma questão-detergente surge no horizonte: estaremos perante a apoteose de um sistema político?

O sistema monárquico afundou-se nas malhas da corrupção e inaptidão para integrar e resolver os problemas da maior parte dos seus serviçais. A democracia parece afundar-se no faz de conta do espectáculo, previamente produzido pelo sistema oleado de uma qualquer produtora independente.

Será que as classes sociais “emergentes” de todas as épocas não terão de se aperceber que a sua “tranquilidade” depende tão só de uma certa “solidariedade” redistributiva?

Ou deveremos continuar a assistir impávidos e serenos à violência, corrupção, estrangulamento e queda de mais um sistema político de organização da sociedade?

E a escoltar as investidas “hollywoodescas” de quem está perfeitamente convencido de que a violência não tem absolutamente nada a ver com a defesa de determinada ideologia ou "desorganização" económico-social.

Se calhar o Platão tem razão: o melhor é continuarmos presos na caverna, fazendo de conta que o mundo lá fora é algo que não nos pertence.

Enfim, como qualquer dependente comum e com a vantagem de exercitarmos um vício individualista.

Qualquer coisa como a apoteose dos indivíduos e das suas irrealidades.

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1 Comments:

Blogger MRP said...

a queda do sistema é inevitável. assitir impávido e sereno ou emocionado e excitado é uma questao de opcao.

segunda-feira, julho 14, 2008 2:36:00 da tarde  

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