sexta-feira, abril 18, 2008

António Variações (1944-1984)


Jamais esquecerei um homem vestido de verde alface, bebericando um café ao balcão de um snack bar.
Novidade, excentricidade e diferença são palavras cujo um dos sinónimos possíveis é, para mim, António Variações.
Quanto à música?
Odiava a batida techno, adorava as letras...

Sempre Ausente

diz-me que solidão é essa
que te põe a falar sozinho
diz-me que conversa
estás a ter contigo

diz-me que desprezo é esse
que não olhas p'ra quem quer que seja
ou pensas que não existe
ninguém que te veja

que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos

lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente

mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar
mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar
mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar

diz-me que loucura é essa
que te veste de fantasia
diz-me que te liberta
de vida vazia

diz-me que distância é essa
que levas no teu olhar
que ânsia e que pressa
que queres alcançar

que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos

lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente

mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar
mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar
mas eu estou sempre ausente e não me conseguem alcançar

não me conseguem alcançar
não me conseguem alcançar
não me conseguem alcançar

Letra
Imagem

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2 Comments:

Blogger Rodrigues said...

Uma das personalidades dos oitenta portugueses, com mais para explorar e nem sempre lembrado. Um marco na Cultura nacional pela ruptura, num pais cinzento e apagado...

Deixo o link para um texto que acho excelente de um blog sobre os oitenta sobre António Variações » http://electrico80.blogspot.com/2007/06/faz-hoje-23-anos-que-antnio-variaes-nos.html

Saudações

sábado, abril 19, 2008 2:17:00 da tarde  
Blogger cristina said...

Quando tomei consciência do senhor, ele já não andava por cá. E lembro-me que me foi um bocado estranho perceber as explicações do porquê...

«Sempre ausente» faz parte da minha pequena selecção de letras.

domingo, abril 20, 2008 1:32:00 da tarde  

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