quarta-feira, março 26, 2008

Memórias alinhavadas dos setentas

Em 1974, Portugal a braços com a revolução dos cravos, a economia na sua primeira grande crise petrolífera, afinal a prosperidade do pós-guerra parecia ter um final e infeliz, a inflação a 10%, o poder de compra, essa espada de dois gumes em cima da cabeça das economias mundiais, a baixar drasticamente e, ao que parece, o principal responsável pela crise económica, a OPEP, com um problema grave de obesidade, em 1973 engordara 15 mil milhões de dólares, enquanto em 1974 não havia balança mundial que aguentasse os seus 85 mil milhões dólares.
Como o mundo mudou entretanto...

Chinatown, 1974, Jack Nicholson (J.J. 'Jake'), Faye Dunaway (Evelyn), Polanski num dos seus melhores filmes, um detective em busca de um adultério tropeça com um crime, um jogo de gato e rato entre ‘Jake’ e Evelyn. Lembro-me que o argumento de Chinatown foi citado como exemplo em obras de construção de guiões cinematográficos. David Field escreveu assim sobre ChinaTown:
“Até onde posso afirmar, Chinatown é o melhor roteiro americano escrito durante os anos 70. Não que seja melhor que Godfather I ou Apocalipse Now (…), mas como experiência de leitura, a história, a dinâmica visual, o cenário, os antecedentes, o subtexto de ‘Chinatown’ são tramados de forma a criar uma sólida unidade dramática de uma história contada em imagens.
(…)
O que o faz [roteiro] tão bom é que ele funciona em todos os níveis – história, estrutura, caracterização, visual – e que tudo o que precisamos saber é apresentado nas dez primeiras páginas.
(…)
Chinatown um detetive particular que é contratado pela esposa de um homem proeminente para descobrir com quem ele está tendo um caso amoroso, e no processo envolve-se em vários assassinatos e descobre um escândalo de grandes proporções no suprimento de água.” p.61

Fontes:
economia
FIELD, Syd, Manual do Roteiro (1995). Rio de Janeiro: Objectiva.

Chinatown até deu azo a paródias e com graça...


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