Coisas de época IV
Caminhámos juntos, perdidos nos nossos próprios pensamentos. Esqueço-me de onde estamos, ou de quando foi. Depois tu aproximaste-te, fizeste-me uma festa no cabelo e pegaste-me na mão; eu sei que me estavas a agarrar na mão e a falar comigo docemente. De súbito tive a sensação de que tudo estava como deveria e nada podia ser acrescentado a esta felicidade ou satisfação. Isto era tudo o que existia, e tudo o que poderia existir. O melhor de tudo tinha-se acumulado neste momento. Só podia ser amor.
Hanif Kureishi, (1998), Intimidade
Hanif Kureishi, (1998), Intimidade
Etiquetas: Dia da Mulher à porta
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