Coisas de época
Perguntas sempre: "Quando estás longe tens saudades de mim?" Respondo-te sinceramente:
- Não. Não creias que a distancia separe, o que separa é o esquecimento.
Tem-se saudade dos que já não vivem, dos que já não se vêem. E, como queres que a saudade me atormente se estás sempre em meu coração?
Saudade, não, porque vives commigo, porque a toda a hora sinto que palpitas em mim, dentro de minh'alma.
A saudade, amor, é o fogo fátuo das venturas mortas, pairando sobre o coração.
- Não. Não creias que a distancia separe, o que separa é o esquecimento.
Tem-se saudade dos que já não vivem, dos que já não se vêem. E, como queres que a saudade me atormente se estás sempre em meu coração?
Saudade, não, porque vives commigo, porque a toda a hora sinto que palpitas em mim, dentro de minh'alma.
A saudade, amor, é o fogo fátuo das venturas mortas, pairando sobre o coração.
Coelho Netto, Romanceiro, Porto, Lello & Irmão, 1906
Etiquetas: S. Valentim à porta
1 Comments:
Oh!... Hélder, que bonito!...
(Não concordo com o que escreve o senhor, mas lá que é bonito, é!)
:)
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