quarta-feira, janeiro 16, 2008

Prós e Contras

Há por aí muita gente a cantar as virtudes da sociedade civil, alguns exemplos:
Zita Seabra, no Prós e Contras, e a pressão da sociedade civil contra a OTA, António José Saraiva, a propósito das diferenças de fundo dos dois candidatos à liderança no BCP, alguns defensores de menos educação para a cidadania, pois os pais não precisam que o estado “inculque” valores aos seus filhos, enfim à sociedade civil o que pertence à sociedade civil e ao estado o que pertence ao estado.
Só tenho uma pequena dúvida e ainda não a vi esclarecida em lado nenhum, menos estado é proporcional a menos impostos?

Espreito a TV e vejo dois mundos, aparentemente, inconciliáveis:
- o mundo das grandes e médias empresas e do poder autárquico das grandes cidades – o primeiro mundo;
- o mundo das pequenas e médias empresas e do poder autárquico do interior e das pequenas autarquias – o segundo mundo.
Estes dois mundos confrontaram-se segunda-feira passada no Prós e Contras.
De um lado senhores dignos e tecnicamente notáveis, como alguns dos presentes, por exemplo, Augusto Mateus, o bastonário da Ordem dos Engenheiros, um representante do IST, enfim, a cartilha “maternal” da credibilidade, e alguns autarcas, dignos representantes do devassamento da paisagem portuguesa e das obras megalómanas, e dos empreendimentos elefantes brancos, e de algumas aberrações que persistem em recriar por todo esse Portugal fora; mas, os digníssimos representantes do primeiro mundo, conhecem bem os colegas que "legitimam" a gula dos autarcas megalómanos do segundo mundo.

Os dois mundos são, aparentemente, inconciliáveis.

Um mundo é o digno representante de uma determinada classe, outro de outra.
Um mundo mais preparado, tecnicamente e intelectualmente falando, e outro menos preparado e superficial, mas com alguma responsabilidade de poder.

E entre estes dois mundos sobrevive uma ligação indelével: a do governo da nação.

Etiquetas: ,

Partilhar