Validação de Competências
A rapariga, de ar levemente citadino, fotografava a paisagem ambiental com o seu telemóvel topo de gama. Do lado de lá da estrada um homem de aspecto maduro, alto e de roupas "sucatadas" grita em tom agressivo:
- olhe que não é permitido tirar fotografias.
A rapariga observa o homem surpreendida e continua a fotografar a paisagem emoldurada de carros velhos, qual deles o mais embevecido e ingenuamente autoritário perante a permissividade da mãe natureza, sempre a mesma mãe galinha, sempre a mesma pose de protecção perante os seus filhos, alguns já em idade de reforma. Enfim, uma mãe é sempre uma mãe.
- veja lá se quer qu'eu lhe parta a máquina fotográfica dizia, aproximando-se, o homem socialmente maduro.
A rapariga citadina olha o homem de frente, do lado de cá da estrada, e responde:
- ouça lá, o senhor pensa qu'eu tenho medo de agressões verbais?
O homem com voz estridente responde:
- ouça lá ó seu monte de merda, você pensa qu'eu não vou atrás de si? Olhe qu'eu vou saber de onde é que você é, olhe que você tenha cuidado!
A rapariga encaminha-se em direcção ao carro sorridente enquanto pensa: quem sabe se estou perante um futuro formando de um Centro de Novas Oportunidades. Quem sabe se depois das competências validadas eu passe de um monte de merda a um monte de esterco.
- olhe que não é permitido tirar fotografias.
A rapariga observa o homem surpreendida e continua a fotografar a paisagem emoldurada de carros velhos, qual deles o mais embevecido e ingenuamente autoritário perante a permissividade da mãe natureza, sempre a mesma mãe galinha, sempre a mesma pose de protecção perante os seus filhos, alguns já em idade de reforma. Enfim, uma mãe é sempre uma mãe.
- veja lá se quer qu'eu lhe parta a máquina fotográfica dizia, aproximando-se, o homem socialmente maduro.
A rapariga citadina olha o homem de frente, do lado de cá da estrada, e responde:
- ouça lá, o senhor pensa qu'eu tenho medo de agressões verbais?
O homem com voz estridente responde:
- ouça lá ó seu monte de merda, você pensa qu'eu não vou atrás de si? Olhe qu'eu vou saber de onde é que você é, olhe que você tenha cuidado!
A rapariga encaminha-se em direcção ao carro sorridente enquanto pensa: quem sabe se estou perante um futuro formando de um Centro de Novas Oportunidades. Quem sabe se depois das competências validadas eu passe de um monte de merda a um monte de esterco.
Etiquetas: Competências, Elisabete no mundo das fadas, Ora dê lá ouvidos ao competente aqui do lado
3 Comments:
Eu uma vez fui a Coimbra a uma entrevista numa universidade. Não foi assim, mas pouco faltou.
A tipa para começo de conversa pergunta-me se um dos meus graus académicos era reconhecido, estive quase para lhe responder à letra, mas felizmente decidi deixa-la ficar na dela que é o que se deve fazer neste tipo entrevistas.
Com o benefício da distância que o tempo dá e uma situação profissional finalmente resolvida só lamento uma coisa, não ter tido a oportunidade de tomar café com uma amiga minha (que muito estimo) que mora por aquelas bandas.
Abraço
Nancy, tenho lido com alguma atenção os seus últimos posts, não me lembro de ter comentado nenhum, não por falta de interesse, diga-se.
Mas este último parágrafo fez-me rir a bem rir e permita-me que um dia destes use e abuse dele, como se fosse meu.
Luís, Um dia destes tomamos o tal café;
Maria, use e abuse do post.
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