terça-feira, outubro 16, 2007

As coisas que a gente lê I


Ontem li a seguinte frase de William Faulkner:
«como éramos pessoas felizes se todos os nossos erros se pudessem comer».
É ou não deliciosa naquilo que diz e deixa em aberto?
A frase conclui um acontecimento importante a criada X(?) fez uma quantidade de bolos, cuja necessidade se revelou desinteressante, continua com noções hilariantes acerca de economia doméstica, incluindo ovos e etc e tal e remata a pequena história com a frase anterior.
Tudo isto está incluído na obra «Na minha morte», cujas primeiras páginas, as que eu li, são monólogos interiores impressionantes na sua verosimilhança com a realidade.
Lemos Faulkner como se a personagem dialogasse connosco, e, confesso, é a minha primeira vez.
É sempre interessante relembrarmos a nossa primeira vez perante um fascínio, seja ele qual for.

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