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Hoje, 22 de Setembro, é Dia Europeu Sem Carros. Por isso, vamos todos andar um bocadinho a pé ou de bicicleta ou de transportes públicos... Diz-se que é apenas uma questão de simbolismo... Diz-se até que há muita hipocrisia pelo meio... Pois o ano tem mais uma montanha de dias em que ninguém faz o que quer que seja!!!... Não acho que a pretensa hipocrisia de ser apenas um Dia deva ser razão para nos recusarmos a fazer alguma coisa de positivo. E, mesmo que seja por uma questão simbólica, não custa muito. Hoje até é sábado, fica tudo mais fácil.
Agora vou ali limpar o pó à bicicleta para o dia que há-de amanhecer. Por isso, escuso-me de vos ir procurar no google as iniciativas que vão decorrer um pouco por todo o país... Mas, independentemente de iniciativas organizadas, esqueçamos, por um dia, a chave do carro, calcemos umas sapatilhas confortáveis e ponhamos pés ao caminho!
vão para algum lugar é certo
vão para trás ou vão para a frente
vão para longe ou vão para perto
vão para algum lugar é certo, vão
Sérgio Godinho, "As dúvidas do Gaspar" (in "Os Amigos do Gaspar" 1988)
[rasurado meu!]
imagem adaptada do site do ano passado
Etiquetas: Ambiente, Dias Mundiais, Vidinha
5 Comments:
Cristina,
Normalmente eu tenho um quotidiano que envolve por vezes estar em Braga, Viana, Porto no mesmo dia (com incursões pontuais à Galiza ou a outras cidades do país. Mas detenhamo-nos nestas três). Sabendo tu a oferta de meios de transporte que existe, por exemplo, do Porto para Viana, ou do Porto para Braga o que me aconselhas: despeço-me e paro a tese, adio as reuniões porque só tenho comboio dali a três horas ou faço o trajecto de bicicleta? ;)
Beijocas
Hoje vou a um casamento. Daqueles que são de arragalar os olhos. Cerimónias muito bonitas. Serviço de copo d´água em locais paradisíacos. Em grande, presumo eu!
E eu a pensar com os meus botões:
Para quê estas festarolas todas se, na maior parte dos casos, passado algum tempo, já está cada um para seu lado?!...
E se tivesse sido decretado dia sem carros a nível nacional?
Sempre íamos para mais perto ou de comboio. Talvez que eu até voltasse a dar ar aos pneus da bicicleta, parada há lá sei quanto tempo!
Felicidades! Fruam este dia a preceito!
António Nunes
Não sei como é que as coisas correram aí pelos teus lados. Aqui em Lisboa foi o pandemónio e até a insuspeita RTP afrmou que nunca o dia sem carros oi tão complicado. É um cenário patético ver duas ou três dúzias de pessoas a andar de bicicleta na Avenida da Liberdade e outras tantas a saltar ao eixo ou a fazer rodinhas e, a poucos metros, imensas filas de trânsito empastelado. Gente com os nervos em pé, gente eventualmente com grandes prejuízos e graves inconvenientes por não poderem circular de carro em artérias vitais como a av. da Liberdade, o Terreiro do Paço e outras do género.
Pronto. Já discordei. Bom domingo
:))
francamente acho que é difícil arranjar uma comemoração mais ... enfim... pensem num eufemismo qualquer para idiota.
o que se passou ontem comprova também um outro "fenómeno". os meios de comunicação deixaram pura e simplesmente de comunicar, ou de ter quem lhes dê atenção: ninguém sabia deste dia tão especial e das brilhantes iniciativas que se preparavam.
e ainda outro: quem programa estas coisas ( e outras) vive ainda num planeta em que era usual gozarem-se pacatamente os fins de semana longe do bulício das cidades.
carlos:
O que tem de ser tem muita força. Mas há muita coisa que não tem de ser! E neste caso do Dia sem carros a ideia é incentivar a redução de carros dentro das cidades. Portanto, se tem de ser, "estás autorizado" a fazer serviço de inter-cidades na tua viatura, mas dentro da urbe podes - quando podes! - repensar as movimentações.
as-nunes:
A ideia é tirar os carros dos centros das cidades, não é tirar os carros do país :) Não se pode querer tudo de uma vez!!! Independentemente disso, podes sempre fazer uma visita à tua bicicleta - coitadinha, deve sentir saudades! A minha sentia... fartou-se de abanar a cauda quando me viu ;)
espumante:
Eu estive em Aveiro, que constatei ser uma cidade óptima para andar de bicicleta! Por lá só se fechou uma avenida, o que complicou as movimentações dos automobilistas, mas não os impediu de levar o carro no centro - sim muito mais stressados, mas levaram.
Não acho que seja patético o cenário que traças. Mas é pena que as pessoas só adiram as iniciativas quando são obrigadas... Longa vida a essas três dúzias de bicicletas :)
rui:
Não acho idiota. Mas concordo que a divulgação foi muito má.
A ideia não é afastar as pessoas do bulício da cidade. A ideia é levá-las lá, mas de outra maneira, valorizando espaços e não só ligações.
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