praia do Barril
Manhã cedo, porque a viagem ainda é longa e todos querem aproveitar bem o tempo, toca a carregar o carro: sacos, toalhas, guarda-sóis, pára-vento – sim, porque nesse dia estava sempre vento! – brinquedos, raquetes, bolas e lancheira preparada para o dia passado fora. 10 min depois da partida: «Ainda falta muito?...» «Falta!»
Muitas perguntas depois, finalmente, o «Ainda falta muito?» tem uma resposta positiva. Já se
vêem as casinhas de Pedras d'el Rei. Chegamos à ria. Estaciona-se e toca de tirar do carro: sacos, toalhas, guarda-sóis, pára-vento, brinquedos, raquetes, bolas e lancheira. Uff... Ainda falta para chegar, mas aproxima-se um dos momentos mais ansiados: o comboinho! Antes disso, ainda a ponte... Por causa dela, havíamos trocado os chinelos pelas sandálias, não fosse algum ficar preso nas tábuas mal alinhadas. Guardam-se os chapéus para não voarem e cá vamos nós alegremente pela ponte flutuante que abana à passagem dos visitantes e muda de configuração ao sabor das marés...
O comboiinho!!! "Confortavelmente" instalados,
com a mão direita a segurar o saco, a esquerda a agarrar a criança que se abraça ao seu balde, o pé direito a fixar o guarda-sol e a perna esquerda a amparar a lancheira, a cabeça gira como pode para espreitar a fuga dos caranguejos à passagem barulhenta do comboio. Tu-tu tu-tum tu-tu tu-tum... Como eu gosto de andar no comboinho! Uma pausa a meio do curto caminho, para permitir o cruzamento com o segundo comboio – vazio! – em sentido contrário. Chegamos à praia! Volta a carregar o saco, a toalha, o guarda-sol, o pára-vento, os brinquedos, as raquetes, as bolas e a lancheira.
Uma pequena caminhada até ao espaço perfeito que combina as dunas, o areal, e o mar. Monta-se o "estandal"! «Já posso ir para a água?» Desta vez, a resposta é afirmativa à primeira, pois o tempo da viagem havia já permitido a di
gestão sossegada do pequeno-almoço. A água límpida e carregada de algas verdinhas aguça e retrai a vontade do mergulho; mas devagar, devagarinho e procurando o melhor local, a gente habitua-se [ou não!] àquela presença estranha. Um grande passeio pelo areal imenso é acompanhado pela recolha de conchas, búzios e pedrinhas. Hora da construção: uns túneis, uns castelos, uns desenhos de dedo espetado na areia – tudo cuidadosamente aprumado. Uma voltinha de gaivota é motivo de festa. Mas, para além do comboiinho, um outro ponto forte do dia também se faz ouvir à distância: «boliiiiiiiiiinhas!!!» – é que, de facto, as melhores bolas de berlim sem creme são as da praia do Barril; não há dúvidas!!!
O dia começa a chegar ao fim... Arrumam-se os sacos, as toalhas, os guarda-sóis, o pára-vento, os brinquedos, as raquetes, as bolas e a lancheira. De novo o comboiinho... De novo a ponte... Ainda dá para um mergulho na piscina e uma bola de gelado em Pedras d'el Rei. O pôr do sol põe-nos Tavira no horizonte para um passeiozinho nocturno. E, completamente rota, a viagem de regresso é uma viagem santa no carro que de manhã tanto se havia impacientado... Para o ano há mais!...
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Muitas perguntas depois, finalmente, o «Ainda falta muito?» tem uma resposta positiva. Já se
vêem as casinhas de Pedras d'el Rei. Chegamos à ria. Estaciona-se e toca de tirar do carro: sacos, toalhas, guarda-sóis, pára-vento, brinquedos, raquetes, bolas e lancheira. Uff... Ainda falta para chegar, mas aproxima-se um dos momentos mais ansiados: o comboinho! Antes disso, ainda a ponte... Por causa dela, havíamos trocado os chinelos pelas sandálias, não fosse algum ficar preso nas tábuas mal alinhadas. Guardam-se os chapéus para não voarem e cá vamos nós alegremente pela ponte flutuante que abana à passagem dos visitantes e muda de configuração ao sabor das marés...O comboiinho!!! "Confortavelmente" instalados,
com a mão direita a segurar o saco, a esquerda a agarrar a criança que se abraça ao seu balde, o pé direito a fixar o guarda-sol e a perna esquerda a amparar a lancheira, a cabeça gira como pode para espreitar a fuga dos caranguejos à passagem barulhenta do comboio. Tu-tu tu-tum tu-tu tu-tum... Como eu gosto de andar no comboinho! Uma pausa a meio do curto caminho, para permitir o cruzamento com o segundo comboio – vazio! – em sentido contrário. Chegamos à praia! Volta a carregar o saco, a toalha, o guarda-sol, o pára-vento, os brinquedos, as raquetes, as bolas e a lancheira.Uma pequena caminhada até ao espaço perfeito que combina as dunas, o areal, e o mar. Monta-se o "estandal"! «Já posso ir para a água?» Desta vez, a resposta é afirmativa à primeira, pois o tempo da viagem havia já permitido a di
gestão sossegada do pequeno-almoço. A água límpida e carregada de algas verdinhas aguça e retrai a vontade do mergulho; mas devagar, devagarinho e procurando o melhor local, a gente habitua-se [ou não!] àquela presença estranha. Um grande passeio pelo areal imenso é acompanhado pela recolha de conchas, búzios e pedrinhas. Hora da construção: uns túneis, uns castelos, uns desenhos de dedo espetado na areia – tudo cuidadosamente aprumado. Uma voltinha de gaivota é motivo de festa. Mas, para além do comboiinho, um outro ponto forte do dia também se faz ouvir à distância: «boliiiiiiiiiinhas!!!» – é que, de facto, as melhores bolas de berlim sem creme são as da praia do Barril; não há dúvidas!!!O dia começa a chegar ao fim... Arrumam-se os sacos, as toalhas, os guarda-sóis, o pára-vento, os brinquedos, as raquetes, as bolas e a lancheira. De novo o comboiinho... De novo a ponte... Ainda dá para um mergulho na piscina e uma bola de gelado em Pedras d'el Rei. O pôr do sol põe-nos Tavira no horizonte para um passeiozinho nocturno. E, completamente rota, a viagem de regresso é uma viagem santa no carro que de manhã tanto se havia impacientado... Para o ano há mais!...
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Etiquetas: Pelos caminhos de Portugal
cristina às segunda-feira, junho 18, 2007
5 Comments:
Para quem de momento se encontra enclausurado na cidade, estas memórias da praia do Barril e das respectivas bolas são uma bela de uma tortura...
Com todo o meu egoísmo afirmo que esta praia e todas as suas deliciosas características deveriam ficar não no segredo dos deuses, mas no segredo daqueles que lhe sabem atribuir a devido valor!
Argh, que saudades...
Cristina, so conheço a Praia do Barril "de ouvir dizer" e, portanto, aceito deportivamente a superior qualidades das suas (dela, da praia) bolas de Berlim, sem creme. Ja agora, as do Guincho tambem nao tem creme, so que nao resisti ao apelo da foto, muito creme, muita cor, muito apetite ocular e os olhos tambem comem. Pesoalmente tambem prefiro sem creme :))
Dito isto e depois do que dizes no post um dia terei de ir a praia do Barril. Eu tenho um problema na vida, sabes? Ja vi tantas e tao boas praias que hoje dificilmente me enamoro de outra. O Guincho eh um caso ah parte. Ha por ali algum sentimento de pertença, andei por la miudo a apanhar cabozes e polvinhos naqueles rochedos do meio da praia. Daih alguma da minha mariquice em relaçao ao Guincho. Alias, um dia fiz um post dedicado a praia do Guincho. Mas ja foi ha muito tempo. Se o encontrar dou-te o link e vais la ler.
A cavaqueira estah agradavel mas ainda estou no escritorio e ainda tenho assuntos para tratar :))))
Agradecendo os elogios à estância balnear, mas solicito encarecidamente que guardem o segredo bem guardado!
Não é que seja egoísta, mas o Levante do último Inverno fez estragos e cada metro quadrado da praia vale agora muito mais...
pata:
Quando o físico não pode, liberte-se o espírito da memória!
Disfrute, então, quem o sabe apreciar!
espumante:
Sem creme, só no Barril e numa padaria em Albufeira. Todas as outras me parecem demasiado secas. No entanto, até nem me enamorei pelas tuas bolas - as do post, entenda-se! Prefiro o creme mais amarelo/alaranjado e menos opaco... - não estou a conseguir descrever a imagem que tenho na cabeça...
A "praia do comboiinho" faz parte das minhas memórias de infância... Percebo o que dizes! Quando lá fores, vê lá se a tratas bem, senão a pata e o jg ainda me processam! :)
jg:
Lamento os estragos e louvo o sentimento de defesa e o carinho protector.
Como a conheço desde que me lembro, não sabia que era segredo. Fica em boas mãos! :)
Qual segredo JG?
Não há fim de semana, de tempo bom ,que os carros não estejam estacionados quase até Santa Luzia, passo o exagero, pode experimentar a Terra Estreita, se não experimentou, sai de barco de Santa Luzia, que é muito agradavel. Vivo em Tavira e, felizmente, usufruo do Barril e da Ilha de Tavira,todo o ano, e, de facto, as bolinhas do Marinho Papo-seco são as melhores do planeta!
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