quinta-feira, abril 19, 2007

Libera Me


Livrai-me, Senhor,
De tudo o que for
Vazio de amor.

Que nunca me espere
Quem bem me não quer
(Homem ou mulher).

Livrai-me também
De quem me detém
E graça não tem.

E mais de quem não
Possui nem um grão
De imaginação.

Carlos Queirós
(1907-1949)
Andrade, Eugénio de, Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa, Porto, Campo das Letras, 2000, p.436


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