com cheirinho a Brasil...
Maria João
Confesso não ser, à partida, grande fã das suas variações, por vezes, demasiado... amalucadas... Por outro lado, só a conheço daquilo que passa esporadicamente na rádio e televisão... Já que a senhora veio cá à terrinha, eu não quis deixar passar a oportunidade de a ver ao vivo. Gostei! Gostei das músicas e gostei da genuinidade da pessoa.
Em palco, bateria, contrabaixo, guitarras, harpa e voz. Dois aspectos que queria sublinhar: a harpa e a voz. A harpa pela singularidade do instrumento num agrupamento de jazz. A voz por ser ali, de facto, um instrumento. Maria João tira partido, como poucos, das potencialidades da voz como acompanhamento musical e não só como intérprete de letras.
Foi uma (pré-) apresentação do seu trabalho a solo, que cheira clara e declaradamente a Brasil. O CD – João – sai no próximo dia 16.
Edição: reportagem no Auditório nessa noite de abertura do «Jazz `n` Gaia».
JP Simões
No passado fim-de-semana, a pretexto de um concurso de bandas em Santa Maria da Feira, tivemos JP Simões com honras de encerramento – e com entrada livre :) Lá rumei, eu, ao Teatro António Lamoso para ouvir o senhor numa espécie de tira-teimas. JP Simões, agora a solo, integra também outros projectos. Só ouvi uma vez ao vivo cada um dos grupos: Pop dell'Arte – demasiado barulhentos para mim; Belle Chase Hotel – conhecia pouco e não fiquei com vontade de conhecer mais (uma má experiência, talvez...) e SuperBock na mão e cigarro na boca em palco não é postura pela qual me apaixone à primeira vista...; Quinteto Tati – (já sem a SuperBock!) gostei bastante: ritmos envolventes com letras em português. Do trabalho a solo conhecia-lhe a versão da "Inquietação" [ouvir excerto da versão] de Zé Mário [ouvir original] e sabia-lhe as influências assumidas de Chico Buarque.
No concerto, a plateia, um bocado barulhenta e indiferente, ansiosa pelos resultados do concurso de bandas, não ajudou. Mas do palco veio-me a vontade de voltar a ouvir o cantautor dos nossos dias a falar-nos em português de Portugal, ainda que com um cheirinho a Brasil...
O álbum em digressão – 1970 – saiu no início do ano.
imagens: blitz e JP Simões (blog)
Confesso não ser, à partida, grande fã das suas variações, por vezes, demasiado... amalucadas... Por outro lado, só a conheço daquilo que passa esporadicamente na rádio e televisão... Já que a senhora veio cá à terrinha, eu não quis deixar passar a oportunidade de a ver ao vivo. Gostei! Gostei das músicas e gostei da genuinidade da pessoa.Em palco, bateria, contrabaixo, guitarras, harpa e voz. Dois aspectos que queria sublinhar: a harpa e a voz. A harpa pela singularidade do instrumento num agrupamento de jazz. A voz por ser ali, de facto, um instrumento. Maria João tira partido, como poucos, das potencialidades da voz como acompanhamento musical e não só como intérprete de letras.
Foi uma (pré-) apresentação do seu trabalho a solo, que cheira clara e declaradamente a Brasil. O CD – João – sai no próximo dia 16.
Edição: reportagem no Auditório nessa noite de abertura do «Jazz `n` Gaia».
JP Simões
No passado fim-de-semana, a pretexto de um concurso de bandas em Santa Maria da Feira, tivemos JP Simões com honras de encerramento – e com entrada livre :) Lá rumei, eu, ao Teatro António Lamoso para ouvir o senhor numa espécie de tira-teimas. JP Simões, agora a solo, integra também outros projectos. Só ouvi uma vez ao vivo cada um dos grupos: Pop dell'Arte – demasiado barulhentos para mim; Belle Chase Hotel – conhecia pouco e não fiquei com vontade de conhecer mais (uma má experiência, talvez...) e SuperBock na mão e cigarro na boca em palco não é postura pela qual me apaixone à primeira vista...; Quinteto Tati – (já sem a SuperBock!) gostei bastante: ritmos envolventes com letras em português. Do trabalho a solo conhecia-lhe a versão da "Inquietação" [ouvir excerto da versão] de Zé Mário [ouvir original] e sabia-lhe as influências assumidas de Chico Buarque.No concerto, a plateia, um bocado barulhenta e indiferente, ansiosa pelos resultados do concurso de bandas, não ajudou. Mas do palco veio-me a vontade de voltar a ouvir o cantautor dos nossos dias a falar-nos em português de Portugal, ainda que com um cheirinho a Brasil...
O álbum em digressão – 1970 – saiu no início do ano.
imagens: blitz e JP Simões (blog)
cristina às terça-feira, abril 03, 2007
3 Comments:
Eu não sou propriamente um conhecedor, mas a Nancy é que é senhora para gostar da Maria João.
Aqui, no Brasil, Maria João não aparece na TV. Vou ouvi-la e depois digo a vcs se daqui ela cheira a Brasil mesmo.
www.paranoiapaulistana.blogspot.com
luis:
A nancy é senhora para gostar da João nos dias pares e odiar nos dias ímpares... - digo eu! Mas este «João» parece-me, sim, que será do seu agrado :)
gisele:
Neste «João», João canta (entre outros) Chico Buarque, Vinícius e Caetano. Intercala o português de Portugal com o português do Brasil, que, no fundo, como diz Gilberto, é tudo a mesma língua. :)
Não sei quando é que o CD chega ao Brasil, mas tenho muito gosto em saber a opinião daí do outro lado do oceano. :)
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