como baralhar as coisas II
Novo movimento:
"Eh, pá, talvez, vamos lá a ver, a questão não é assim tão simples"
Uma das frases seleccionadas: "Tenho mesmo de decidir agora?"
Achei este sketch genial! Pois, porque há movimentos pelo SIM e pelo NÃO, mas não há quem proteja os direitos dos INDECISOS. Os indecisos também têm direitos! Isto era obviamente uma sátira, mas muito bem conseguida – digo eu! –, principalmente porque tem um fundo de verdade preocupante... É que há, de facto, aqueles que se vão demitindo do dever cívico, perguntando "tenho mesmo de decidir agora?", alegando que "eh, pá, talvez, vamos lá a ver, a questão não é assim tão simples". Como se aqueles que já decidiram, ou que hão-de decidir até dia 11, se SIM ou se NÃO, achassem que a questão é simples!!! Isto é um modo de baralhar as coisas... Quem opta pelo SIM ou pelo NÃO não o faz de ânimo leve, não o faz por achar que a questão é simples! Todos reconhecem que o tema é complexo e todos concordam que o ideal seria não haver a necessidade real desta questão – digo eu! A consumação da decisão pessoal não é uma simplificação, é a resposta a uma necessidade.
[anteriormente: como baralhar as coisas...]
"Eh, pá, talvez, vamos lá a ver, a questão não é assim tão simples"
Uma das frases seleccionadas: "Tenho mesmo de decidir agora?"
[há pouco, no Gato Fedorento na RTP1]
Achei este sketch genial! Pois, porque há movimentos pelo SIM e pelo NÃO, mas não há quem proteja os direitos dos INDECISOS. Os indecisos também têm direitos! Isto era obviamente uma sátira, mas muito bem conseguida – digo eu! –, principalmente porque tem um fundo de verdade preocupante... É que há, de facto, aqueles que se vão demitindo do dever cívico, perguntando "tenho mesmo de decidir agora?", alegando que "eh, pá, talvez, vamos lá a ver, a questão não é assim tão simples". Como se aqueles que já decidiram, ou que hão-de decidir até dia 11, se SIM ou se NÃO, achassem que a questão é simples!!! Isto é um modo de baralhar as coisas... Quem opta pelo SIM ou pelo NÃO não o faz de ânimo leve, não o faz por achar que a questão é simples! Todos reconhecem que o tema é complexo e todos concordam que o ideal seria não haver a necessidade real desta questão – digo eu! A consumação da decisão pessoal não é uma simplificação, é a resposta a uma necessidade.
[anteriormente: como baralhar as coisas...]
3 Comments:
Apelo ao lado barroco de quem me lê: porque é que o voto em branco tem que ser de ânimo leve?
E as mãesinhas que abortam repetidamente, abortam de ânimo leve ou de ânimo pesado?
Ainda no outro dia a minha mãe me contava que oito meses depois de eu ter nascido se teve que dirigir ao vão de escada mais próximo.
luís:
«porque é que o voto em branco tem que ser de ânimo leve?»
- Tens toda a razão! Estou a ser injusta para essa indecisão responsável que votará em branco de forma consciente... Desde já, as minhas desculpas para essa facção. Mas eu dirigia-me (apesar de não o ter explicitado) àqueles que tencionam não ir votar ou que optam por não decidir porque dá muito trabalho, porque não querem ter responsabilidades...
«E as mãesinhas que abortam repetidamente, abortam de ânimo leve ou de ânimo pesado?»
- Pesado! - espero eu...
Tens razão Cristina, o ideal seria que essas questões nem se colocassem. Mas existem. E como tal continuas coberta de razão: como é possível que as pessoas se escusem em participar em questões desta natureza??...
Já agora dou a saber que vou votar SIM. Sim pela liberdade de escolha de mulheres e homens; Sim pela natalidade em condições favoráveis, dignas e em consciência.
Enviar um comentário
Voltar à Página Inicial