DESASSOSSEGOS
«Pertenço a uma geração - ou antes a uma parte de geração - que perdeu todo o respeito pelo passado e toda a crença ou esperança no futuro. Vivemos por isso do presente com a gana e fome de quem não tem outra casa. E, como é nas nossas sensações, e sobretudo nos nossos sonhos, sensações inúteis apenas, que encontramos um presente, que não lembra nem o passado nem o futuro, sorrimos à nossa vida interior e desinteressamo-nos com uma sonolência altiva da realidade quantitativa das coisas».
Bernardo Soares, O Livro do Desassossego
Bernardo Soares, O Livro do Desassossego
Etiquetas: Desassossegos, Fernando Pessoa
3 Comments:
Quando o passado é sistemàticamente achincalhado por quem o devia presevar pelo menos como conhecimento, pois que espera um povo ser sem passado?
Depois admiram-se que uma professora(?) num concurso da RTP tenha escolhido para cognome do Infate D. Henrique o de Infante Santo entre três propostas apresentadas!
Poie é, André! "O Zé não sabe onde pôr as mãos" e "experimenta um certo vazio comum a uma geração"...
O Fernando Pessoa não teve filhos, pois não?...
Nem o Bernardo Soares!
Está todo o fatalismo explicado! :)
Beijola.
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