Che, o fim de um mito
Em certas festas e festivais há sempre pequenas bancas com bugigangas para nos tornar mais bonitas, incensos e com t-shirts. Entre elas, há sempre meia dúzia com o Che estampado. Sempre as achei feias mas para mim o Che era um mártir por uma causa (a do comunismo). Acho, no entanto, a imagem original muito bonita.
Mas por causa de uma polémica recente decidi conhecer melhor a vida deste homem para saber se havia histórias dele que eu desconhecia. Comecei por procurar na Wikipedia espanhola: como Ernesto Guevara nasceu na Argentina, pensei que lá encontraria a biografia mais completa. Não satizfeita, procurei também a Wikipedia em inglês: sendo os Estados Unidos os grandes opositores do comunismo durante a guerra fria, pensei que aqui encontraria informação mais diversificada - pró e contra. Foi aqui que encontrei referências a um texto de Álvaro Vargas Llosa (filho do escritor Mário Vargas Llosa) que tenta desmistificar o mito.
Procurei mais textos deste autor sobre este assunto e encontrei. Por tudo o que li, Ernesto Che Guevara era um comunista que defendia o capitalismo de estado, arrogante para os camponeses e incapaz de estabelecer diálogo com eles. A vida em luta tornou-o sanguinário: muitas vezes matou não por necessidade mas por prazer ou demonstração de poder.
Para mim foi o fim do mito. Os mais criticos e os comunistas poderão dizer que encontrei o que procurei. Sem dúvida. Descobrir a verdade das coisas, por mais que ela doa é importante. Diariamente, constroem-se mitos que é necessário desmontar, sob pena de deixarmos de pensar por nós mesmos. Sendo de esquerda, acho que devemos deixar de viver de mitos e começar a viver de verdades - e esta ideia é válida para a direita também.
REFERÊNCIAS: Na Wikipédia: Che Guevara (em espanhol); Che Guevara (em inglês). Alguns textos de Álvaro Vargas Llosa: The Killing Machine; Diez Tiros al Che Guevara.
Mas por causa de uma polémica recente decidi conhecer melhor a vida deste homem para saber se havia histórias dele que eu desconhecia. Comecei por procurar na Wikipedia espanhola: como Ernesto Guevara nasceu na Argentina, pensei que lá encontraria a biografia mais completa. Não satizfeita, procurei também a Wikipedia em inglês: sendo os Estados Unidos os grandes opositores do comunismo durante a guerra fria, pensei que aqui encontraria informação mais diversificada - pró e contra. Foi aqui que encontrei referências a um texto de Álvaro Vargas Llosa (filho do escritor Mário Vargas Llosa) que tenta desmistificar o mito.
Procurei mais textos deste autor sobre este assunto e encontrei. Por tudo o que li, Ernesto Che Guevara era um comunista que defendia o capitalismo de estado, arrogante para os camponeses e incapaz de estabelecer diálogo com eles. A vida em luta tornou-o sanguinário: muitas vezes matou não por necessidade mas por prazer ou demonstração de poder.
Para mim foi o fim do mito. Os mais criticos e os comunistas poderão dizer que encontrei o que procurei. Sem dúvida. Descobrir a verdade das coisas, por mais que ela doa é importante. Diariamente, constroem-se mitos que é necessário desmontar, sob pena de deixarmos de pensar por nós mesmos. Sendo de esquerda, acho que devemos deixar de viver de mitos e começar a viver de verdades - e esta ideia é válida para a direita também.
REFERÊNCIAS: Na Wikipédia: Che Guevara (em espanhol); Che Guevara (em inglês). Alguns textos de Álvaro Vargas Llosa: The Killing Machine; Diez Tiros al Che Guevara.
11 Comments:
E ainda assim, não é nada disso que fica nas t-shirts... O que é extraordinário...
se foi o alvaro vargas llosa que te convenceu, bem podes dizer que encontraste o que procuravas à tua medida. na vasta literatura sobre e do che, é preciso procurar só numa direcção para encontrar o sr. alvaro.
se procuras um pouco de "verdade" talvez fizesses bem em procurar um pouco mais.
é impressão minha ou este blog anda a deslizar de patins para a direita? um dia é o Filipe a deslumbrar-se com o claudio tellez (para quem o pinochet é assim uma espécie de santa da ladeira), hoje é a sabine com o alvarinho...
e só agora voltei a reparar no título do post. o che guevara foi um personagem histórico com os seus defeitos e qualidades. Considerá-lo "um mito" dá nisto...
O Animatógrafo deixou aqui um comentário espectacular ;) não o poderia deixar passar em claro.
Quanto ao Rui... acho que pode ficar descansado porque de "Direita", aqui, só mesmo a minha pessoa... e mais um ou outro desaparecido. :) Tem toda a razão quando diz que não é com base numa ou outra fonte que se chegam a conclusões de tipo "universal". Mas não é um pouco o que todos fazemos? Como é que foi criado o "mito" do Che? Provavelmente [não o sei] a Sabine tinha um pouco essa ideia "mitológica", e ao ser confrontada com outras visões [opiniões], o "mito" caiu por terra. Nem eu, nem o Rui, nem ninguém pode ter certezas absolutas acerca do Che, por muito que procure, que estude ou que leia. Depende sempre das fontes as conclusões a que poderemos chegar. E também não é fazendo um mix das opiniões sobre o Che que podemos concluir algo de verdadeiro. Tudo isto é sempre muito relativo, mas na minha opinião, a Sabine chegou a uma conclusão interessante... por ela mesmo. E isso é que é importante. Sei que o Che não foi nenhum santinho, mas não me choca nada que alguém queira colocar uma imagem dele numa t-shirts e a use. Há malucos para tudo.
É verdade que o Che é um mito, mas é-o para a habitual minoria esquerdista que viu nele o ícone que está tão alto e distante que nunca poderia ser alcançado. Os Socialistas Revolucionários do Prof. Louçã muito o admiraram, porque sabiam que não teriam que o imitar, embora sempre considerassem as eleições como uma decadência burguesa. Acontece que julgar traz os seus riscos, senão vejamos:
a) à luz dos nossos dias D. Afonso Henriques seria um terrorista separatista;
b) à luz dos nossos dias D. João I seria um traidor por ter incitado à insurreição armada contra o seu próprio rei, D. Filipe III, legítimo herdeiro do trono de Portugal.
Em Portugal escreve-se uma história zarolha, sectária e mentirosa. É óbvio que um zarolho facilmente a tome como verdadeira.
Este artigo é um conjunto de barbaridades bem maior do que as que se supõem terem sido executadas pelo Che Guevara.
Belas fontes... gostei principalmente da Wikipedia, um local onde o conteúdo é passível de ser modificado pelos próprios users.
Um artigo vazio e em que o título não passa de "publicidade enganosa".
No meio da geração rasca há sempre quem tente ser um "illuminati"... enfim, há sempre amuadinhos no sistema!
Apreciei o seu comentário, manuel alves. Mas olhe que D. João I (Séc. XIV - XV) não foi contemporâneo de Filipe III (Séc. XVI).
A Wikipédia pode ser uma fonte discutível. Mas Varga Llosa apresenta factos. Se acham que ele é tendencioso, porque é que não apresentam factos contrários? Se acham que ele mente, digam porque e onde é que ele mente.
Caro Anónimo “illuminati” das 9:31h,
Se for bem depressinha, ainda é capaz de ir a tempo de corrigir esta entrada da Wikipedia. A malta ficava bastante agradecida. É que a malta é rasca… não tem guito para comprar essas enciclopédias com umas capas muito vistosas e lustrosas e que têm lá dentro a já conhecida sapiência dos “illuminati” que com a idade da Sabine andavam a fazer vénias ao Salazar e não perdiam nenhuma sessão da mocidade portuguesa. Agora são uns especialistas em Cha, Che, Chi, Cho e até em Chu.
Os comentários “illuminati” anónimos quando vêem babados é que são vazios… como o seu.
Caros Amigos,
Tudo o que queria vos dizer já foi dito pelo André. Só tenho a acrescentar 2 coisas:
1. Se procurar o outro lado das coisas é "virar à direita" o que será virar à esquerda? Por formação não aceito imposições de pensamentos (únicos), venham elas de esquerda ou de direita.
2. Se arranjarem provas que Álvaro Vargas llosa está totalmente enganado quero ser a primeira a saber.
muito bem.
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