segunda-feira, março 15, 2010

A Alice pós-moderna de Tim Burton

Após ter assistido à última criação cinematográfica de Tim Burton algumas propostas para reflexão.

(a) Alice é uma das personagens literárias símbolo da apologia da maximização da liberdade individual;
(b) Alice contesta o moralismo social.

Defenderá a Alice de Tim Burton os dois critérios anteriores?
Em relação ao primeiro tenho algumas dúvidas, quanto ao segundo não.
Dúvidas em relação ao primeiro:
A Alice de Tim Burton defende uma determinada maximização da liberdade individual, aquela que foi construída segundo um determinado consenso: parece que a liberdade individual só é possível se estabelecer uma aliança entre aventura e lucro, com o seguinte significado: aventura libertária e empreendedora.

Reflexões que questionam a análise anterior e vão mais de encontro ao universo de Burton:
O chapeleiro é uma personagem resignada e decadente, mas o ele de ligação entre dois tipos de autoridade: irracional (rainha vermelha) e racional (rainha branca).
Alice precisa de regressar à infância para conquistar a sua liberdade, mas esta Alice não é a Alice do país das maravilhas (libertária), talvez Burton nos pretenda guiar para uma outra reflexão e questione o estado adulto no seu âmago:

Em nome de quê deveremos sacrificar a nossa liberdade e independência?

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1 Comments:

Blogger cristina said...

Também já vi o filme...
A minha alice, acima da liberdade, é a riqueza dos diálogos... é a lógica do absurdo e o absurdo da lógica.
Teve alguns apontamentos no filme, mas os diálogos absurdamente lógicos não fazem sentido com adultos... As perguntas parvas a respostas idiotas não fluem de forma natural...
A minha alice é definitivamente uma criança!

sexta-feira, março 19, 2010 4:34:00 da tarde  

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