segunda-feira, outubro 26, 2009

Sempre Ausente

Li recentemente alguém que afirmava, peremptoriamente, que a população portuguesa se poderia dividir em meia dúzia de quadrantes, entre os quais:
- os republicanos ressentidos (anti-católicos);
- a esquerda ressentida (anti-Salazarista);
- a direita ressentida (anti-comunista);
- os retornados ressentidos (anti-25 de Abril);
e a população em geral conjugando vivências, deturpando socialização com má-língua, concreto com satisfação das necessidades do dia a dia. Enrodilhados num saber tradicional, informal, desprezando largamente o saber formal, os doutores de meia tigela, etc e tal.
Basicamente somos um país de ressentidos e de ignorantes, ao que parece.
Efectivamente seria bem melhor se os tipos humanos de um país se pudessem encaixotar em gavetinhas, conforme anseiam alguns teóricos das mais variadas áreas do desconhecimento.
Independentemente de todas as perspectivas, há uma característica interessante e comum a meia dúzia de portugueses que eu conheço: a de desejarem estar sempre noutro local. Ao que parece poderemos fazer então o mesmo tipo de exercício, aparentemente será essa ânsia de partir voltando e de voltar partindo a verdadeira essência da alma portuguesa.


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