Democracia, consenso e conflito
Descobri, por acaso, a razão de ser do absurdo em que por vezes se transforma a democracia.
Sinto-me, por isso, uma pessoa brilhante e, especialmente hoje, uma verdadeira democrata.
As minhas conclusões, brilhantes, foram as seguintes:
O regime democrático foi construído há luz de dois elementos essenciais: consenso e conflito.
Existe consenso quando uma perspectiva é momentaneamente ganhadora.
A tal perspectiva só se torna ganhadora quando conquista uma entidade histórica do regime democrático: o Estado. Percebe-se a razão: é o Estado por intermédio dos seus representantes que transformam a nova teoria no novo modelo, através das políticas públicas, impostas a todos os nacionais, ao mesmo tempo que é o Estado (com maior ou menor protagonismo) que regula as relações entre os diversos tipos de interesses que existem na sociedade.
Os diversos tipos de interesses que existem na sociedade estão na origem dos conflitos e construção de consensos. Quando as contradições do modelo dominante produzem mais benefícios para uns do que para outros é de esperar que estejamos perto de novos conflitos e, consequentemente, de um novo consenso.
Assim é de supor que logo após um debate aceso e conflitual entre diversas perspectivas, se possa deduzir que um novo modelo está prestes a ser construído.
Como se operacionaliza?
As diversas perspectivas vão realizando acordos pontuais com perspectivas divergentes, que ao apostarem consensualmente nos pontos em comum visam, fundamentalmente, atingir o mesmo objectivo, com o propósito demarcado de influenciar os actores políticos e visando transformar-se no modelo dominante (o artigo de Manuel Alegre no Expresso do passado fim de semana apela a este tipo de actuação à esquerda).
Ora um modelo dominante não se impõe sem uma determinada autoridade.
Quem são, assim, os principais construtores do consenso?
Bem, esses construtores do consenso são, por exemplo, as "vozes" divergentes dos representantes do conhecimento e da Igreja, os dois grandes modelos de autoridade que influenciam os representantes políticos.
Parece-me, por isso, que a democracia como um regime sempre à procura de novos consensos não possa descurar o papel da Universidade, nem o papel da Igreja, como os dois principais actores na construção de consensos e conflitos.
Assim, quando alguns "articulistas" pretendem "vender" a ideia de que um determinado manifesto ou encíclica papal não devem ser levados em conta, pois os seus signatários/signatário são apenas os representantes da teoria/Igreja e devem remeter-se ao seu papel de educar a mente ou o espírito, o que eles estão verdadeiramente a temer é outra coisa...
Sinto-me, por isso, uma pessoa brilhante e, especialmente hoje, uma verdadeira democrata.
As minhas conclusões, brilhantes, foram as seguintes:
O regime democrático foi construído há luz de dois elementos essenciais: consenso e conflito.
Existe consenso quando uma perspectiva é momentaneamente ganhadora.
A tal perspectiva só se torna ganhadora quando conquista uma entidade histórica do regime democrático: o Estado. Percebe-se a razão: é o Estado por intermédio dos seus representantes que transformam a nova teoria no novo modelo, através das políticas públicas, impostas a todos os nacionais, ao mesmo tempo que é o Estado (com maior ou menor protagonismo) que regula as relações entre os diversos tipos de interesses que existem na sociedade.
Os diversos tipos de interesses que existem na sociedade estão na origem dos conflitos e construção de consensos. Quando as contradições do modelo dominante produzem mais benefícios para uns do que para outros é de esperar que estejamos perto de novos conflitos e, consequentemente, de um novo consenso.
Assim é de supor que logo após um debate aceso e conflitual entre diversas perspectivas, se possa deduzir que um novo modelo está prestes a ser construído.
Como se operacionaliza?
As diversas perspectivas vão realizando acordos pontuais com perspectivas divergentes, que ao apostarem consensualmente nos pontos em comum visam, fundamentalmente, atingir o mesmo objectivo, com o propósito demarcado de influenciar os actores políticos e visando transformar-se no modelo dominante (o artigo de Manuel Alegre no Expresso do passado fim de semana apela a este tipo de actuação à esquerda).
Ora um modelo dominante não se impõe sem uma determinada autoridade.
Quem são, assim, os principais construtores do consenso?
Bem, esses construtores do consenso são, por exemplo, as "vozes" divergentes dos representantes do conhecimento e da Igreja, os dois grandes modelos de autoridade que influenciam os representantes políticos.
Parece-me, por isso, que a democracia como um regime sempre à procura de novos consensos não possa descurar o papel da Universidade, nem o papel da Igreja, como os dois principais actores na construção de consensos e conflitos.
Assim, quando alguns "articulistas" pretendem "vender" a ideia de que um determinado manifesto ou encíclica papal não devem ser levados em conta, pois os seus signatários/signatário são apenas os representantes da teoria/Igreja e devem remeter-se ao seu papel de educar a mente ou o espírito, o que eles estão verdadeiramente a temer é outra coisa...
Etiquetas: Democracias avançadas e maduras
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